Capítulo 91

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Eu deixei meu pequeno dedo trabalhar como um carinho em sua bochecha, enquanto eu tentava absorver a idéia de que eu precisaria ser muito forte naquele momento; Um bebê de 28 semanas iria demorar muito para ter desenvolvimento suficiente para sair de um hospital; Muitos sequer saíam. Eu dei um beijo doce em sua cabeça, percebendo os pequenos cabelos loiros que estavam nascendo; Uma mulher aproximou-se de mim, abrindo um pequeno sorriso.
- É sua, certo?
Eu deixei meus dedos limparem as lágrimas que caíam de meus olhos e assenti com um meio sorriso. - Sim...
Ela sentou-se à minha frente, aplicando uma pequena injeção no tubo ligado à veia da minha filha. Eu a observei, deixando-a terminar seu trabalho. Bem, saiba.. Sr. Hogaza? Ela arqueou suas sobrancelhas e eu assenti negativamente.
- Colunga. Fernando Colunga.
Ela sentou-se à minha frente, trazendo uma
prancheta entre seus dedos.
- Sim, desculpe. Saiba Sr. Colunga que sua filha já uma grande guerreira. Ela está lutando...seus pulmões ainda não estão desenvolvidos por completo, e ela ficará respirando por aparelhos até estar completamente pronta para respirar por
contra própria. A sua menina também é muito pequena, tem apenas 957 gramas 31
centímetros...mas com muito esforço e fé...ela irá crescer cada dia mais. Tenha fé, Sr. Colunga...milagres sempre acontecem aqui. Eu assenti, deixando os meus olhos passearem novamente pelo meu pequeno bebê. Eu tinha fé que em breve eu a teria em meus braços e poderia desfrutar da felicidade de ser pai. - Obrigado por isso. Eu sei que você irá cuidar bem da minha menina. Ela deu um pequeno sorriso, pegando uma etiqueta adesiva para colar contra o plástico transparente que circundava a incumbadora.
- Todos os bebês são muitos amados aqui, Sr. Colunga. Você já tem idéia de como chama-la?
Eu franzi meu cenho, deixando a dúvida me
invadir; Lu estava tão concentrada em um
menino que só lembrava de termos discutidos nomes masculinos para o bebê.
Especificamente, o pequeno Fernando. Eu não fazia idéia do que poderia agradar à Lu - até o momento que encontrei o rosto daquele pequeno ser à minha frente, que parecia transbordar seu nome nos seus traços leves e perfeitos. Eu fechei meus olhos sentindo a saudade que sentia por
Lu me invadir; Minha necessidade de vê-la
estava aumentando, e eu tive que focar meus pensamentos para não me entregar à depressão por não tê-la ao meu lado. Abri meus olhos, dando um pequeno sorriso a mulher. O nome que eu havia pensado saiu deliberadamente por meus lábios, fazendo-me acreditar que fizera a coisa certa. - Vitória?
Eu parecia inseguro com a escolha mas
enfermeira me deu um grande sorriso. Eu deixei o alívio me encontrar enquanto ela escrevia o nome “ Vitória Hogaza Colunga ” na etiqueta adesiva anexada à incubadora.
- Muito bem, Vitória...Hora de descansar...dê adeus para seu pai.
Eu abri um largo sorriso, enquanto dava um beijo suave na pequena careca do bebê que era parte de mim. Quando ela fez o movimento para que eu me retirasse, senti um grande vazio cobrir meu peito. Eu já sentia falta da minha filha, e a saudade
de Lu era uma dor latente e ardente em meu ser; Eu despejei as roupas especiais que havia colocado para entrar na UTI neonatal enquanto caminhava para a sala onde Lu estava. A porta da UTI de adultos era apenas a alguns metros da UTI Neonatal, e logo eu estava parado em frente à sala. Eu sabia pela minha experiência médica que teria de esperar o horário de visitas para ver minha menina; Procurei contactar alguém do hospital para obter notícias de Lu, antes de ser informado pelo médico que Lu e o bebê precisavam de roupas e objetos pessoais. Eu me retirei do hospital,.rumo à minha antiga casa, deixando minha mente trabalhar no automático. Se eu parasse sequer um minuto para me entregar aos sentimentos do meu coração, não iria ter forças para levantar-me vamente;

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