Um ano. Eu fechei meus olhos, deixando
meus dedos trabalharem contra meus fios
bagunçados. Já fazia um ano desde o dia em que pisamos naquela casa com nosso pequeno fruto, e começamos a degustar da tranqüilidade que nosso amor jamais pudera provar; Nós estávamos completos, construindo em casa gesto, sussurro e
atitude um futuro perfeito; Eu acreditara que já havia alcançado todos os meus objetivos, quando fui agraciado pela maravilha e loucura paternidade. Muitas noites em claro, muitas lágrimas de emoção a cada nova etapa que Vitória da alcançava, e muito amor puro e infinito. O seu primeiro passo, sua primeira palavra, e a forma perfeita dos traços de minha menina estampados no rosto pequeno e delicado de nossa pequena filha. Os fios loiros, os olhos azuis, e o formato amendoado de seus olhos a tornavam a criança perfeita. Perfeita como toda a vida que estava sendo construída diante de mim; Eu voltara a trabalhar no hospital, enquanto minha menina havia retomado os estudos; Havíamos optado por Lu freqüentar a escola novamente - eu não seria capaz de lhe negar àquela experiência. Eu queria que minha menina tivesse tudo que Ihe fora direito, e tudo que estivesse ao meu alcance eu o faria. Havíamos contratado uma babá para o periodo escolar de minha menina, o que parecia estar funcionando de forma esplendida. A falta de minhas meninas me partia ao meio, mas o trabalho era uma necessidade - eu precisava proporcionar à minha familia tudo que havia de melhor; Os turnos que eu estava sendo escalado eram longos e cansativos e eu mal conseguia encontrar meus tesouros nas últimas semanas. Eu pisava em casa quando meu bebë estava adormecido, e velava seu sono enquanto ela dormia no colo de minha menina. A saudade parecia um sentimento constante em minha vida ultimamente e eu havia procurado não transparecer isso para minha Lu; Ela parecia ainda mais arrasada do que eu, pela distância temporária. Eu prometera que logo tudo iria cessar e assim que eu tivesse completado minhas horas necessárias para recuperar o posto da chefia do hospital, nós teríamos uma rotina mais tranqüila. E um salário mais confortável. Ser plantonista, não exatamente o esperado para mim - mas eu havia abandonado o emprego uma ve, e apesar do apreço que eles sentiam por minha familia, eram regras do hospital. Apesar da distância das últimas semanas, eu nunca me sentira tão completo e realizado. Nesse período eu havia amadurecido o necessário para me tornar um pai e marido impecáveis e eu sabia que minha devoção por Lu havia me proporcionado todo o equilíbrio necessário para aquele momento. Havíamnos passado por pequenas dificuldades no nosso primeiro ano de casados a inexperiência com um bebê tão pequeno, a minha falta de habilidade em ajudá-la nas tarefas de casa e as primeiras brigas de casal que começaram a surgir com as minimas diferenças que se faziam presentes entre nós. Apesar de todo o desconforto que uma briga causara entre nós, as reconciliações sempre valiam à pena. Era deliciosamente bom ser casado, e aprender a cada dia a maneira perfeita de como somos capazes de amar alguém a cada dia mais, Por mais incríivel que pudesse ser eu amava Lu mais do que nunca, e era completamente apaixonado por cada parte sua. Era como se cada beijo fosse o primeiro e suas caricias jamais me saciariam. Meu desejo, amor e paixão eram infinitos e insaciáveis. O pensamentode tocá-la, me fez protestar pela abstinência forçada estava sendo nosso maior e único inimigo - e era que estávamos passando. O tempo extremamente dificil não toca-la nas noites que eu invadia nosso ninho; Mas ela parecia tão exausta que eu era incapaz de acorda-la o que provavelmente, estava me levando ao limite.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O TUTOR
RomanceSinopse O Tutor Fernando Colunga é um médico de 31 anos bem-sucedido, que vê sua vida mudar quando recebe a tutela de Lucero Hogaza, uma adolescente de 17 anos, que perdeu os pais em um acidente. Uma paixão proibida e a descoberta do amor em duas fa...