Capítulo 54

161 13 0
                                    

Eu engoli em seco, enquanto buscava qualquer controle que pudesse existir; Aquela criança sequer tinha vindo ao mundo - porém já era alvo de tantos problemas e controvérsias; Eu estava
disposto a lutar pelo bem dele - eu já o amava.
Não importanto quais problemas tivesse que enfrentar para tê-lo em meus braços. Eu sabia que estava pronto para ser pai - e Lu, apesar da pouca idade, era a mulher que eu passaria o resto dos meus dias. Isso dispensa qualquer tipo de medo que eu poderia sentir em ter responsabilidades. Isso era algo que não fazia mais parte de mim - era uma daquelas coisas que Lu havia tomado com seu amor; Eu estava disposto à tudo para ter a minha família unida. Família. Eles eram a minha família. Lu e eu não precisavamos estar casados - 0 sentimento que eu nutria por ela, ultrapassava qualquer título ou condolência. Eu me considerava completamente entregue à ela - eu sabia que iria ama-la até o dia que meu coração parasse. Aquela era a única certeza dentro de mim.
- Mãe, eu não vou fazer isso com ele. Ele é minha responsabilidade, sim! Unicamente minha. E não vou abrir mão dele.
Ela suspirou exasperada, tentando manter o próprio controle. Eu toquei as mãos de Lu, sentindo seu nervosismo aparentar contra o toque. Ela estava tremendo levemente, e eu fiz um pequeno carinho ali.
Tudo bem, Fernando. Eu vou ajudar vocês. Mas espero que você e Lu se casem assim que ela fizer 18 anos. Não vou tolerar que vocês vivam de forma errada com essa criança. Eu dei um grande sorriso, e Lu olhou-me com uma expressão surpresa. Suas bochechas estavam levemente coradas, e minha mãe virou-se para ela, pegando suas mãos entre as dela.
- Esme, não pressione Fernando. Não quero que seja assim. Eu arqueei minhas sobrancelhas, e virei coloquei minhas mãos sobre os cabelos castanhos de Lu.
- Deus sabe o quanto eu quero que você seja minha, Lu. Não preciso que minha mãe me pressione para isso. Vamos nos casar assim que você fizer 18 anos. Eu prometo. Ela abriu um largo sorriso, e minha mãe sentou-se ao seu lado na maca.
- Então, tudo acertado. Agora o difícil vai ser dobrar o seu pai, Fernando. Ele não vai aceitar que Lu esteja grávida. Lu rodou os olhos e tocou o abdôme levemente.
- Podemos dizer que é algum menino da minha escola, Esme. Minha mãe deu uma pequena risada, olhou para Lu.
- Meu bem, o meu marido vai querer conhecer o tal menino. Fernando sabe disso. Não acho que essa seja uma idéia viável. Lu mordeu os lábios, lançando um olhar de dúvida para mim. Eu não soube dizer o que iríamos fazer - mas naquele momento eu estava completamente realizado. Minha mãe estava
apoiando que estivessémos juntos, e o resto, não importava mais. Dentro de alguns meses, Lu seria minha perante à lei, e nada poderia me impedir de viver o nosso amor. Tê-la de forma completa, e ter uma família ao seu lado era o meu maior desejo - Eu tenho um amigo. Pedro Oliveira. Acho que ele toparia passar por pai do meu filho. Se eu conversasse com ele...- Eu tive que interromper as palavras de Lu. Não consegui ouvir sequer mais uma palavra.
- Não! Essa possibilidade não existe.
Minha mãe arregalou os olhos para mim, quando eu bati minhas mãos contra as coxas.
- Fernando, se acalme. É uma idéia boa. Seria apenas durante um tempo. Para que seu pai aceitasse tudo isso.
Eu bufei com a idéia de Pedro Oliveira ao redor de Lu. Eu jamais aceitaria aquelas mãos imundas ao redor de minha menina. Ele tinha sentimentos por ela, e eu não permitiria que ele pudesse tirar proveito da nossa situação delicada.
- Mamãe, eu não quero esse garoto perto de Lu. Essa idéia é ridícula e absurda.
Eu busquei os olhos de Lu, e vi que ela estava completamente serena. As mãos dela puxaram meus pulsos e eu virei meu rosto para encara-la.
- Meu amor...por favor... não vai ser de verdade. Você sabe que eu amo você. Só durante um tempo.
- Fernando, se controle. Realmente você ama Lu, eu nunca vi você agir assim com nenhuma das suas namoradas. Parece que você é adolescente nisso tudo.
Eu olhei para minha mãe com um sorriso amarelo. Eu estava sentindo minhas bochechas queimarem pela cena que eu havia feito. Mas era extremamente doloroso imaginar Lu ao redor de qualquer outro homem. Quanto mais, um que já
havia provado dos seus lábios. Eu não saberia se iria aguentar passar por aquilo.
- Fernando... Pedro é um bom amigo. Eu posso conversar com ele, ele iria se prontificar a fazer isso. Por favor. Pelo nosso filho. Eu suspirei, deixando a tensão afastar-se do meu corpo. Lu segurou meu pescoço, lançando um pequeno beijo contra meus lábios. - Tudo bem. Mas eu acho arriscado deixar outra pessoa saber de nós.

O TUTOR Onde histórias criam vida. Descubra agora