O TUTOR

Capítulo 97

Eu estava sentindo o suor aparecer em
minhas palmas, enquanto minhas mãos
percorriam os meus fios. O médico havia
confirmado que Lu sairia, e graças a algum tipo de milagre - sequer precisaria ficar internada no quarto; Apesar de alguns cuidados especiais, como vitaminas e alimentação intensa para recuperar o peso perdido, minha menina estava
com uma saúde ótima. Eu havia visitado Vitória no dia anterior, sendo informado que ela havia perdido algumas gramas, algo muito negativo para um bebê no seu estado; Ela precisava ganhar peso com urgência, e eu torci para que Lu pudesse amamenta-la nesse período de recuperação. Apesar de todas as coisas terem dado errado para nós, eu deveria me considerar um homem de sorte. Minha filha ainda não havia apresentado nenhum tipo de complicação cardíaca - problema comum entre os prematuros da sua idade. Eu senti meus olhos esquentarem quando a porta da UTI abriu-se, revelando minha menina tão pequena e delicada. Eu corri para apoia-a e ela fez um bico de irritação.
- Fernando...passei 5 dias em uma cama de
hospital. Acho que posso caminhar um pouco para aproveitar minha nova liberdade. Eu assenti, deixando meu braço pousar entre sua cintura pequena. Eu conseguia ver os olhos fundos e as bochechas acentuadas pela magreza excessiva. Me partiu o coração ver minha menina tão frágil - mas estava aliviado por finalmente poder leva-la para casa fora de perigo algum. Ela cortou meu abraço para apertar seus braços contra minha cabeça e lançar um beijo doce entre meus lábios.
- Estou ansiosa para ficar a sós com você.
Eu dei uma risada pequena, deixando meus lábios aprofundarem nosso beijo.
- Eu também...Pena que você não pode fazer nada comigo pelos próximos 15 dias.
Ela assentiu, e fez uma expressão decepcionada. - Eu estou com tantas saudades. Eu beijei sua bochecha, deixando meus braços encontrarem o redor de sua cintura. Nos abraçamos por tantos minutos que nunca pareciam suficientes para sanar a necessidade que tínhamos um do outro; Eu beijei todo o rosto de Lu, enquanto minha boca encontrava a sua novamente. Peguem um quarto! - As palavras de Laura me invadiram, enquanto eu separava meu corpo de Lu. Eu abri um sorriso timido, enquanto o vermelho se apoderava das bochechas de Lu. - Laura...como sempre muito discreta. - Eu disse, enquanto ela ia de encontro à Lu para um abraço suave. -Então... Lu, você já conhecer a Vitória? A bolinha da família?