Capítulo 59

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Eu sabia que ela iria amar minha menina, e
agradeci mentalmente por Lu ter
companhia feminina por perto.
- Amora arco-íris Colunga...você por aqui! - Eu disse enquanto ela soltava os braços do meu redor.
- Dr. Colunga ... Viemos passar o aniversário de casamento aqui com vocês... Não é bom ter alguma alegria nesse castelo solitário? Eu assenti, olhando para minha menina, enquanto ela mexia nos cabelos.
- Creio que você já deve conhecer minha ...tutelada. Lu...
Ela assentiu, e Lu deu um pequeno sorriso
tímido. Ela cambaleou seu corpo lentamente, encostando-se contra mim. O toque de Lu contra minha pele enviou choques elétricos ao redor de todo meu corpo. Eu fechei meus olhos para controlar meu desejo intenso em tocá-la, e
tentei distrair Amora com meus dedos contra a barba por fazer.
- Claro que conheço! Já somos melhores amigas, certo Lu? – Ela piscou para Lu, e deixou sua voz animada invadir nossos ouvidos. Ela era extremamente falante – e eu sabia que aquele era um dos seus momentos. - Vamos às compras hoje à tarde! Vamos dar uma festa à fantasia e
Lu vai me ajudar a providenciar tudo! E já
aceitou usar qualquer fantasia que eu escolher. E você, o que vai querer, Colunga?
Eu sorri timidamente, enquanto Lu corava
fortemente. Eu toquei suas costas, e ela mordeu os lábios. Acreditei que ela estava tão febril quanto eu ansiosa pelo momento que ficaríamos a sós. Nosso tempo estava
esgotando, e tínhamos que achar Pedro o mais rápido possível. O que talvez não permitiria nenhum tipo de contato físico nosso. - Qualquer coisa, irmãzinha postiça. Não abuse muito de Lu no seu passeio - Eu dei uma pequena risadela, e Amora enviou-me um olhar curioso.
- Sim, pode deixar, Colunga. Vou fazer o possível para trazer sua “Tutelada” de volta... – Ela lançou um sorriso animado, e eu me despedi dela antes que nos atrasássemos Ya mais.
O relógio estava pontuando o horário limite
para as aulas de Lu começarem quando
estacionamos em frente à Escola de Guadalajara.
Demos um beijo rápido, enquanto nos
apressávamos em busca do garoto. Após alguns minutos de busca, Lu caminhou em minha direção com ele a tiracolo. Eu já conseguia sentir o ciúme me invadir por vê-lo tão próximo dela. Eu fechei meus olhos suspirando lentamente, enquanto eles se aproximavam de mim. Eu tinha
que me focar – eu precisava do menino. Por mais imbecil que ele fosse, eu estava com meu futuro em suas mãos.
-- Manuel...você já conhece Fernando... - Lu
sinalizou, enquanto o menino me lançava um olhar de desdém. Eu acabara de me recordar da noite em que havia batido no garoto - e tentei esboçar um sorriso amarelo. Eu precisava ao menos tentar
ser simpático com ele, tendo em vista minha necessidade da sua ajuda naquele instante. - Sim, claro que lembro. Vocês querem falar comigo sobre...? – Ele arqueou as sobrancelhas, enquanto caminhávamos em direção a uma mesa
que estava perto do pátio escolar. Eu sentei ao lado de Lu, enquanto menino sentou-se do outro lado. Eu já podia sentir o quente encontrar minhas bochechas, sabendo que não eram de timidez, e sim de ira. O ciúme era como um veneno que estava entranhado em minhas veias e era
completamente fora da minha capacidade
controla-lo.
-- Manuel... Fernando e eu...queremos falar com você sobre uma coisa que queremos pedir à você... Lu iniciou, buscando meu olhar de aprovação. Eu assenti, tomando as rédeas da conversa. Eu ainda tinha uma proposta irrecusável para ele – e aquela era minha deixa. - Manuel...antes de tudo, eu gostaria de pedir desculpas pelo que aconteceu naquela noite – Eu pausei minhas palavras, enquanto busquei alguma
resposta nos olhos do adolescente. Ele não
conseguia dispersar o olhar cheio de fúria em cima de mim. - E em segundo lugar... Lu sempre disse que você era um grande amigo dela. E queríamos lhe fazer uma proposta.

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