Capítulo 33

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Eu não preciso dizer quanto gostei disso... Lu... eu preciso dizer outra coisa a
você... - Meu coração estava explodindo dentro do peito, e minha respiração estava rápida. E eu sabia que aquele era o momento - o momento de dizer à
Lu toda a verdade que fazia moradia dentro de mim. Eu não precisava mais mentir a ela - e se Lu não correspondesse aos meus sentimentos, eu a amaria incondicionalmente da mesma forma;
Esperaria pacientemente o dia em que ela me entregaria seu coração, como eu havia entregado o meu à ela no momento em que ela cruzou minha vida. Eu encontrei seus olhos castanhos, confusos e aflitos. Dei um pequeno beijo em seus lábios, e suspirei longamente antes de soltar minhas
palavras - Lu...eu...estou apaixonado por você...estou completamente louco por você...e não consigo imaginar minha vida sem tê-la comigo. Por favor...não quero que você se assuste...eu...só não posso mais mentir...eu amo você... - Eu busquei seus olhos, e vi pequenas lágrimas se formarem ao redor deles; Eu a abracei, e senti os soluços doces saindo de sua garganta - eu não sabia o que ela estava sentindo; O desespero de tê-la assustado me inundou, e eu comecei a tocar as madeixas de seu cabelo, enquanto abraçava seu corpo pequeno contra o meu.
- Lu, por favor... eu não pedi para você se sentir como eu me sinto...eu não queria assusta-la... Oh Deus, me perdoe...
Ela afastou-se bruscamente de meu abraço, buscando meus olhos; As lágrimas ainda corriam pelo seu rosto, e ela limpou cada uma delas.
- Você é louco mesmo, Fernando Colunga. Você acha que alguém é capaz de não se apaixonar por você? Eu...eu... não sei como...mas.. Eu amo você...talvez mais do que tudo nesta vida...eu nunca me senti assim antes... Às vezes tenho medo do que sinto. Mas é como se eu não tivesse controle sobre minhas próprias vontades...eu...não sei...
Eu dei um pequeno sorriso, sentindo a emoção daquele momento tomar conta de mim. Lu era apaixonada por mim - e eu tive que dar uma grande sorriso, entre as lágrimas que rolavam pelo meu rosto.
- Eu também nunca me senti assim, minha
menina. Nunca...e tenho tanto medo quanto você.
Ela sorriu, passando os dedos sob meu rosto, limpando as lágrimas que banhavam meus olhos.
- Acho que vai ficar tudo bem, 'meu bem'. - Ela deu um pequeno sorriso, deitando sua cabeça contra o meu peito. Nós ficamos em silêncio, e ela parecia encantada com a forma que nossos corpos eram atraídos um ao outro. Eu nunca acreditei em destino, almas gêmeas, ou qualquer uma dessas baboseiras - mas daquele dia em diante, tive que crer que algo mágico havia acontecido em minha vida. Eu, Fernando Colunga, um homem que sempre fora infeliz no amor, condenado à passar o resto de sua vida enfiado entre uma garrafa de vodka, e um hospital público, havia ido contra todas as estatísticas e encontrado um amor puro, doce, verdadeiro e único.
E ainda mais com uma menina de 17 anos.
A minha tutelada. Imaginei as chances daquilo acontecer, e acabei me dando conta que Lu era presente dos céus. Não haveriam coincidências entre nós - o magnetismo dos nossos corpos, a intensidade do meu amor por ela
e a perfeição de cada célula do seu corpo em contato com a minha; Aquilo jamais seria mera coincidência. Eu dei um pequeno sorriso orgulhoso. Escutei as batidas do coração de Lu contra as minhas, e percebi que elas estavam perfeitamente sincronizadas - de alguma maneira, éramos um só coração. Batendo na intensidade. Eu fechei meus olhos apreciando o prazer de cada sentido meu estar invadido por Lu. Provavelmente aquele seria o mais próximo do paraíso - estar ao lado de alguém que ama. E ser amado de volta.

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