Nossa História

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" A nossa história tem três partes: um começo, um meio e um fim. Embora seja assim que todas as histórias se desenrolam, ainda não consigo acreditar que a nossa não durará para sempre."
Querido John

O celular toca e é uma mensagem do Ohm, ele já está no estúdio para gravar as músicas que vamos cantar no evento da Cathydoll, olho em volta e não estou nem perto de terminar aqui, peço para ele começar a gravar, então peço para agilizarem o ensaio.
Depois do ensaio vou direto para o estúdio, chego e fico olhando ele cantando, ele está muito mais confiante e também está cantando muito bem agora. Quando ele me vê pelo vidro ele dá aquele sorriso, vamos ter que conversar sobre isso, ele vai ter que se controlar, não dá pra ele ficar me olhando assim em público mais, vou sentir falta disso.
Quando ele termina eu entro e gravamos juntos. Ficamos duas horas para gravar e revisar tudo, peço uma cópia das gravações para treinarmos no nosso estúdio, assim não precisamos sair de casa.
Quando vamos até o estacionamento ele olha em volta e me abraça.
- Você tem mais alguma coisa pra fazer hoje?
- Não, podemos ir para a casa.
Ele sorri como uma criança que ganhou o seu brinquedo dos sonhos, olha em volta mais uma vez e me beija.
- Te encontro em casa.
- Ok ok, vai lá e não dirija rápido.
Ele me dá mais um beijo e sai correndo.
- Ohm!!!
Ele começa a correr de costas e sorri, quando tropeça não sei se mato ou corro pra ver se ele está bem, ele consegue se equilibrar antes de cair, me olha com cara de culpado e vai para o carro, eu entro no meu carro também e vou para casa.
Quando chego ele já está na garagem me esperando, abre a porta do carro, segura a minha mão e beija.
- Isso é muito brega, Ohm.
Ele sorri e me empurra para o carro.
- Então vamos ser mais modernos.
Ele começa a me beijar tirando a minha roupa, me vira e se afasta, escuto ele abrindo uma embalagem de camisinha então ele se aproxima de novo, mas não faz nada. Ele vai até a porta de trás do carro abre e faz um sinal.
- Isso é coisa de adolescente.
- Se eu me lembro bem você foi o primeiro a me agarrar em um carro.
- Idiota!
Ele me abraça e começa a me beijar e empurrar para a porta, segura a minha cabeça para não bater e eu me deito no banco, ele beija desde a minha barriga até o pescoço intercalando com mordidas leves, então levanta as minhas pernas e me olha.
- Quer fazer amor ou foder?
- Que tal uma mistura dos dois?
Ele começa a me beijar e vai penetrando aos poucos, entrando e saindo até eu me acostumar, então começa com o velho ritmo, lento, rápido, lento e rápido novamente, até gozarmos juntos.
Nós entramos em casa e tomamos um banho rápido, eu não deixo ele chegar perto senão vamos acabar transando de novo. Tomo banho primeiro, beijo ele e saio, me arrumo e vou começar o jantar. Quando ele desce vem com o livro na mão, ele está lendo sempre que pode, em casa é quase o tempo todo.
Ele me beija, senta no balcão e começa a ler em silêncio, depois de um tempo ele começa a rir, muito melhor do que quando ele chora, ele faz isso muitas vezes.
- Você ficou bolado mesmo com a história da casa e dos filhos, né?!
- Foi uma surpresa pra mim, acho que eu nunca pensei que alguém realmente ia querer fazer essas coisas comigo.
- Bom, agora você tem uma casa cheia de filhos.
- Tenho sim.
Ele volta a ler em silêncio e mais uma vez ri.
- Eu tenho que comprar um presente pra sua irmã, não acredito que ela ameaçou o Mark antes mesmo de saber que nós estávamos juntos.
Eu sorrio, mas não comento. Ele vai lendo e comentando uma coisa aqui e outra ali, ri bastante e fico feliz com isso. Quando o jantar está pronto eu vou até ele que está chorando e tiro o livro da sua mão, ele me olha e sorri, você gostou mesmo do seu aniversário?
- Eu amei, você sempre consegue tornar os meus aniversários especiais.
Eu limpo as suas lagrimas e o beijo.
- Eu quero pedir uma coisa.
Ele concorda sem nem saber o que é.
- A próxima parte eu quero que você leia só quando estiver em um dia bom, sem estresse, sem estar cansado e se possível quando eu estiver com você, foi uma fase bem tumultuada para nós, não quero que isso te afete.
Ele olha para o livro preocupado e concorda, eu o beijo e coloco o prato na sua frente, sento ao seu lado e ele vai comentando sobre as gravações de manhã, em menos de uma semana acaba as gravações de Double Savage e estão todos animados.
Depois do jantar nós vamos para o estúdio, ele está ensaiando a música que gravou para Double Savage porque vai gravar o MV, queria poder ir com ele, mas não vou poder, mas para gravar My Word eu já falei para a Kwang não colocar nada na minha agenda porque quero estar com ele.
A música é agitada, então ele se perde algumas vezes, mas já conhece toda a letra. Ele aproveita e canta My Word, mas sempre que chega no final da primeira parte ele espera para eu cantar Our Song. Quando paramos de cantar ele está chorando. Eu guardo a minha guitarra, vou até ele e tiro o microfone da sua mão, desligo os equipamentos e as luzes e vamos para o quarto, eu me deito e ele deita nos meus braços, quando ele para de chorar eu beijo a sua testa.
- Eu marquei uma consulta para você com o doutor Alm.
Ele me olha surpreso.
- Eu sei que você está melhor, mas eu estou preocupado, coisas mínimas te afetam, você tem chorado muito e tem tudo o que está acontecendo, os ataques, as brigas dos fãs, o nosso afastamento, a empresa... Enfim, você precisa voltar para a terapia.
- Tudo bem.
Ele me olha e sorri, mas é um sorriso triste.
- Eu já tinha pensado nisso, mas não tinha tempo de me planejar. Obrigado!
Eu beijo ele e olho nos seus olhos.
- Eu espero que quando você terminar de ler o livro você entenda o quanto você é importante para mim, como você é essencial na minha vida, tão importante quanto o ar. Sem você por perto eu sempre sinto que estou sufocando, quando alguma coisa acontece com você eu simplesmente demorono. Eu quero que você entenda isso e se sinta mais seguro, sem essa coisa de esperar acordar ou ficar em dúvida se é real. Quando você sofre eu sofro, então vamos combinar de ser felizes ao invés disso, tudo bem?
Os seus olhos lacremejam e ele sorri. Eu limpo as suas lagrimas, apago as luzes e o abraço.
- Durma meu amor, quando você acordar eu estarei aqui, eu sempre vou estar aqui.

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