Ele enrugou sua testa, pensando antes de responder. Meu pai suspirou fortemente, antes de começar a falar calma e controladamente. - Ela não estava sentindo-se muito bem, e sua mãe a levou para o quarto. Não queriam que você se preocupasse, Fer. Ela diz que não é nada demais. Eu senti uma pontada de culpa me assolar, imaginando se havia machucado minha menina. Eu despejei Vitória no colo de meu pai, deixando as palavras para trás antes de escalar as escadas até o quarto de minha mãe. Meus olhos encontraram os de Lu, enquanto ela recostava-se contra a cama, com minha mãe sentada ao seu lado. Eu não saberia dizer o que estava acontecendo minha mãe guardava em semblante preocupação e ternura ao olhar para minha menina; O seu olhar estava cheio de alegria e cansaço. Ela parecia ainda mais cansada do que eu, e imaginei se não havia passado dos limites com minha menina; Os lábios dela estavam avermelhados e suas bochechas coraram quando minhas mãos encontraram as suas. - O que houve, minha menina? O que você tem? Ela corou ainda mais, e eu passeei meus dedos pelos cachos castanhos que caíam sob seu rosto. - Nada demais. Eu só estou...indisposta. Minha mãe olhou para meu rosto, enquanto suas mãos tocavam as de Lu levemente. Não sei se devíamos leva-la para o hospital ou algo assim, Fer. Os olhos de Lu se alarmaram com a idéia do hospital, e ela olhou-me com pesar quando eu encontrei seus olhos. - NÃO! Não é necessário...só preciso ficar descansando. Acho que bebi um pouco demais ontem. Minha menina buscou cumplicidade em meu olhar, e eu assenti, acariciando seus cabelos. - Mãe, nos deixa sozinhos para que eu examine Lu. Acho que hospital não será necessário. - Sim, Esme. Obrigada por tudo... Fernando assume daqui pra frente. Minha mãe hesitou em sair, mas depois de alguns segundos nos deixou sozinhos. Eu fui até a porta verificar se estávamos com privacidade suficiente e torci a chave para trancar a porta. Eu voltei meu olhar para Lu – meu semblante era um misto de preocupação e desejo por estarmos a sós novamente;Ela sorriu timidamente, e eu sentei-me ao seu lado na cama. O que houve, minha menina? Você pode me contar. As bochechas de Lu coraram fortemente, ganhando o tradicional tom avermelhado vivo. Eu sorri, e ela escondeu os olhos atrás dos cabelos. Nada demais... acho que estou...como diria isso? - Ela sorriu exasperada, e eu tive que sorrir tendo uma boa idéia do que ela teria. Eu toquei suas mãos contra as minhas, tentando evitar o seu constrangimento.
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O TUTOR
RomanceSinopse O Tutor Fernando Colunga é um médico de 31 anos bem-sucedido, que vê sua vida mudar quando recebe a tutela de Lucero Hogaza, uma adolescente de 17 anos, que perdeu os pais em um acidente. Uma paixão proibida e a descoberta do amor em duas fa...