Ceu Azul

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"A vida, meu amor, é uma grande sedução onde tudo o que existe se seduz."
Clarice Lispector




Não sei por quanto tempo fiquei chorando, o Ohm ficou me abraçando o tempo todo, depois colocou um travesseiro no seu colo e me fez deitar e ficou passando a mão pelo meu cabelo. Em nenhum momento perguntou o que está a acontecendo ou ficou tentando me acalmar, ele só ficou comigo e deixou eu colocar tudo para fora.
Não sei também quando foi que eu dormi, mas quando acordei já era dia, ele ainda está sentado, ainda comigo no colo dele.
- Oi!
Ele me olha preocupado, devo ter dado um susto nele.
- Eu estou bem.
Ele abaixa e me beija.
- Eu te amo.
- Eu também te amo.
- Quer comer?
- Não quer saber o que aconteceu?
- Só se você quiser contar, se for fazer você se sentir melhor.
Eu fico olhando para ele, para o meu mundo.
- Eu te amo tanto!
Ele sorri, mas não diz nada.
- Eu vou te contar uma hora que eu estiver melhor, não quero que o que aconteceu aconteça de novo.
- Tudo bem. O que você quer comer?
- Algo com muito queijo.
- Vem comigo então.
- Não posso comer na cama?
- Claro que pode, mas eu vou ter que fazer algo pra você comer e não vou tirar os olhos de você, então você vai ter que vir comigo.
- Tudo bem.
Ele se levanta e vai até o guarda roupa e pega uma calça e uma camiseta,
- Se troca, você estava suando bastante.
Ele vai até o lado da cama e pega uma bacia, está com água e tem uma toalha dentro. Acho que eu devo ter assustado ele de verdade.

Nós vamos até a cozinha, eu me sento e fico vendo ele pagar as coisas para fazer sanduíches, ele pega a sanduicheira do armário e liga e começa a montar os pães.
Depois de pronto ele trás para mim e senta ao meu lado.
- Fora o programa que temos que gravar você tem alguma coisa hoje?
- Não, só isso mesmo, acho que a parte de divulgação do filme acabou, a Kwang não em passou mais nada.
- Quer sair pra algum lugar? Nós só temos trabalho de novo dia cinco.
Eu fico olhando para ele e coloco o dedo entre as suas sobrancelhas e massageio para desfazer um nó que tem ali.
- Pare de ficar preocupado, eu estou bem. Podemos ficar em casa mesmo.
- Não, eu não quero você trancado, no último mês ou você estava se matando de trabalhar ou estava trancado aqui.
- Isso é muito exagerado, não sei se você esqueceu, mas você me levou em um motel e também para jogar Paintball, com as nossas agendas isso é muita coisa.
- Que tal a praia? Estamos no início da semana, no começo do mês, aposto que conseguimos um quarto naquela praia particular de novo, nós merecemos.
Eu fico pensando em um motivo para recusar, mas não encontro nenhum.
- Tudo bem, mas dessa vez eu pago.
- Nem pensar, você aproveitou que eu não estava bem e pagou lá em Pai, agora é a minha vez. São só dois dias.
- Ok Ok. Vamos para a praia então, mas eu estou bem realmente, então não precisa ficar assim. Eu quero mais um pão.
- Eu vou fazer.

Estou arrumando a minha bolsa, mas não tem muito o que levar para dois dias, fico na frente do guarda roupa decidindo se levo moletons ou jeans, quando vejo a nossa caixa e tenho uma ideia. Pego uma bolsa menor e vou colocando algumas coisas dentro, então coloco no fundo da minha bolsa para ele não ver.
Ele sai do banheiro e beija o meu pescoço.
- Já está pronto?
- Estou sim.

