Capítulo 2

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Eu passei as mãos pelos cabelos, sem ter a
mínima ideia do que fazer. Eu não seria um bom pai para esta menina - eu era ocupado e não levava jeito com crianças. Eu teria que contratar uma babá, e a minha casa definitivamente não era projetada e segura para uma criança. Mas apesar
disso, eu não podia abandonar aquela menina. Ela estava sozinha, e precisava de um lugar para ficar.
Espaço e dinheiro não seriam problemas - minha família era muito bem-sucedida, e eu tinha uma casa enorme somente para mim. Meus irmãos eram todos casados, e eu que nunca tivera muita sorte no amor, acabei me tornando um solteiro convicto. Lucero não teria uma família - mas
seria melhor para ela ser cuidada por uma babá do que em abrigos do governo.
- Tudo bem, então. Eu preciso apenas fazer
alguns ajustes. Talvez contratar uma babá...não sei. Quantos anos tem a menina?
O advogado deu um pequeno riso enquanto
surrupiava os olhos pelos documentos antes de responder.
-17, Sr. Colunga. Acho que babá não será o
seu maior problema. A Srta. Hogaza já é uma adolescente. Talvez você tenha uma lembrança diferente dela, mas ela já faz o colegial. - Eu acenei positivamente, me dando conta de que a imagem da criança chegando a minha casa era ilusória
- Tudo bem...então sem babás. Quando ela vira?
- Na verdade, Sr.Colunga...ela já está aqui. Está na outra sala. Não tinha para onde ir, e não conseguia ficar sozinha na casa. Se o senhor não aceitasse a proposta, ela iria para um abrigo local imediatamente.
fazer com a casa dos pais quando ficasse mai velha.
-E Sr. Carter, Lucero já sabe de tudo isso?
-Sim Sr. Colunga, ela já foi informada. Não
demonstrou nenhum tipo de emoção. A menina não tem para onde ir, e creio que ainda está en choque.
Eu agradeci, e fui guiado pelo advogado até a sala onde Lucero se encontrava. Quando meus olhos encontraram os dela, eu mal pude acreditar que essa era a menina que corria pelo quintal de minha casa, nas poucas lembranças que eu tinha Lucero era magra, mas possuía belas curvas Grandes olhos castanhos, cercadas por pequenas olheiras, provavelmente causadas pelo cansaço e o choro. Os cabelos eram castanho e comprido e estavam jogados sobre o ombro espontaneamente. Ela me observava cautelosamente, antes de levantar-se para me cumprimentar. A calça jeans que ela usava era colada, e sua camiseta branca de botão acentuava suas belas curvas. Ela definitivamente não era uma menina. Era uma bela mulher.

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