Capítulo 79 ●

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Bw on .

Pra mim a vida nunca foi fácil, fui criado na favela com muitas dificuldades na vida, muitas vezes passei fome e aqueles filhos da puta do governo nunca fizeram nada, minha mãe morreu pela mão daqueles vermes da bope, meu pai morreu meses depois por overdose .

Depois disso conheci meus dois irmãos Lucas e Thomas, começamos cedo no crime tá ligado? Na época o chefão era o Maurício mas conhecido como Mauricinho 157 que nos acolheu, começamos os três como aviãozinho depois pra vapor do chefe.

Chegou um certo ponto que eu e o Maurício ficamos mais próximos do que eu esperava, na sua carta de sucessão pra minha surpresa estava escrito o meu nome, meu bendito nome .

Desde lá tudo ficou diferente, era misericordioso com os vacilão  mas logo fui aprendendo com a vida e me tornei esse homem frio que sou hoje pois homem bonzinho não sobrevive no mundo do crime muito menos comanda o tráfico de drogas ... Desde aí nunca mais fui o mesmo, foquei em um só objetivo, GRANA e PODER sem contar na mulherada é claro .

Ontem a Karina passou dos limites, porra ela ir com uma blusa daquela que mais parece um sutiã é sacanagem, ja estava cansado dos homens passando do lado dela olhando para os seus peitos e ela nem notando, a trouxe pra casa .

Tinha cheirado pó e ja tava meio alterado, acabei rasgando a roupa dela mas a pancadaria começou mesmo quando ela ameaçou ir embora, tivemos uma briga feia e aqui tô eu com dor nas costas por ter dormido no sofá .

Aquela vagabunda briga que nem macho, vou no banheiro aqui de baixo e me olho no espelho, ela machucou minha cara todinha .

Pedir desculpas por ter batido nela que não vai ser fácil, aquela ali sempre me disse que quando eu batesse nela eu iria pagar mas não to nem aí, essa pisa foi pra ela aprender que quando eu mando ela tem que obedecer, nada de seguir suas vontades quero saber se é universitária agora .

Tomo um banho, enrolo uma toalha na cintura, faço um curativo no nariz e vou pra cozinha, pego um pão com queijo e presunto,  um resto de refrigerante e me sento na mesa pra comer .

Minutos depois ela desce toda arrumada .

Bw : Vai pra onde ?

Ela me olha e através dos óculos escuros supostamente por conta do olho roxo vejo um deboche em seu olhar . A acompanho com meus olhos, ela vai até a geladeira, pega um iorgute rosa acho que de morango, uma maçã e um copo de leite, quando ela abre a porta da garagem seguro em seu braço .

Bw : Tá indo aonde porra ?
Falei grosso .

Karina : NÃO TOCA EM MIM !

Lança o copo de leite no chão e tira um arma da bolsa, no mesmo instante eu largo, depois da briga de ontem não duvido que ela atire em mim . Ela guardou a arma na bolsa e me olhou com um risinho .

Karina : É assim que tu gosta né? Então assim que vai ser!

Virou de costas, pegou a minha Land Rover e saiu com o carro ... Se ela pensa que vou correr atrás dela ela ta muito enganada, sei que fui errado mas, não consigo, eu até quero pedir desculpas a ela mas alguma coisa em dentro de mim me impossibilita .

Lá no Morro - DE VOLTA A ROCINHA   (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora