Minha mãe agitou seus dedos contra a cama, parecendo ansiosa com o resultado da nossa discussão.
- Ele não irá falar nada, eu prometo. Ele gosta muito de mim, Fernando. Eu confio nele. Eu rangi os dentes, ao imaginar que Lu tinha bons sentimentos em relação aquele menino. Mas naquele momento eu não tinha escolha. Eu precisava aceitar qualquer coisa que fosse nos ajudar. Eu teria Lu comigo. Isso era o que mais pesava para mim. - Tudo bem, então. Vou confiar no seu julgamento. Mas eu quero falar com ele. Não quero que você vá sozinha.
Ela assentiu, passando as mãos pela linha do meu queixo. Eu dei um pequeno beijo contra sua bochecha, virando-se para minha mãe. - Mãe, venha comigo aqui fora. Quero que você me ajude a providenciar a liberação de Lu do hospital. - Minha mãe assentiu, andando em minha direção. Quando saímos da sala, eu fechei
a porta atrás de nós, buscando interromper os passos que ela dava.
- Mãe, preciso pedir algo a você. Ela assentiu, ajeitando a gola da minha camiseta branca. - Sim, meu filho. Diga. Estou ao seu lado agora.
Eu dei um sorriso grato, pegando a palma da mão de minha mãe contra a minha.
- Não me deixe fazer nenhuma besteira com esse moleque. Ela deu um grande sorriso, e apertou meus dedos contra os seus. - Eu pensei que nunca iria lhe ver assim, Fernando. Lu realmente mexeu com você de muitas maneiras. Você realmente a ama. Eu consigo ver em seus olhos.
Eu senti minha bochechas esquentarem
novamente, e desviei meus olhos dos dela.
- Sim, Mãe. Muito. Nunca me senti assim com ninguém. Ela apertou meu braço com sua mão, e apanhou meu olhar contra o seu. - Então faça valer a pena, meu filho. Não faça nenhuma besteira. Lembre-se do que você tem que passar para estar com ela. Eu abri um pequeno sorriso tímido, e minha mãe me deu um longo abraço. Nos fomos em direção da saída, buscando adiantar o processo de liberação de Lu do hospital. Não demorou muito para que eu tivesse a autorização devida para leva-la para casa. Minha mãe parecia radiante com tudo aquilo - ela jogava pequenos comentários sobre o fato da minha paixão por Lu ter grandes efeitos em mim, e o quanto estava ansiosa para ser avó.
Apesar de todos os nossos problemas - aquele fora o momento em que tive certeza que as coisas acabariam bem. Eu conseguia visualizar meu casamento com Lu - e o quanto seríamos felizes por todos os momentos de nossas vidas;
Eu teria tantos obstáculos a enfrentar, mas a palavras de minha mãe haviam trabalhado como um calmante para mim - o meu amor por Lu iria nos salvar. Eu tinha certeza que a amava, e que amava nosso pequeno fruto. Éramos como um só, duas partes que apenas juntas eram completas. O caminho para casa foi incrivelmente doce abracei minha menina, lançando pequenos beijos pela sua bochecha macia. Minha mãe, apesar de constrangida, já estava completamente acostumada com a idéia de sermos um casal. A reação do meu pai, a volta de Pedro e o fato de viver escondido de todos pelos próximos meses eram artigos preocupantes. Meu coração estava completamente aflito com aquilo. Mas o nosso amor seria nosso único salvador. Eu fiz repetição daquilo, enquanto estacionava em frente da minha casa. Enfrentar meu pai seria nosso primeiro obstáculo. Respirei até três, mentalizando meu amor por Lu, e pisei fora do carro. Tudo daria certo. Tinha que dar.
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O TUTOR
RomanceSinopse O Tutor Fernando Colunga é um médico de 31 anos bem-sucedido, que vê sua vida mudar quando recebe a tutela de Lucero Hogaza, uma adolescente de 17 anos, que perdeu os pais em um acidente. Uma paixão proibida e a descoberta do amor em duas fa...