Capítulo 12

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- Você é um babaca, Fernando Colunga. Eu posso ter 17 anos, mas você tem uma idade mental muito abaixo da minha. Vá se ferrar...e a propósito, você vai implorar para tocar em um só fio de cabelo meu, e você não vai poder. Eu juro.
Ela caminhou para longe de mim, andando com os pés pesados em direção ao seu quarto. Minha cabeça estava girando, devido à bebida, e eu me arrastei até o sofá da sala.Eu cobri meus olhos com as mãos e deixei as lágrimas me invadirem. Eu a magoei. Eu vi a dor em seus olhos. Depos desse episódio eu tinha convicção que ela jamais iria me querer. Ela jurou que jamais eu iria toca-la.
Que tipo de idiota, eu sou? Perdi a única coisa que realmente importava em minha vida! As lágrimas percorriam o meu rosto, e eu comecei a sentir uma dor intensa em meu peito.A dor era desesperadora, me arranhava, rasgava despedaçava. Eu nunca tinha sentido algo semelhante em toda a minha vida. Utilizei do meu conhecimento médico para analisar os sintomas, buscando alguma explicação médica para aquilo.
Era tão profunda, tão dolorosa...que por um
momento eu pensei estar tendo um infarto. Após me auto-analisar me dei conta que eu não estava com um problema físico - não existia remédio algum que poderia me curar. A dor era torturante, estava me despedaçando por dentro. Eu respirei fundo algumas vezes, buscando a calma como aliada para a dor. Eu precisava descobrir o que eu estava sentindo. Caminhei até o escritório, e abri uma pagina na internet digitando as palavras “rasga/ pele/ coração/ dor”. Um dos primeiros resultados trazia o diagnóstico do meu problema.
Era um haikai*, e eu bati meu pulso contra a mesa, enquanto as palavras repetiam-se contra minha mente.

“Como o espinho da rosa flor
O ciúme no amor paixão
Rasga pele e coração"

Eu estava apaixonado. Perdidamente
terrivelmente, irremediavelmente apaixonado por Lucero Hogaza. Pela primeira vez em toda a minha vida, eu estava apaixonado. Aquela menina que eu havia roubado um beijo - também havia roubado meu coração.
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*haikai é uma forma poética de origem japonesa, que valoriza a concisão e a objetividade.
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Eu acordei na manhã seguinte, sentindo a cabeça pesar contra o chão gelado. Eu olhei ao redor, dando-me conta de que havia adormecido no chão do escritório. Minha cabeça girava insistentemente, e eu a perdido as conta de quantos copos de vodka havia tomado na noite
Eu acordei na manhã seguinte, sentindo a cabeça pesar contra o chão gelado. Eu olhei ao redor, dando-me conta de que havia adormecido no chão do insistentemente, e eu havia perdido as conta de quantos copos de vodka havia tomado na noite anterior. Caminhei até meu quarto, indo em direção do banheiro para uma ducha morna. Eu deixei que a água lavasse o cheiro de álcool, hospital e comida barata do meu corpo. Meus pensamentos estavam todos em Lu, e no erro que eu havia cometido com ela. As palavras frias, os insultos, e a dor aquilo me causava. Eu precisava me desculpar o ciúme dominou meus sentidos de forma que eu estava completamente, inteiramente cego. Eu não tinha conseguido observar durante todo esse tempo a nobreza de Lu para comigo. Eu deveria ser o maduro da nossa relação, o Tutor. Mas eu agia como um adolescente descontrolado, sem limites. Eu me arrumei sem demora, estacionando meu corpo em frente ao quarto de Lu. Eu bati levemente na porta, esperando alguma resposta. Escutei o silêncio total do outro lado, e bati novamente.
Ainda sem resposta. Girei a maçaneta da porta, percebendo que a mesma estava trancada. O que estava acontecendo? A preocupação começou a me invadir..será que Lu estava bem? Os pensamentos mais terríiveis passaram pela minha cabeça, enquanto eu socava a porta, gritando o nome de Lu. Eu já estava prestes a arrombar a porta, quando vi a maçaneta girar. Eu esperei corpo de Lu surgir na porta, porém isso não aconteceu.
-Lu? Lu! Eu empurrei a porta, vendo Lu parada diante de mim, vestindo apenas uma calcinha. Meus olhos percorreram seu corpo desnudo, parando sob seus seios rosados, pequenos completamente perfeitos. Mais bonitos do que eu poderia imaginar. Lu caminhou até a cama sentando-se enquanto falava algo que nāo tinha compreensão para mim. Eu estava maravilhado com a sua nudez. Em um verdadeiro transe.
- Fernando...o que você quer? Eu a encarei,
finalmente compreendendo suas palavras. Eu não conseguia desviar meus olhos de seus seios, e ela soltou uma pequena risada quando olhava para meu semblante completamente atônito . O que diabos você está fazendo aqui? - Ela aumentou seu tom de voz, parecendo irritada com a minha presença. Eu estava tão enfeitiçado pela sua nudez que sequer conseguia responder sua pergunta. - O que foi, Fernando Está sem palavras?
O que foi? Pensei que eu não fosse mulher
suficiente pra você.

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