Capítulo 50

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- Minha menina... não chore... Eu sei que dói. Mas simplesmente... não sei porque...não consigo imaginar que nós vamos fazer isso com ele.
Ela respirou novamente, deixando as lágrimas quentes caírem contra seu colo. A dor estava me torturando, e apesar de saber que o aborto era a solução, algo me impedia.
E eu finalmente me dei conta, de que apesar de toda a dor que aquela situação nos causava, eu não era capaz de mata-lo; Ele era um pedaço do nosso amor, e eu já amava sua vida antes que ele estivesse em meus braços. Eu o amava somente
pelo que ele significava. Aquele pequeno ser, era a forma que a natureza encontrara pra materializar o nosso amor; Eu imaginei se ele nasceria com os olhos castanhos que eu tanto amava de Lu; Ou se seus cabelos seriam macios como os dela; Eu o queria tanto quanto precisava de Lu; Eu não seria capaz de permitir que ela fizesse aquilo. Ela estava com medo assim como eu e teríamos que buscar outra saída. Perde-lo não era uma opção;
- Eu odeio essa criança, Fernando! Eu não quero te perder!
Eu deixei meus olhos encontraram os seus, cheios de súplica. Minha menina estava respirando rápido, e eu tive que coloca-la dentro do meu colo;
Eu beijei seus lábios docemente, e toquei seu ventre com meus dedos.
- Eu sei que você não o odeia, minha menina. Você odeia o que vamos passar pela frente...mas não podemos abandona-lo. Isso seria covarde, meu amor. Ela assentiu, e eu deitei Lu contra meus braços.
- Eu te amo, Fernando. Prometa que você não vai nos deixar. Prometa!
Eu assenti, encarando seus olhos contra os meus. Eu beijei cada pequena parte do seu rosto, enquanto deixava minhas mãos trabalharem contra seu estômago.
- Não vou, meu amor. Jamais. Você é minha minha vida. Vocês dois, agora.
Ela deu um pequeno sorriso, enquanto eu limpava a lágrima que saía dos seus olhos.
- Você não vai querer me tocar quando eu ficar gorda. Eu dei um sorriso tolo, e ela passou seus dedos contra meus lábios.
- Eu vou fazer amor com você todos os dias que Deus me permitir... Eu sou completamente louco por você. Você vai ser uma grávida muito gostosa, acredite nisso. Vou adorar os peitos. Ela deu um sorriso pequeno, e tocou sua própria
barriga, enquanto eu te ja fazer uma expressão maliciosa.
- Eu não queria tirar o nosso bebê. Mas achei que você não iria querer isso.
Eu deitei seu corpo contra a cama, aproximando meu rosto do seu.
- Minha menina, não seja boba. Eu amo tudo que é seu. Amo cada pequena coisa sua. Ela escondeu o rosto atrás dos cabelos que caíam, formando uma pequena cortina. Eu sabia que ela estava corando, e eu beijei seus lábios rapidamente.
- O que vamos fazer com todos, Fernando? Eu vou fazer 18 anos, quando estiver com 7 meses. O que vamos fazer até lá?
Eu toquei seus cabelos, tentando buscar alguma idéia. Eu não saberia dizer o que iríamos fazer – eu somente poderia torcer que tudo desse certo.
Teríamos que mentir para meus pais até que Lu completasse a maioridade. Assim que Lu fizesse 18 anos, estaríamos livres para vivermos nosso amor. Poderíamos nos mudar... viver em algum lugar afastado, usufruindo do amor que sentíamos um pelo outro. - Meu bem, você vai ter que mentir. Vai ter que inventar algum pai.
Ela tocou minha barba com seus dedos, e coçou levemente com suas unhas.
Será que eu deveria sair novamente com o Manuel?
Eu bufei, e ela sorriu levemente.
- Estou brincando. Vou inventar alguma coisa boa.
Ninguém vai desconfiar que você é o pai. Eu prometo...- Ela abraçou meu pescoço, largando um beijo fundo contra meus lábios. Eu deixei a língua dela brincar contra a minha, quando senti as mãos dela tatearam os botões da minha calça.
Ela rodeou suas mãos contra meu membro, e eu a afastei levemente.
- Não faça isso, Lu. Aqui é muito perigoso.

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