Capítulo 56

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Os passos dos pés do meu pai contra o piso amadeirado da casa, pareciam grandes e altos demais contra os meus ouvidos. Eu não soubera dimensionar o tempo que ficamos à esperá-lo na sala; Minha mãe tinha ido ao seu encontro antes
de nós - para se certificar de acalma-lo antes que nos encontrasse. Meu pai já tinha conhecimento sobre a gravidez de Lu - 0 hospital fez o trabalho de notificar a família sobre a situação quando Lu informou a possibilidade do aborto. Eu estava lado a lado com Lu, lutando contra o meu desejo de afaga-la para protege-la. Ela parecia incrivelmente desprotegida naquele momento a calça jeans apertada, a blusa fina e leve contra o corpo magro, a
expressão assustada no rosto jovem - dava um ar tão inocente à minha menina; Eu sabia que suas mãos involuntariamente pousadas contra estômago era uma forma de proteção à vida que era gerada ali dentro. Meus dedos das mãos encontraram seus ombros como uma forma de prece para acalma-la. Lu fechou os olhos ao sentir meu toque, e quando os abriu, já conseguíamos ouvir a respiração exasperada de meu pai no mesmo ambiente que estávamos. Eu quebrei meu toque dela, deixando minhas mãos
correrem ao redor do meu peito. Nada poderia sair errado, ou teríamos que mudar nossos planos. Eu não aceitaria que minha menina fosse pisada de nenhuma maneira e havia deixado claro para minha mãe, que não toleraria nenhum tipo de comportamento ofensor de meu pai à Lu. Ele poderia humilhar, maltratar, desmecer,
depreciar...mas jamais iria fazer isso com a minha Lu. Aquela era uma dor a qual eu não a sujeitaria, e sequer, aceitaria.
- Fernando, Lu. Eu assenti, enquanto ele buscava uma poltrona à nossa frente. Minha mãe adentrou a sala, com os
olhos preocupados e atentos. Eu tentei buscar alguma resposta em seu rosto, mas
expressão era completamente neutra. Eu suspirei profundamente, sentando no sofá em frente ao meu pai.
- Dr. Colunga.
Lu balbuciou o nome de meu pai pelos lábios, usando suas mãos como um escudo contra si. Oh Deus, eu estava terrivelmente frustrado com aquilo. Eu podia ver o medo estampado nos olhos chocolates, escorregando por cada um de seus cílios. As mãos dela estavam tremendo levemente, e eu percebi o esforço que ela estava fazendo para se manter em completa serenidade.
Sua respiração era rápida, e as batidas dos nosso corações dançavam como fortes pancadas.
Ambos estávamos nervosos - e eu não conseguia conceber que minha menina tinha que passar por aquilo; Esse era um preço que somente eu deveria pagar.
- Lu, vá para seu quarto. Eu vou ter uma
conversa com meu pai neste momento.
Ela empurrou os olhos castanhos em minha direção em forma de protesto, enquanto eu fazia movimento com as mãos para que ela partisse. Minha mãe assentiu, puxando-a pelo braço em direção à escada. Meu pai não soltou sequer nenhuma palavra - apenas concordou com sua cabeça, enquanto Lu afastava-se de nós. Eu o conhecia ele não saberia ser gentil com ela naquele momento. Sua linguagem corporal dava pequenas pistas do que me esperava - os pulsos fechados, os lábios cerrados e as pernas cruzadas em forma de um quadrado. Ele estava claramento irado - e naquele momento o melhor seria não expor Lu à ele. Ou eu poderia não responder por mim. - Alguma decisão boa você tinha que tomar, Fernando. Eu arqueei minhas sobrancelhas encontrando os olhos azuis iguais aos meus diante de mim. - Do que está falando, pai? Ele rodopiou os dedos sobre a mesa, apanhando um copo de vidro entre seus dedos. Ele deslizou a garrafa de whisky sobre o copo, enchendo-o por
completo. Ele beberricou o líquido, enquanto buscava fôlego para falar.
- Em mandá-la embora daqui neste momento.Creio que não seria agradavel ela escutar o teor da nossa conversa nesse momento. Eu cocei minha barba enquanto fitava cada uma de suas expressões.

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