"Você acabou de passar por um furacão emocional. Precisa dar um tempo para se recuperar."
How I Met Your MotherPensei muito sobre o que fazer sobre aquela foto e decidi não fazer nada. Cansei disso, de brigar sempre pelos mesmos motivos, parece que vivemos a beira do abismo presos com os mesmos ecos.
Olho o horário e já passou da uma da manhã, desligo o meu celular e tento relaxar para dormir, não vou tomar remédio, vou sair desse ciclo também. Tento limpar a minha mente e não pensar nos problemas.
- 0, 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89, 144, 233, 377, 610, 987, 1597, 2584, 4181...Não sei em que parte da sequência eu parei, mas quando eu acordo já é dia.
- Non? Amor?
Então foi isso que me acordou. Eu respiro fundo, esfrego o rosto para tentar acordar e me viro. Ele olha para mim e sorri. As vezes eu acho que sinto mais raiva por ele ser tão absurdamente alheio ao que está acontecendo ao redor, do que a própria crise em si.
- Oi, eu estava tentando falar com você e não estava conseguindo, fiquei preocupado. Temos que ir participar daquela chamada com fãs.
- Que horas são?
- Três.
- Tudo bem, eu vou tomar banho.
Me levanto e saio do quarto, tomo banho volto e ele está deitado na minha cama. Vou ao armário, me visto, volto para o banheiro, seco o meu cabelo. Quando vejo ele está atrás de mim.
- Eu vou comer alguma coisa antes de sair, quer comer comigo?
Ele nega e fica me olhando. Passo por ele e vou para cozinha, a minha mãe deixou comida para mim na mesa. Como em silêncio, lavo o meu prato, volto para o banheiro e escovo os dentes.
- Está tudo bem?
- Está.
Ele se aproxima e me beija, eu apenas deixo ele me beijar.
- Agora vamos?
- Aconteceu alguma coisa. O que foi?
- Nós temos realmente que ir, não devia ter desligado o celular, acabei atrasando tudo.
Ele suspira e sai, eu vou atrás.Tentei agir o mais normal possível, era apenas um bate papo informal, então não precisamos interagir muito. Quando acaba, eu espero por ele e vamos para o carro. Ele liga o carro, segura o volante e me olha.
- Pra onde?
Eu olho para ele e tento decidir. Não quero brigar, mas não adianta ficar assim também, ele me conhece muito bem, as vezes melhor do que eu mesmo. Fazer isso com ele não é justo também.
- Vamos para casa amor.
Ele encosta a cabeça no volante, respira fundo, olha para a frente e acelera.Quando chegamos eu beijo ele, pego a sua mão e o levo para o sofá.
- Eu te amo.
- Eu amo mais. Conta o que aconteceu.
Eu pego o celular, busco a foto e mostro pra ele. Vejo ele mexendo no celular, depois olha no próprio telefone.
- Eu não sabia...
- Não é essa a questão aqui. Depois de toda aquela confusão que aconteceu quando ele curtiu as suas fotos e você seguiu ele, como você pode? Justo com ele.
- Na verdade ele me pegou desprevenido, eu estava sentado e ele chegou com o Tawan, quando vi ele já estava com o celular tirando a foto, eu reagi por hábito e sorri, depois ele foi embora, me chamaram e eu acabei esquecendo. Isso foi há dias, olha a roupa que estou.
Eu olho para ele, para o rosto que eu tanto amo, os olhos que vem a minha alma e conversam comigo, a sua boca que sabe sempre o que dizer e o que fazer, o seu nariz perfeito, as maçãs do rosto e até mesmo as espinhas, cada pequeno detalhe que faz dele perfeito. Seguro a mão dele e beijo.
- Eu te amo.
- Non?
- Eu estou cansado de tudo isso, eu quero que você saiba que eu te amo, não estou fugindo, nem te abandonando, também não estou terminando, mas eu preciso de um tempo.
Eu consigo ver no seu olhar, a dor tomando conta. Coloco a mão no seu rosto.
- Você acredita que eu te amo?
Ele fecha os olhos e acena.
- Então você tem que confiar em mim, assim como eu confio em você. Você contou o que aconteceu e eu acredito, não se trata disso, é sobre tudo. Eu só... não sei, preciso de espaço, desacelerar. Nós fomos muito rápido com tudo desde o início e isso tudo nunca para, tem sempre alguma coisa.
- Eu não entendo, porque se afastar?
- Só para poder respirar um pouco.
- Eu estou te sufocando?
