" - Você... você superestima muito meu autocontrole.
- Não estou procurando autocontrole."
Maggie StiefvaterEu saio do banho e ele já está deitado, sorrio e começo a secar o cabelo, vou andando pelo quarto, pego o meu celular, olho e depois coloco novamente na mesa ao lado da cama, vou até a comoda e abro a gaveta, agora está praticamente vazia, só tem a necessarie com as camisinhas, fecho e vou até o guarda roupa, abro a gaveta para pegar uma cueca, mas vejo uma gravata e tenho uma ideia, pego ela, me viro e me encosto na porta do guarda roupa despreocupadamente.
- Amor, eu estava pensando, vou conversar com a Kwang para ela tentar liberar o máximo possível da minha agenda também - começo a brincar com a gravata, enrolo em um pulso e desenrolo enrolando no outro e vou fazendo isso de um pulso para o outro várias vezes - O que você acha?
Espero, mas ele não responde, está seguindo os meus movimentos com os olhos.
- Ohm?
- Sim?
- O que você acha?
- Do que?
- Tentar liberar a minha agenda.
Ele respira fundo e olha para o meu rosto super concentrado.
- Porque?
- Bom, nos passamos muito tempo juntos, por mais que eu esteja bem pode ser que eu seja assintomático... Na verdade não tem um motivo, é só uma desculpa, eu quero ficar aqui pra cuidar de você.
- Mas depois vai acumular trabalho pra você.
Ele continua me encarando, então eu levanto as mãos que estão presas na gravata, coço embaixo do olho e abaixo de novo, os olhos dele seguem a minha mão novamente.
- Eu posso tentar ajustar a agenda então, muita coisa vai ser desmarcada porque era com você para a divulgação do show, não acho que eles vão fazer só comigo, então dá pra tentar conseguir um dia ou outro livre.
Eu caminho até a cama e falo devagar.
- O que você acha?
- Sim...
- Sim, o que?
- Sim...
- Ohm?
Eu me ajoelho na cama na frente dele, desenrolo a gravata de uma das minhas mãos e pego a mão dele e enrolo, ele fica olhando para as nossas mãos presas pela gravata juntas. Seguro a sua outra mão e enrolo o meu lado nela, ele começa a ficar com a respiração pesada. Seguro o seu queixo e levanto o seu rosto, o seu olhar está completamente negro. Vou me aproximando lentamente e vejo ele abrindo a boca, encosto os meus lábios nos dele levemente, mas sem realmente tocar.
- O que você acha?
Ele ofega alto, mas não responde, então eu o beijo. Ele tenta levantar as mãos, mas elas estão presas entre nós, eu me afasto, seguro a gravata entre as duas mãos, levanto elas e o empurro para a cama devagar. Quando eu subo em cima dele, ele fecha os olhos e respira fundo.
- Espera, não! Non, não! Para, eu já falei que nós não vamos fazer isso.
- Amor...
- Não Non, eu estou falando sério. Me solta, por favor.
- Droga!
Eu saio de cima dele e solto a gravata. Vou até o guarda roupa, pego uma cueca e visto, abro a porta para pegar um pijama, mas mudo de ideia, fecho e vou me deitar. Fico de barriga para cima, sem me cobrir, coloco uma mão embaixo da cabeça e a outra na barriga, escuto ele suspirar e me cobrir, então se virar de costas e dizer.
- Boa noite amor!
- Boa noite!O dia foi corrido, mesmo sem os trabalhos com o Ohm na agenda, ainda tinha muito trabalho individual, fiz café da manhã pra ele antes de sair, voltei para fazer almoço e depois um lanche a tarde, tenho medo que ele tome os remédios de estômago vazio. A agenda da noite a Kwang conseguiu remarcar, então são sete horas e eu já estou chegando em casa.
Começamos o workshop de Dirty Laundry hoje, durante o ensaio eu tive uma ideia, espero que dê certo e o Ohm pare com essa palhaçada de não me tocar.Chego em casa e o encontro na sala deitado no sofá com o tablet na mão. Ele coloca o tablet no chão e se senta.
- Non, você tem que parar com isso, não precisa ficar vindo fazer comida para mim.
- Na verdade eu não tenho mais nada marcado para hoje a noite, por isso já cheguei.
