"Te amar dói, machuca, me causa dor, angústia. Fico doente, de saudades, de carência, de amor."
Querido JohnDepois de dias trabalhando sem parar finalmente teremos um final de semana de folga, fomos liberados na sexta a noite e só precisamos retornar na segunda de manhã, vou aproveitar para ir para casa ficar com a minha família.
O Ohm me leva de carro até em casa, esse já é um hábito nosso há muito tempo, foi assim que viramos amigos. No início não gostávamos um do outro, mas como ele morava por perto começou a me dar carona quando estávamos trabalhando na série Blacklist, desde então ele sempre faz isso. Quando chegamos ele para na entrada da garagem, desliga o carro e fica esperando, eu sei que tenho que sair, mas não consigo me mexer.
Ele espera por um momento e sinto que está me olhando, ouço ele soltando o próprio cinto de segurança e se aproximando, ele destrava o meu cinto e desliza ele com cuidado, então coloca a mão no meu rosto e faz eu olhar pra ele. Olho nos seus olhos e parece meio irracional, mas já estou sentindo a sua falta e ele ainda está aqui. Não quero demonstrar pra as minhas inseguranças, é difícil saber como ele se sente sobre tudo isso, sei que ele parece apaixonado, mas eu tenho medo de estar maximizando tudo o que ele faz para nivelar com os meus sentimentos, tenho medo que ele ainda veja tudo isso como um amor não romântico e esteja apenas me dando o que eu quero. Eu procuro no seu olhar, mas hoje o desejo não está ali, só existe carinho e mais alguma coisa que eu não sei definir.
Ele se aproxima devagar e me beija, é um beijo suave, mas com todas essas dúvidas na minha mente a última coisa que preciso é disso, eu preciso que ele me queira como eu quero ele, que sinta a minha falta, que queira estar comigo, que não queira se separar.
Eu chego mais perto, passo a mão pelo seu pescoço, puxo ele pra mim e começo a beijar ele de verdade, mas ainda não é o suficiente, ele não está perto o bastante. Em um movimento nada calculado eu subo no colo dele e coloco uma perna de cada lado do seu corpo, o que na verdade ficou super desconfortável porque nós dois somos grandes. O Ohm empurra o banco para trás e inclina ele, não ficou confortável ainda, mas serve para o que eu preciso.
Eu volto a beijar ele, é um beijo cheio de necessidade e desejo, eu quero que ele lembre desse beijo quando não estiver comigo, quando fechar os olhos, quando deitar, quando estiver dirigindo... Sei que estou mostrando mais do que devia, mas eu preciso disso agora.
Ele passa as mãos pelas minhas costas e as desce até a minha cintura, me puxa mais perto e me aperta sobre o seu pau, fecha os olhos e geme, é assim que ele mostra a sua necessidade e desejo. Eu me esfrego nele enquanto nos beijamos, depois daquela noite não tivemos mais esse tipo de intimidade, então não sei direito como fazer isso, mas quero tentar. Eu me afasto um pouco e escuto um gemido frustado, isso me faz sorrir. Seguro com a mão esquerda pela sua nuca, na posição em que estamos eu fico muito mais alto que ele, então o puxo para trazer pra mim, me abaixo e o beijo. Com a minha mão direita eu desamarro o seu calção e afasto para conseguir chegar no meu alvo, quando eu aperto o seu pênis ele solta um gemido que faz o meu pau implorar por atenção, mas hoje não é sobre mim, eu quero fazer isso por ele. Começo a masturbar ele enquanto nos beijamos, não sei se estou fazendo direito e a posição não ajuda muito nos movimentos, mas mesmo assim percebo que ele não vai durar muito. Eu paro de beijar ele e me afasto até encostar no volante para ter mais espaço pra me mover, ele fecha os olhos e se deita. É fascinante ver ele desse jeito, ele está suado, respirando com dificuldade e gemendo. O jeito que geme devia ser proibido, é delicioso de ver e ouvir! Ele é uma tentação, tenho certeza que esse homem levaria qualquer alma para o inferno se quisesse. Ele começa a se impulsionar para cima vindo de encontro a minha mão, eu aperto mais e acelero. Levanto a sua camisa e passo a mão pelo seu abdômen, ele joga a cabeça para trás e eu percebo que gosta disso, não para de gemer e chama o meu nome, está quase gozando, eu sinto ele tremendo, está tendo muitos espasmos embaixo de mim. Ainda com movimento acelerado eu passo a minha outra mão pelo abdômen dele indo até a altura do estômago e depois desço rápido com as unhas o arranhando. Ele goza chamando o meu nome com um gemido muito alto, eu continuo bombeando até ele parar de gozar e tremer, então me abaixo e o beijo, ele ainda respira com dificuldade, mas consegue dizer.
— Incrível!
— Você nem sabe como.
E realmente ele não tem noção de como é incrível observar ele, é um verdadeiro deleite, ele é a luxúria encarnada quando está assim.
Saio de cima dele, sento no banco do passageiro e vejo que estamos os dois sujos, ele pega um pacote de lenços no porta luvas e me limpa. Nem preciso dizer quanto eu fico balançado e confuso quando ele faz essas coisas, ele está ali, muito mais sujo do que eu, mas ainda assim eu venho sempre em primeiro lugar pra ele. E de novo eu estou aqui, com toda a minha carência possivelmente transformando um gesto simples em algo maior.
Depois dele se limpar nós nos despedimos, ainda estou relutante em sair do carro, mas saio mesmo assim, talvez distância seja o que eu estou precisando agora, o que nós estamos precisando.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Silêncio
FanfictionDepois desses meses de silêncio eu decidi parar de me esconder e contar a nossa história, mas por onde começar? Será que conto sobre esse período de silêncio e o que fizeram com ele? Sobre o nosso show, ou melhor depois dele? Sobre a aquela briga? N...