- Não! Não é você, é o trabalho, os fãs, as brigas, sempre tem uma briga. Não sei se vou conseguir ficar longe, Deus sabe como já é difícil ficar aqui agora e não te agarrar, mas eu acho que nós precisamos disso. Veja, chegamos a um ponto em que não moramos juntos, mas a nossa cabeça não entende assim.
- Eu não... - ele fecha os olhos. - quanto tempo?
- Nao sei, só alguns dias. Precisamos repensar a nossa relação, nos reajustar, o que aconteceu vai continuar acontecendo, as pessoas vão continuar chegando em você e em mim, o trabalho vai aumentar, daqui dois ou três meses nem sei se vamos conseguir nos ver fora do trabalho. Só deixar as coisas acontecendo e ir nos adaptando não está dando certo, tenho medo de que quando percebermos alguma coisa estará realmente errada e sera tarde demais. Olha para mim. - ele levanta a cabeça e me olha- Você é a minha vida, eu nunca, nunca, vou te deixar, estou fazendo isso por nós.
- Tudo bem, alguns dias, repensar a relação, espaço, eu posso fazer isso, vamos fazer isso.
- Obrigado.Ele se aproxima e me beija, eu seguro a sua nuca e o trago mais para perto. Sinto a sua mão passando pela minha barriga e a sua boca no meu pescoço, ele desce até o meu ombro e morde, mais forte do que o normal. Então começa a desabotoar a minha camisa.
- Ohmmm...
- Por favor amor...
Ele continua descendo e então começa a beijar o meu peito.
- Por favor...
Eu fecho os olhos e tento me concentrar, não é assim que essa conversa deve acabar, eu tenho que ir embora. Ele volta a beijar a minha boca e consigo sentir a necessidade dele, que também é a minha necessidade, mas não posso fazer isso. Ele morde o meu lábio inferior e puxa e começa a tirar a minha calça, sei que tenho que parar ele, mas não tenho mais força para isso, enquanto ele me beija, sinto o dedo dele me penetrando. Ele se afasta, escuto ele rasgando a embalagem da camisinha e então se apoiando em mim novamente. Ele encosta a testa na minha, levanta as minhas pernas, eu respiro fundo e espero ele me penetrar, mas ele não faz. Ele está esperando, ele está me deixando escolher.
Eu tento me concentrar, sei que é importante parar agora, mas não consigo me concentrar sentindo o pênis dele encostando em mim. Ele pressiona um pouco mais, ainda não entrando, mas quase e isso é tão bom que não consigo conter o gemido.
- Me fode.
Ele começa a entrar lentamente, faz uma, duas , três vezes.
- Me fode!!
Ele acelera e começa a me beijar, boca, pescoço, ombro, onde a boca alcança enquanto ele geme.
- Me fode!!!!
Ele se ajoelha e começa a meter com tudo, quando estou prestes a gozar ele para. Olho para ele e estou prestes a explodir. Ele pega outra camisinha, abre e coloca em mim.
- Me fode!
Eu o empurro para trás molho os meu dedos com saliva e insiro. Ele fecha os olhos e geme e aperta os meus dedos, quando vejo que ele está bem me afasto e o coloco só a ponta do meu pau nele.
- Olha pra mim!
Ele me olha e eu não desvio o olhar, quero que ele veja o quanto eu o desejo e amo. Entro devagar, não quero machucar ele, então vou acelerando. Meto cada vez mais fundo e sinto que estou cada vez mais perto de gozar, sinto que ele está pronto também, está me esperando. Então eu me deito sobre ele, sem desacelerar, olho nos seus olhos, aqueles olhos que me pertencem como cada parte dele. Meto três vezes com força dizendo.
- Eu. Te. Amo!
Sinto ele gozar e me apertar e gozo também.
Deito no seu peito e ele me abraça. Quando me recupero, olho para ele o beijo e digo.
- Eu tenho que ir.
Ele acena, mas não responde. Levanto e me arrumo e ele continua no sofá, só que agora está sentado. Vou até ele, fico no meio das suas pernas e o beijo. Vejo uma lágrima escorrendo dos seus olhos e decido sair, antes que eu desista.
Fecho a porta atrás de mim, me encosto na parede do corredor, coloco as mãos nos joelhos e tento respirar, então sento no chão e choro.
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Silêncio
FanfictionDepois desses meses de silêncio eu decidi parar de me esconder e contar a nossa história, mas por onde começar? Será que conto sobre esse período de silêncio e o que fizeram com ele? Sobre o nosso show, ou melhor depois dele? Sobre a aquela briga? N...