O TUTOR

Capítulo 24

Eu era o único responsável e o único interessado em sua saúde. Por mais que a enfermeira insistisse, proibi a entrada de qualquer um no quarto de Lu. Fiquei sentado à sua frente, fazendo pequenos círculos contra a palma de sua mão. Eu
estava realizado - por mais que eu estivesse preocupado com a minha menina, eu estava há tanto tempo sem vê-la que fiquei completamente hipnotizado por vê-la ali. Meus olhos captaram cada forma de seu rosto, e apesar de ter ficado apenas um mês sem vê-la, pude perceber que ela parecia mais adulta; Existiam olheiras ao redor de seus olhos castanhos, e sua boca estava avermelhada; E ela estava incrivelmente linda. Eu agarrei o material de sutura que estava sob a mesa, começando a fazer curativo no pequeno corte em sua testa. Ela mexeu-se contra mim, abrindo os olhos lentamente.
- Fernando? – Ela perguntou, enquanto minhas mãos corriam pelo seu machucado. Sua pele era tão macia, e aquilo me fez recordar as noites que passamos juntos – e a imensa vontade que senti de beijá-la naquele exato momento.
- Lu... Sou eu. - Eu dei um sorriso, e ela
torceu a boca em um meio-sorriso.
- O que houve? - Eu finalmente me dei conta
que algo havia acontecido com Lu. Eu estava tão distraído com sua presença, e a preocupação do quanto ela poderia estar ferida, que havia esquecido de ver o que havia acontecido. Corri meus olhos pela ficha, vendo que Lu havia se acidentado com uma moto. Eu apertei meus
punhos, sentindo o ódio me invadir, pela
lembrança do adolescente moreno deixando Lu de moto em minha casa. Engoli meu odio, encontrando meus olhos com os dela, bebendo da visão do seu olhar contra mim.
- Você aparentemente caiu de uma moto. -
Ela deu um meio sorriso, mexendo os dedos contra seu estômago. - Você pode me dizer o que você estava fazendo em uma moto? - Ela sorriu maliciosamente, passando seus dedos pelos cabelos.
Estava andando com o meu...amigo. - Eu
andei em círculos, pegando sua ficha e apoiando contra a mesa. Lu estava com um sorriso irônico, e eu tive que lutar para não ter uma crise de ciúmes naquele momento.
Isso é loucura! Completamente inadequado, impulsivo e perigoso. Não posso aceitar que você faça isso, Lu.
Ela sorriu, levantando-se da maca. - Lu,
você não pode levantar.
Lu virou os ombros, andando em direção
a cortina que cobria a maca. Ela fechou a cortina ao redor de nós dois, e suas mãos encontraram a borda da bata de hospital.
- Eu tenho que falar com Manuel...e acho que essa roupa não é adequada para isso. - Ela puxou a bata, liberando seu corpo semi-nú à minha frente. Seus seios estavam livres, e meus olhos passearam pelas suas curvas, enquanto ela andava ao meu lado, buscando por sua blusa.
Lu tinha um sorriso sensual em seus lábios,
enquanto ela passeava as mãos pela sua barriga.
Ela estava provocando, e eu estava
completamente atônito ao seu redor. Lu estava linda diante de mim - seus seios rosados estavam duros e a calcinha branca era menor do que eu gostaria. O desejo encontrou meu corpo, e Lu percebeu a ereção que se formava em minha calça.
Ela esfregou suas nádegas contra meu corpo, assim que passou perto de mim, até encontrar suas roupas dobradas no canto de sua maca. Eu gemi pelo contato de seu corpo contra minha ereção. Eu estava perdendo o controle. Meu corpo era automaticamente atraído ao de Lu e eu estava louco para tê-la. Ela virou seu rosto, para encontrar nossos olhos.
O que houve, Fernando? Perdeu alguma
coisa? Ela disse enquanto tentava
desvencilhar meus olhos do seu corpo nú, sem nenhum sucesso.
-Uh...não. - Eu limitei-me a dizer, enquanto
Lu passou uma camiseta cinza sob a cabeça.
Eu não havia reparado na sensualidade de sua roupa - era uma camiseta colada, que revelava uma parte de sua barriga. A calça Jeans que ela vestira era cintura baixa, e eu pude ver o quão sensual ela estava.
Lu tinha um belo corpo, e suas curvas
estavam acentuadas pela roupa que ela havia escolhido. Eu engoli em seco, enquanto ela abria a cortina.