Capítulo 18 ●

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Karina on.

O vapor olhou pra mim, fiz minha melhor cara de apavorada pra ele negando com a cabeça, se ele falar de mim pro Menor agora eu morro.

Vapor: É que ela veio entrando dizendo só veio pegar umas coisas e que tu sabia, por isso a gente nem se tocou!

Menor : Era pra ter avisado, caralho ... Pra que vocês acham que eu pago vocês, seus porra?!

Ele entrou me puxando, fomos pro mesmo quarto onde eu estava a minutos antes, seus olhos foram direto pra cima de um armário onde as malas estavam, entrou no closet e eu fui atrás, ele revirava todas as gavetas e as portas do cômodo.

Quando viu que não tinha mais nada dela, se sentou na cama, ele tava tão frustrado que dava até medo, ele pegou na cintura pegando a arma e eu fui dando passos pra trás, ele jogou a arma na cama e se sentou no chão se encostado no pé da cama.

Menor: Puta que pariu, porque eu fiz essa merda?

Karina: Ela não merecia passar por aquilo!
Falei com os braços cruzados ainda longe dele.

Menor: E agora?
Perguntou me olhando.

Eu não tava acreditando que ele tinha me trazido pra cá só pra ficar se lamentando.

Karina : É sempre assim, vocês fazem a burrada, ficam igual cachorro sem dono, pedem perdão e as mulheres vão lá e voltam ... Mas pelo que eu vi a Milena cansou de tudo isso!

Menor : Vida de traficante não e fácil, é tanta coisa envolvida que chega a hora que a gente não se dá conta mais de nada, papo de família, nada, só quer saber das coisas boas que a grana pode dar pra gente!

Karina: E ela simplesmente cansou disso, não tem mulher que aguente tanto tempo uma vida dessas!

Menor: Caralho, nossa última briga ela me disse que se ela saísse daqui não iria mais voltar ... Porra cara, nem pra esses caralhos lá da porta me avisarem que ela tava aqui!

Karina: Ela precisa de um tempo!

Menor: Porra, mas ela não vai mais querer voltar comigo!

Karina: Se Deus quiser!
Falei mentalmente.

Virei de costas, deixei ele lá e desci as escadas, tentei abrir a porta mas tava trancada, e como não queria subir pra falar com ele de novo, e tava zonza de sono e do porre, só me sentei naquele sofá e apaguei. Só percebi que já tava dormindo quando me espantei ouvindo alguém mexer em alguma coisa na cozinha, abri os olhos e era o Menor cambaleando com uma garrafa de vodka na mão, assim que ele subiu eu apaguei de novo.

Lá no Morro - DE VOLTA A ROCINHA   (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora