Capítulo 44

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As semanas estavam voando - estar ao
lado de Lu, parecia amenizar a ação do tempo; O tempo que passávamos juntos jamais parecia muito longo, comparado com a necessidade que eu sentia de tê-la. Eu agradecia mentalmente por termos entrado em um ritmo de encontros agradável - eu ia buscá-la todos os dias na Escola; Na maioria das vezes chegávamos extremamente tarde em casa Lu usava a
justificativa que estava com amigos; E eu, estava trabalhando. Meus pais estavam perfeitamente convencidos de que meu contato com Lu não passava de o de um Tutor e uma Tutelada. Já faziam 2 meses que eles haviam chegado, e apesar de tudo estar ocorrendo como o esperado,
eu torcia para que eles partissem; Eu queria estar ao lado de Lu todos os momentos que me fosse possível, e o fato da presença deles ali me impedia de tê-la por completo. O receio de que alguém pudesse afastá-la de mim, fazia com que eu procurasse ser o mais responsável possível.
Eu havia largado a bebida completamente, deixando com que meus sentidos jamais fossem alterados por nada eu não precisava de nenhuma válvula
de escape para nada; Eu me sentia inteiramente completo. E minha menina estava indo bem na escola, o que agradara meus pais inteiramente. As notas altas de Lu eram fruto do estudo avançado que ela recebeu em Phoenix, e presença constante nas aulas, salva por pequenas exceções que eu acabara causando. Nossa vida
sexual estava extremamente ativa, e depois que Lu começara com os anticoncepcionais, eu poderia dizer que qualquer preocupação fora limpa de minha mente. Nós fazíamos amor de forma constante e regular, explorando cada
pequena parte dos nossos desejos. Às vezes eu me comparava à uma pessoa que estava reaprendendo a andar – parecia que finalmente eu estava descobrindo tudo novamente. Como se fosse a primeira vez. Eu dei um pequeno sorriso, sabendo que se certa forma, era como se eu sempre tivesse sido virgem e fora tocado pelo amor que Lu despertou em mim; O amor que fazíamos era completamente diferente de qualquer transa que eu já tivera. E apesar de ter sido noivo durante um longo tempo, e ter tido inúmeras mulheres, nada se comparava com o que eu tinha com a minha menina. Era um desejo desenfreado, uma paixão arrebatadora e um amor tão puro, que eu abriria mão da minha própria vida para fazê-la feliz. O dia no hospital estava incrivelmente agitado – talvez mais do que eu gostaria. Meu celular estava
descarregado, e eu estava com saudades de ouvir a voz da minha menina. Durante o horário dealmoço de Lu, quando eu não conseguia dar uma pequena escapada do hospital, nos sempre ficávamos ao telefone. Era um forma de amenizar a saudade que sentíamos, e neste dia específico eu estava sem falar com ela desde cedo. Minha mãe havia prometido leva-la à escola, e eu não pude acordá-la pela manhã. Não havia nada que pudesse diferenciar aquele dia dos demais, se não fosse pela falta de contato com ela. Mas eu busquei ter paciência, logo seriam 18hrs e eu iria vê-la. Eu passeava pelos corredores do hospital, terminando de rever meus pacientes. Haviam muitas pessoas ali hoje – graças à um incidente reserva de La Push. Apesar de estar incrivelmente equilibrado trocando meu vicio pela bebida, por Lu - eu ainda contava os dias para Lu ter 18 anos. Seria o dia em que eu não precisaria mais esconder meu amor por ela do mundo - e faria ques ī de apresentá-la como minha à todos; Não importando os comentários para Lu ter 18 anos. Seria o dia em que eu não precisaria mais esconder meu amor por ela do mundo - e faria questão de apresentá-la como minha à todos; Não importando os comentários maldosos que iriam surgir; Ela finalmente teria maioridade marital, o que a deixaria livre para escolher quem ela desejasse ao seu lado. E eu, por ser o homem mais sortudo do planeta, seria seu escolhido. As horas passavam, enquanto o movimento no hospital se intensificava.
Meu relógio apitou às 17 horas, e eu suspirei aliviado, dando- me conta que não faltava muito tempo para vê-la. Eu estava indo em direção ao Pronto Socorro, quando meu nome foi chamado pela mega-fone do hospital. Enruguei minha testa,
e andei em direção à recepção onde estava sendo requerida minha presença.
- Oi, Aqui é o Dr. Colunga. Ouvi meu nome ser chamado pelo mega-fone.
A secretária assentiu, com um pequeno sorriso, passando o telefone para mim.
- Ligação para o Sr, Dr. Colunga.
Eu estranhei o fato de receber uma ligação no hospital – tendo em vista que não havia ninguém para me procurar. - Alô?
A voz conhecida invadiu o telefone, eu reconheci imediatamente de quem se tratava. Era a diretora de Lu. Um frio invadiu minha espinha, e eu engoli em seco. Algo não estava certo – e era comva minha menina.
- Sr. Colunga? Aqui é da Escola de ensino médio de Guadalajara. Tentamos entrar em contato pelo seu celular, e pelo seu telefone residencial, mas não conseguimos.
Eu esfreguei o telefone contra meu ouvido, em uma tentativa impossível de antecipar
comentário da mulher do outro lado.
- Tudo bem, me diga do que se trata.
Ela suspirou profundamente antes de falar. Aquilo aumentou minha ansiedade.
- A Srta. Hogaza passou mal, Sr. Colunga. Ela ficou desacordada. Está indo de ambulância para o hospital.
Eu tentei compreender a palavras que a mulher dizia, enquanto o pânico tomava completamente conta de mim.
Como ela desmaiou? Lu não tem nenhum
problema de saúde! Eu a conheço muito bem! O que fizeram para ela aí?! Saiba que eu vou ao fundo disso!
-Sr. Colunga, acalme-se, por favor! Lu desmaiou na aula de Educação Física. Não sabemos o que aconteceu, já fazem alguns dias que ela tem vindo até a enfermaria com mal-estar. Hoje creio que tenha sido o ápice. Ela desmaiou, e tivemos que encaminha-la para um tratamento mais específico. No hospital. A Escola não tem suporte para esse tipo de incidente, Sr. Colunga.
Eu engoli em seco, tentando controlar a ira
que corria pelas minhas veias. Lu tem passado mal e tem escondido isso de mim? Como ela pode me esconder algo tão sério? Eu desliguei o telefone, sem conseguir manter algum tom educado à educadora da escola. Meus pés de apressaram até a saída de emergência, onde as ambulâncias estavam. Eu procurei em cada uma que chegava - nenhuma delas trazia Lu. À espera era torturante, e eu coçava meus cabelos, bagunçando-os completamente em uma tentativa de diminuir a tensão. O medo me assolava – e se Lu estivesse doente? E se ela sempre esteve, e buscou uma forma de esconder isso de mim?
Várias hipóteses corriam pela minha mente de forma elétrica, enquanto eu corria de encontro com as ambulâncias que chegavam. Finalmente, meus olhos encontraram o corpo magro, saindo de dentro da ambulância. Eu corri até ele, deixando o rosto da minha menina invadir meu campo de visão.

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