Capítulo 96

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Ela segurou meus pulsos contra as mãos, trazendo seu olhar contra o meu.
Eu vejo, meu filho! Mas você precisa descansar para dar forças à Lu e a menina que vocês tem! Você é o único capaz disso neste momento, meu filho! Você precisa ser forte! Eu deixei meus pulsos reaxarem contra o toque de minha mãe, enquanto ela me encontrava para um abraço carinhoso. Eu beijei o alto de sua testa, enquanto ela mantinha suas mãos ao redor de mim; Eu precisava de qualquer ajuda que pudesse ter - eu sabia que estava fraco, e que minha atitude infantil não ajudaria em nada. Eu deixei algumas recomendações para minha mãe, parando em frente à casa onde eu morava com Lu. Antes de conseguir deitar-me no quarto, eu andei até o lugar que havíamos preparado para chegada do bebê. Tudo parecia tão vazio e silencioso que eu me senti completamente sufocado - a saudade, o desejo de ter minhas meninas comigo, estavam alterando cada um dos meus sentidos. Eu deixei meus olhos vagarem pelo berço vazio, ima īndo se um dia teria a chance de colocar meu pequeno fruto para dormir. Fechei meus olhos, e deixei os devaneios me invadirem; Eu teria uma família, eu seria um pai e marido completamente realizado. Eu só precisava buscar forças no invisível - no mesmo lugar onde habitava minha devoção e fé no amor que sentia por minha menina. Ela seria a razão de toda a minha força, e o apoio de toda minha crença de que um dia, finalmente, seríamos felizes por completo.
Os dias que seguiram naquela semana
poderiam ser considerados tortura
materializada; Os momentos em que eu passava no hospital eram menos dolorosos do que a solidão da casa vazia e silenciosa. Eu parecia ver Lu em cada canto do nosso ninho - meu cerebro não concebia a idéia de que ela não estava ali comigo; Eu não tive coragem de trocar as cobertas em que dormíamos para me permitir sentir o odor delicioso da sua pele ao meu redor quando o corpo perdesse suas forças e me induzisse ao sono profundo. Finalmente, hoje seria o dia da sua alta da UTI. Lu estava magra - mais que o normal - e eu mal conseguia lembrar que há poucos dias ela estivera com uma barriga tão grande; Ela esteve muito debilitada, o que a fezbperder mais peso do que qualquer mulher normalmente faria após o parto. Ainda não tivera sido possível que minha menina conhecesse nossa filha - o risco para ela ainda existia, e não era apropriado deixa-la sair para ir até a UTI Neonatal; Mas esperança hoje tudo caminharia como o esperado. Eu tomei um banho gelado, deixando o água trabalhar de forma anestesiante na minha ansiedade. Eu não conseguia disfarçar o sorriso bobo que estava em meus lábios; Finalmente as coisas estavam começando a melhorar para mim. Me arrumei apropriadamente colocando uma calça jeans azul com uma blusa de algodão preta. Imaginei que minha menina apreciaria a escolha; Eu caminhei com pés apressados até o carro, fazendo um caminho tranquilo até o hospital. Cheguei sem delongas, adentrando a ala da UTI esperando a confirmação médica.

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