Eu me aproximo e beijo ele.
- Você está bem?
- Estou bem e você tem que parar de se preocupar assim.
- Tudo bem, está com fome?
- Ainda não.
- Que horas e o seu remédio?
- As dez.
- Ok, me ajuda com uma coisa então?
- Claro.
- Vem aqui.
Seguro a sua mão e vou até o quarto, volto para a cozinha pego uma cadeira e levo até o quarto também. Ele olha para a cadeira desconfiado e depois para mim.
- Então, eu estava no workshop hoje e estou com dificuldade em uma das cenas, quero que você me ajude com isso.
- Ok, o que você tem que fazer?
- Dançar.
- Non, você dança muito bem, mais que bem na verdade.
- Só que eu tenho que dançar mal na cena.
- Entendi.
- Me ajuda a acertar isso?
- Claro. Qual é a história?
- Eu vou em um clube de stripers masculinos.
- O que?
- Sim. Vai ser mais ou menos assim.
Eu puxo ele para o meio do quarto e me afasto um pouco, olho a playlist no celular, escolho Careful de Lucky Daye e coloco para repetir.
- Primeiro eu tenho que começar a dançar meio sem graça - começo a me mexer e vou passando a mão pelo corpo como vou ter que fazer na cena - Então eu tenho que abrir a camisa assim.
Começo a abrir a camisa que estou vestido, na cena vou estar com uma regata, mas agora estou sem nada, abaixo ela até os cotovelos começo a dançar no ritmo da música, coloco ela de novo e dou um passo na sua direção e ele dá um passo para tras.
- Preciso de você aí, eu tenho que dançar em uma barra e não tem nada que de pra usar, vou usar você como base.
Ele suspira e fica no lugar. Vou dançando em volta dele, seguro no seu pescoço como se fosse a barra, quase apertando, me viro de costas e começo a me esfregar nele enquanto desço, também faz parte de uma das cenas, quando me viro novamente vejo que ele já está exatamente como eu quero, tomado pela tempestade. A música recomeça e eu vou o empurrando devagar até chegar na cadeira. Ele senta e eu monto no colo dele quase me sentando, seguindo o ritmo da música eu começo a rebolar quadril, fazendo movimentos para frente e para trás, como se estivesse fazendo sexo. Levanto e abro as suas pernas, aproximo o meu rosto no dele e toco os seus lábios levemente, ele abre a boca e eu sigo o movimento como se estivéssemos nos beijando, passo a língua pelos seus lábios e começo a descer, encosto o rosto no seus peito e cheiro, então ainda encostado desço até chegar na sua virilha, enfio a cara e cheiro também, sinto o seu pau que está duro pulsando no meu rosto. Monto nele de novo, pego as suas duas mãos e as guio para tirar a minha camisa, pego a camiseta dele pela barra uma mão de cada lado e a tiro, quando chego nos pulsos amarro as pontas que estou segurando prendendo ele deixando os seus braços para cima, com as mãos caídas para trás da sua cabeça. Saio de cima dele mais uma vez ainda dançando no ritmo, me ajoelho, levanto as pernas duas pernas dele empurrando na sua direção até eu conseguir alcançar as barras laterais do encosto da cadeira, seguro firme, me levanto, impulsiono os meus braços para cima para levantar ele um pouco e me sento na ponta da cadeira de frente para ele, soltando as suas pernas sobre as minhas. Seguro a sua cintura e começo a mexer ela para ele se esfregar no meu pau. Ele envolve a minha cabeça com os braços que ainda estão presos e começa a me beijar. A música acaba e eu me afasto mais uma vez, levanto as suas pernas e saio de baixo dele.
- Bom, é isso, eu vou fazer o jantar.
Eu passo por ele e vou caminhando em direção a porta, o sinto segurando o meu pulso com as duas mãos e me puxando. Ele força os pulsos e solta a camiseta com facilidade, vai me empurrando para trás, quando chegamos na cama me empurra forte me jogando nela.
- Agora é a minha vez!
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Silêncio
FanfictionDepois desses meses de silêncio eu decidi parar de me esconder e contar a nossa história, mas por onde começar? Será que conto sobre esse período de silêncio e o que fizeram com ele? Sobre o nosso show, ou melhor depois dele? Sobre a aquela briga? N...