Eu parei em frente à um posto médico,
pisando em direção à sala de exames onde se encontrava um homem com a roupa adequada para um médico. Ele virou-se para mim com uma expressão irritada em seu rosto. - Sr. Não pode entrar aqui... é área restrita para médicos. Eu pisei frente, invadindo sala completamente. Eu estava ficando sem ar pela ansiedade de saber algo sobre minha menina. Os meus olhos esquentaram e eu senti as lágrimas caírem dos meus olhos espontaneamente. O homem à minha frente coçou a cabeça, enquanto puxava meu braço para fora da sala. - Por favor, eu sou médico também. Eu só preciso saber notícias dela.. - Eu gemi chorosamente entre as lágrimas, percebendo a compaixão tocar o
homem à minha frente.
- Tudo bem Sr. Eu vou verificar o que posso fazer. Qual é o nome da paciente?
Eu deixei o nome de Lu escorregar dos meus lábios quase sem fazer nenhum sentido. O médico procurou o nome de minha menina nas fichas de paciente, e lançou-me um olhar preocupado e
cauteloso. Pela minha experiência médica eu saberia identificar aquele olhar. Era a forma de tentar disfarçar quando algo estava errado. - O senhor é...parente da menina? Eu assenti, enquanto passava as mãos pelos meus cabelos. O homem saiu da sala, fazendo sinal para que eu o acompanhasse. Ele levou-me
até a sala de centro cirúrgico, entrando no local enquanto eu aguardava o seu retorno. Tentei controlar o desejo da profissão de me juntar à ele para descobrir com minhas próprias mãos o que estava acontecendo, porém busquei fazer a coisa certa. Talvez se eu cooperasse, ele tivesse pena do meu sofimento e me deixasse vê-la; Afinal, apesar de ser médico, para aquele hospital eu era um paciente como qualquer outro; Meu diploma não influenciaria em nada ali, pois estava completamente fora do meu alcance fazer algo. Eu escutei os passos homem enquanto ele se retirava da sala, e meu coração parecia explodir dentro do peito.
Eu estava completamente desesperado,
lutando contra os soluços e a sensação de mal- estar que invadia cada mais profundamente; Sr, a Srta. Hogaza perdeu muito sangue... e...tiveram que fazer um parto de emergência em uma tentativa de salvar a mãe e o bebê...
Eu engoli em seco, lendo o medo e o receio no rosto médico. Meus olhos ficaram completamente sem foco, enquanto eu sentia minhas pernas perderem o equilíbrio. Eu desabei no chão, deixando minhas mãos encontrarem meu rosto; Eu queria ao menos vê-la. Pela própria reação do médico, dada minha experiência, algo trágico estava prestes a ser dito. Eu busquei forças para escalar a parede ao meu redor, tentando manter pulmão funcionando enquanto o médico buscava me acalmar, mas as lágrimas cobriam qualquer sinal de calma e tranquilidade no meu rosto. Eu apertei minhas mãos ao redor dos pulsos do médico, enquanto ele me lançava um olhar assustado. - Me diga logo o que houve! Meu Deus, eu não acredito nisso! Ele tentou desvencilhar minhas mãos das suas, o que me fez aperta-lo ainda mais forte. Ele deu um empurrão leve em meus braços, pedindo para que a enfermeira trouxesse água para mim. Após alguns instantes eu consegui controlar meu
próprio desespero, minha dor e os tremores
automáticos que meu corpo estava lançando. - Desculpe por isso - Eu disse, tentando manter a respiração estável; O médico assentiu, sentando- se novamente ao meu lado. – Sr., Acalme-se! Por favor! Você acha que está pronto para saber o que houve? Eu assenti, buscando regularizar minha respiração; Apesar de estar completamente devastado internamente, eu teria que buscar controle. Ou acabaria sem nenhuma notícia. Eu tentei dar um leve sorriso, o que tranquilizou o médico que estava prestes a me dar a notícia.
-Desculpe por isso... Eu só estou muito
preocupado com ela. Ele assentiu, passando os olhos sobre a ficha de Lu.
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O TUTOR
RomanceSinopse O Tutor Fernando Colunga é um médico de 31 anos bem-sucedido, que vê sua vida mudar quando recebe a tutela de Lucero Hogaza, uma adolescente de 17 anos, que perdeu os pais em um acidente. Uma paixão proibida e a descoberta do amor em duas fa...