Capítulo 98

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Eu bufei, enquanto Lu abria um pequeno
sorriso. - Eu que sou a mãe serei a última a conhecer pelo jeito, né? Ainda não. Estavámos indo para lá agora...mas o seu quae-irmão me distraiu. E dei um sorriso grande e sincero, enquanto pedia para Laura pegar os pertences pessoais de Lu.
Eu percebia minha menina ansiosa e aflita pelo encontro com Vitória. Ela não parava de falar pelos cotovelos, e eu estava completamente encantado por tê-la novamente ao meu lado. A voz de minha
menina, os seus cabelos castanhos e o cheiro de sua pele eram verdadeiros afrodisíacos para mim. Faziam parte do próprio ser, como o sangue que
corria em minhas veias, ou os pêlos espalhados pelos meus braços; Eu deixei meus sentidos se maravilharem com toda a doçura e poder de minha menina, enquanto estávamos juntos. Chegamos em passos lentos até a UTI Neonatal e Lu encarou-me com os olhos cheios de incerteza, aflição e emoção. – Fernando... e se eu não souber ser uma boa mãe? - Eu segurei suas mãos e dei um leve beijo em suas palmas. - Você já é uma boa mãe, minha menina. Eu amo você... Vai dar tudo certo. Ela estava com os dedos trêmulos enquanto vestia a bata verde e apropriada para entrarmos na UTI Neonatal. Eu já conseguia encontrar Vitória no meio das outras crianças, e caminhei até sua
incubadora com uma Lu extremamente nervosa ao meu lado. Ela encontrou o pequeno lugar onde nossa filha estava, e eu pude ver as lágrimas que se formavam nos olhos escuros. Eu percebi a chuva de lágrimas que começava e despencar dos
cílios de minha menina, enquanto ela deixava os dedos trêmulos agarrarem a incubadora. Eu toquei seus ombros, e ela encarou-me com a emoção transparecendo através do seu rosto jovem. - Ela... é tão...perfeita. E pequena. - Ela estava com a voz tão trêmula quanto seus dedos, enquanto a enfermeira aproximava-se de nós. - Você é a mãe de Kisten?cMinha menina assentiu, sem nunca tirar os olhos nosso pequeno fruto. Ela parecia completamente encantada com a delicadeza, suavidade e perfeição de nossa filha. - Você quer segura-la? Tentar dar de mamar para ela? Lu buscou meu olhar, deixando o nervosismo transparecer. Eu fiz um carinho em sua bochecha, assentindo positivamente para a enfermeira. Lu me abraçou, enquanto a mulher carregava nossa pequena filha entre os dedos. - Pegue aqui. Lu parecia tão nervosa enquanto recebia o
pequeno bebê entre seus braços. Ela aconchegou Vitória entre seus pulsos deixando-a se apoiar contra seu peito.
- Ela é tão pequena...tenho medo de quebra-la. Eu dei um pequeno sorriso, enquanto Lu sorria entre as lágrimas de felicidade que escapavam de seus olhos.
- Você não vai, meu amor.

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