Capítulo 94

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Nossos olhos se cruzaram entre as lágrimas que eu deixava meus olhos derramarem contra o rosto pálido de Lu. Ela parecia tão frágil quanto nossa pequena filha, e meu coração se apertou ao
vê-la daquela maneira; Minha menina era meu universo, e todas as coisas ao meu redor giravam em torno dela. Meus dedos fizeram carinhos em seu cabelo castanho, e eu vi um sorriso pequeno e doce surgir em seus lábios. Eu despejei um pequeno beijo contra sua boca, deixando a corrente elétrica dos nossos corpos surgir através
daquele leve contato. Eu era magnetizado à ela - como se algo além de sangue corresse por minhas veias a cada mais leve toque que compartilhávamos.
- Fernando... Sua voz era rouca e baixa, enquanto ela lutava com a limitação de sua garganta provavelmente irritada por algum respirador que lhe fora aplicado. Eu conseguia ver as marcas ao redor dos seus
lábios, que indicavam que ela havia sido entubada recentemente.
- Não se esforce, minha menina. Tente descansar. Ela respirou profundamente, buscando forças para arranhar algumas palavras. - O...bebê... Eu assenti, e dei um pequeno sorriso. - É uma menina, meu amor. Ela está na UTI. É pequena, mas tão linda quanto você. Tem os seus olhos, o seu nariz arrebitado e os cabelos loiros como o sol. Os olhos de Lu se encheram de lágrimas, e ela apertou meus dedos contra sua mão gelada. Eu senti minha própria emoção me assolar, enquanto minha menina buscava controle para lágrimas salgadas que partiam dos olhos castanhos. - ... sou mãe.
Eu assenti, enquanto meus dedos juntavam as lágrimas apressadas que caíam de seus cílios. Eu sabia que seu choro não era de tristeza - era apenas felicidade e emoção da vitória estampada em seu rosto; Eu não poderia contar para ela a situação delicada que Vitória se encontrava Lu estava em recuperação, e eu não poderia arriscar sua saúde naquele momento. - Sim, meu amor. Eu não sabia que nome colocar, então...escolhi... Vitoria.
Eu levantei meus ombros em dúvida e ela abriu um sorriso meio as lágrimas. Ela assentiu, deixando seus dedo ī azerem um pequeno carinho contra minha palma.
- Quero vê-la. Eu larguei um pequeno sorriso para Lu, deixando meus olhos fazerem circulos pela extensão do seu rosto; Era como se eu pudesse memorizar cada traço do seu rosto abatido e jovem; · Assim que você se recuperar, meu amor. Você deve descansar. O horário de visitas na UTI é apenas meia hora, e eu não posso extrapolar. Ela fez um biquinho, fazendo-me dar uma pequena gargalhada.
- Eu pensei que fosse um menino.
Eu levantei-me, dando um pequeno beijo em sua testa, enquanto a enfermeira vinha contra a porta da sala da UTI, para requisitar a minha saída. Unidades de terapia intensiva não podia ficar
constantemente cheios; o intuito delas era o cuidado mais atento dos pacientes, e eu sabia que minha visita havia que feito com que Lu se agitasse. O seu prognóstico apesar de ser bom, ainda era preocupante. Ela havia perdido muito sangue, e eu sabia que as transfusões eram constantes naquele ambiente.
- Eu sei, meu amor. Mas eu acertei de novo. Eu tenho que ir agora.
Ela pareceu irritada com a minha rápida visita, e eu dei um beijo curto e rápido nela.
- O que vou fazer sem você?
Meu coração se apertou com suas palavras, por saber que a intensidade de saudade que ela sentiria seria tão dolorosa em mim quanto nela;
Era quase impossível me manter longe de minha pequena menina - e naquele momento eu desejei mais que tudo que aquele pesadelo acabasse. Eu queria abraça-la, senti o calor do seu corpo contra
o meu. Eu suspirei, mantendo a expressão mais serena que encontrei, para beijá-la novamente. Eu amo você, minha menina. Estarei aqui no seu coração. - Eu toquei seu peito, fazendo-a sorrir enquanto eu me retirava da sala;

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