- Leve esse marginal... Além de ser um pedófilo é um marginal que agride o próprio pai! - Eu escutei Lu gemer, enquanto eu levava meu olhar à ela. As mãos dela corriam exasperadamente contra sua barriga pontuda; Os olhos dela estavam cheios de dor, e assim que ela encontrou meu rosto, sua dor se acentuou. OH Deus, eu sofri tanto com aquele olhar banhado em sofrimento; Por favor, deixem meu marido! Por favor! Por favor! – Ela gritava, apressando os passos através da escada. Eu senti o pânico me invadir quando pude ver os pés dela se enroscando, enquanto ela perdia o equillíbrio pouco a pouco. A queda que ela estava levando me fez gritar e protestar contra o policial em uma tentativa falha de apoia-la. Lu caiu contra os degraus, batendo a sua barriga contra o chão em um baque alto e sonoro. Eu não tive outra reação a não ser gritar, lutar e tentar me libertar do homem que me prendia entre suas mãos. Meus olhos se encheram pela escuridão da dor daquele momento, enquanto meus pés corriam em direção à minha menina completamente desacordada no chão. Eu pisquei meus olhos, achando se tratar de um pesadelo. Eu tinha que acordar, pois a dor estava começando a cortar cada parte do meu ser. Minhas mãos presas nas algemas fizeram um esforço para tocá-la, quando os gritos de Laura de socorro,
fizeram a polícia se mover para acionar a
ambulância. O líquido vermelho e espesso
começou a escorregar pelas pernas de Lu, e eu pude sentir cheiro de ferrugem que
caracterizava o sangue invadir minhas narinas. Eu me sentia em câmera lenta, e quando me afastaram do corpo de Lu para colocá-la na maca, eu mal consegui levantar, sentindo minhas pernas tremerem sem vida; Eu abri e fechei meus olhos inúmeras vezes, tentando acordar do
pesadelo que estava preso; Quando meus olhos encontraram o rosto de Lu, banhado em dor e completamente opaco, eu acordei do transe; O desespero me invadiu, e as lágrimas cobriram minha garganta. O pesadelo era a mais dura e torturante realidade. Meu peito se partia ao meio
enquanto eu tentava acompanhar os passos dos médicos em vão. Meus dois tesouros estavam se esvaindo para longe de mim - e ador que tomava conta do meu peito parecia infinita. Meu pesadelo
era real - e eu estava longe de me sentir vivo novamente; Eu estava morto, deixando a dor me invadir, jogado contra o chão ao lado da ambulância enquanto lutava com as forças que restavam para fazer uma prece por Lu. Minha menina...meu pequeno fruto... se eu tivesse que ver algum deles partir, implorei para que eu morresse em seguida; Não saberia viver de nenhuma forma se minha metade não estivesse comigo – eu necessitava deles para respirar. Eles eram meu único motivo para viver e minha única sanidade que restava.
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O TUTOR
RomantizmSinopse O Tutor Fernando Colunga é um médico de 31 anos bem-sucedido, que vê sua vida mudar quando recebe a tutela de Lucero Hogaza, uma adolescente de 17 anos, que perdeu os pais em um acidente. Uma paixão proibida e a descoberta do amor em duas fa...