Silêncio

Adonis

“Eu me apaixonei do jeito que você dorme: lentamente, e de repente.”
A Culpa É das Estrelas

Ele sai do banho, eu sinto o seu cheiro e abro os olhos, sempre gostei do cheiro do sabonete que ele usa, não é nem doce, nem cítrico ou amadeirado, mas uma mistura leve dos três. Fico o observando enquanto anda pelo quarto, ele está apenas com uma toalha enrolada na cintura e outra na mão secando os cabelos, vai para lá e para cá enquanto organiza as suas coisas, tira alguns itens da bolsa e coloca no banheiro, outros objetos na gaveta ao lado da cama, tem um relógio, pulseiras, anéis, fone de ouvido, carregador do celular e uma caixa pequena. Ele continua andando sem parar, quando não aguento mais eu levanto, vou até ele e o beijo, puxo ele pela mão e levo até a cama. Ele ainda está de toalha, vou beijando e direcionando ele para o meio da cama até estar sentado encostado nos travesseiros.

— Posso te pedir uma coisa?

Ele me olha curioso e acena, vou até o canto da sala onde tem uma pequena poltrona e arrasto até ficar de frente para ele. Ligo as luminárias ao lado da cama, sei que ele não gosta de luzes fortes, pois incomodam os seus olhos, apago a luz do quarto e olho em volta, a iluminação ficou boa, dá pra enxergar perfeitamente.

Sento na poltrona e fico olhando pra ele que me observa sem entender, mesmo assim continua esperando.

— Eu quero ver você se masturbando... Se dando prazer...

Ele não esconde a surpresa e leva alguns segundos para processar o que eu pedi. Foi algo que eu imaginei durante o dia enquanto via ele se exercitar e lembrei daquele dia no carro, eu quero muito ver isso.

Ele se ajeita na cama, arruma os travesseiros para ficar confortável sem tirar os olhos de mim. Eu posso ver o seu olhar mudando, a escuridão, o desejo, o carinho e aquele algo mais que eu ainda não consigo identificar, todos os sentimentos juntos naquela tempestade.

Ele tira a toalha sem pressa e pela primeira vez eu vejo o Ohm Pawat completamente mente nu. Ele é um Adonis, parece ter sido esculpido pelo melhor artista, é uma obra perfeita. Olho cada centímetro do seu corpo e volto para os seus olhos, ele também me observa, acho que está querendo ver a minha reação.

Ele levanta a mão e  passa os dedos pelos lábios levemente, ele tem lábios incríveis! A sua mão desce pelo maxilar, ele inclina a cabeça para trás e envolve o pescoço, ele leva a mão até o maxilar e desliza até a base do pescoço, então volta a descer. Passeia com a mão por todo o tórax, ele sempre teve muito orgulho dos meus músculos e tem que ter mesmo. Observo hipnotizado quando ele circula mamilo esquerdo com o polegar, o indicador se junta ao polegar e ele aperta o mamilo, joga a cabeça pra trás e solta um gemido baixo. A outra mão desliza pela barriga, sobe e desce várias vezes pelo seu abdômen, e para o meu deleite ele finalmente chega onde eu quero.

Ele segura o seu pênis que é grosso, quase não dá pra envolver por inteiro, é grande também, acho que não muito maior que o meu, mas parece ser maior e começa a se masturbar, ainda com a cabeça jogada para trás, ainda perdido no que está fazendo, gemendo baixo e com a respiração cada vez mais descompassada. Eu não consigo desviar o olhar, poderia passar horas assistindo ele fazer isso, estou com muito tesão.

Levanto e subo na cama, ele está tão envolvido no que está fazendo que não me vê chegando. Fico entre as suas pernas, perto dos pés e me abaixo, beijo a parte interna da sua coxa esquerda e ele geme alto antes de conseguir colocar a mão na boca, vou dando beijos até chegar na sua virilha e depois faço o mesmo com a outra coxa. Ele continua se masturbando, ainda com a cabeça jogada para trás, ainda de olhos fechados, quando chego na sua virilha novamente vejo o líquido que sai do seu pau, eu quero saber como é o seu sabor, então chego perto e passo a língua, depois envolvo a ponta do pênis com os lábios e chupo. Ele se contorce e olha pra mim assustado, seus olhos estão completamente negros e a respiração muito pesada.