Quando chegamos na praia, fazemos o check in e vamos direto para o quarto. Ele coloca as nossas bolsas em um canto e vem até mim e me abraça.
- Quer fazer alguma coisa?
Olho para ele e sorrio, seguro a sua mão e o levo para fora, ando com ele até a beira do mar e me sento. O céu está começando a ficar laranja, um laranja suave. Ficamos olhando em silêncio, então eu falo:
- Se a cor do seu amor é laranja a minha pode ser azul.
Ele olha pra mim sem entender.
- O céu é azul, é um azul muito bonito e tranquilo, mas parece solitário, as vezes até triste se tiver nuvens. Mas então chega o laranja, de forma muito sutil ele transforma o azul em algo maravilhoso, assim como o seu amor chegou e de forma sutil transformou o que eu sentia em algo maravilhoso. Essa vai ser a cor do meu amor.
Ele sorri e me beija.
- Então será azul como o céu, infinito e puro como o seu coração.
Ele se levanta, vem atrás de mim e senta novamente comigo entre as suas pernas, me abraça e apoia o queixo no meu ombro, eu apoio a minha cabeça na dele e ficamos assistindo o pôr do sol.

Quando entramos no quarto novamente já está escurecendo, ele me olha e pergunta.
- Quer pedir alguma coisa pra comer?
- Ainda não, mas eu vou tomar banho primeiro.
Ele concorda, eu vou e tomo um banho rápido, quando estou terminando ele entra no banheiro sem roupas.
- A areia estava me incomodando.
- Tudo bem, eu já terminei. Não demora.
Eu beijo ele e saio.
Vou até a bolsa, pego a fantasia que escolhi, é uma de pirata, que vem com uma calça de couro marrom escura que fica bem agarrada no corpo, uma camisa branca muito folgada, sem gola e aberta até a altura do umbigo e também tem uma uma peruca com cabelos encaracolados e um lenço para amarrar por cima. Me arrumo rápido, vou até o espelho e vejo se a peruca está no lugar, ficou muito bom, algo parecido com o Orlando Bloom. Pego o meu celular e baixo uma musica estilo House, apago as luzes e espero na parede oposta ao banheiro.
Alguns minutos depois ele sai do banheiro.
- Non?
- Fecha a porta.
Ele fecha, eu coloco a música para tocar, ligo a lanterna e coloco o celular no chão para me iluminar de baixo para cima.
Começo a dançar e ele vem se aproximando aos poucos, quando ele está perto o bastante eu seguro a sua mão e o puxo para mim, para não sair de perto da lanterna. Danço em volta dele, nunca o tocando, mas sempre o provocando, começo a abrir a minha camisa, pego as suas mãos coloco no meu peito e arrasto pelas em direção aos ombros, solto e continuo dançando enquanto ele tira o resto da camisa.
Empurro ele até a cama, volto para a luz vou dançando e virando de costas pra ele, me preparo e torço para isso dar certo, senão vai ser vergonhoso, a calça é de velcro, daquele modelo que sai inteira ainda puxa. Eu olho para trás e sorrio e puxo de uma vez.
- Nonnnnn
Ele fala em uma mistura do meu nome e um longo gemido, agora eu estou apenas com uma cueca, extremamente indecente, ela não tem a parte de trás, apenas duas faixas laterais que se conectam a uma pequena faixa na parte de cima, vou até ele de novo, faço ele se levantar e vir para o meio do quarto, pego as suas mãos e coloco nos meus ombros, tiro a toalha que ele está usando, seguro a sua cintura, encosto todo o meu corpo no dele e começo a movimentar o seu corpo junto com o meu. Quando ele se entrega e acerta o ritmo eu me viro , ele passa a mão pela minha cintura segurando a minha barriga, viro o rosto e começo a beijar ele e dançamos assim até a música acabar.
A música recomeçar, mas eu já não quero mais dançar, me viro para ele ainda sem parar de beijar e vou levando ele para a cama, ele senta e fica me olhando.
- Acho que Strip tease era um dos itens que você esqueceu de colocar na sua lista.
Ele está muito sério, não tira os olhos de mim, está ofegante e muito duro, mesmo na penumbra eu consigo ver o seu pênis pulsando. Eu passo a língua pelos lábios e os seus olhos a seguem, então eu digo:
- Dessa vez você escolhe.
- Você me chupa até eu gozar e depois me fode.
- Levanta!



****** Notas: Aí gente, agora deu vontade de ver a bunda do Nanon que dizem que aparece muitas vezes em my precious.

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