Silêncio

Tudo bem

"Tudo o que é preciso na vida é ignorância e confiança."
Mark Twain

Eu olho para a porta e a Love está parada ali me encarando.
- Ah! Oi Nanon...
- Oi, Love! Você está bonita!
Ela começa a ficar vermelha e olha para baixo e depois para mim. O Ohm me olha também e eu não sei o que fazer, isso está constrangedor.
- Eu vou terminar isso.
Eu mostro as camisas, solto a mão do Ohm e vou para o quarto.
Não quero ficar paranóico, então para não escutar a conversa deles eu ligo o som e coloco uma música alta o suficiente para eu não ouvir o que estão falando, mas em um volume que não vai atrapalhar.
Depois que termino de arrumar as roupas, eu resolvo tomar banho, assim eu mato tempo. Faço com calma, me concentrando na música apenas. Quando termino de me lavar fecho os olhos e fico sentindo a água enquanto canto.

And if you hurt me
okay, baby
Only words bleed
Inside these pages you ju...

Eu não o vi chegando, mas ele começou a me beijar e me encostou na parede.
- Odeio essa música.
- Porque?
- A última vez que você cantou ela, você me deixou.
- Eu não te deixei e eu cantei ela exatamente para você saber que não estava te deixando.
- Eu sei, mas doeu mesmo assim.
- Sinto muito.
- Não, a culpa foi minha por ser um idiota.
Ele me beija de novo, eu o abraço e viro para ele encostar na parede e vou beijando o seu pescoço, peito e vou abaixando.
- Amor, a pizza chegou, vai esfriar.
- Você quer que eu pare?
- Não...
Me ajoelho e olho para ele, passo a língua na cabeça do seu pau, ele geme e fecha os olhos.
- Olha pra mim!
Ele abre os olhos na hora.
- Fica olhando.
Eu seguro o seu pau e começo a masturbar, então vou me aproximando devagar, ele parece estar hipnotizado, eu abro a minha boca e vejo ele abrindo a dele também enquanto os seus olhos vão escurecendo. Eu o coloco a boca e enfio lentamente até chegar na garganta, então vou retirando lentamente de novo, faço isso algumas vezes e começo a acelerar, volto a masturbar, eu o olho, abaixo e mordo a sua coxa. Ele solta um gemido alto, enquanto sinto um espasmo na coxa que mordi, apoia uma mão na parede e a outra na minha cabeça. Eu chupo a região que mordi, depois beijo e o olho novamente. Levanto o seu pênis e vou lambendo toda a sua extensão. Ele está respirando com dificuldade já, eu abro a boca e me aproximo de novo, paro, sorrio e digo.
- O que você quer?
- Eu quero foder essa boca!
- Então fode.
Ele segura a minha cabeça com as duas mãos, enquanto coloco uma mão em cada uma das suas coxas para me apoiar. Está hesitando, sei que está no limite, deve ser medo de perder o controle. Eu passo a língua em volta do seu pau de novo e digo.
- Não fecha os olhos. - ele acena uma vez. Eu o olho bem sério - agora, me fode!
Ele expira e enfia o pau na minha boca em uma única estocada e começa a meter, vai acelerando enquanto olha nos meus olhos, o seu olhar poderia incendiar o mundo inteiro. Eu pego no meu pênis e começo a me masturbar, o seu olho segue a minha mão e ele começa a seguir o meu ritmo, eu acelero e ele acelera junto, vou indo cada vez mais rápido, começo a impulsionar com força, da pra ouvir a minha mão batendo, percebo que ele está perdido sem saber o que está fazendo, porque não tira os olhos da minha mão e esta enfiando cada vez mais forte e mais fundo. Ainda olhando para ele eu sinto que estou chegando lá, aperto a sua coxa e acelero mais ainda e gozo, no mesmo momento ele goza, fecha os olhos, joga a cabeça para trás, geme enquanto fala o meu nome e continua gozando.
Quando ele para, encosta na parede e escorrega até o chão, pega a minha mão e me puxa para sentar no meio das suas pernas. Encosta a testa na minha cabeça e ficamos assim, a música que estava tocando acaba, começa outra e mais outra. Enfim ele me aperta e diz.
- Eu te amo!
- Eu também te amo.
- Acho melhor a gente ir enquanto a pizza ainda é comestível.
Eu me levanto e o ajudo a se levantar.

A pizza está gelada, ele coloca para esquentar no microondas e me dá um pote de sorvete e um refrigerante.
- Se não quiser comer pizza eu faço omelete para você.
- Não, tudo bem, eu como com você.
Nós começamos a comer em silêncio, ele toda hora me olha, mas não fala nada.
- Vai me dizer o que está te incomodando?
- Sobre a Love...
- Hm...
- Ela só veio para trazer um material da faculdade.
- Que atenciosa.
- Amor....
- O que você espera que eu diga Ohm? Até você e sua falta de noção quando se trata de detalhes deve ter percebido que não era isso.
- Eu não sei dizer, quando você saiu ela ficou olhando você entrar no quarto, a pizza chegou, ela disse que trouxe o material e foi embora. Foi um pouco estranho, mas ela já fez isso outras vezes. Nós somos amigos, só isso.
- Tudo bem.
- Tudo bem?
- Tudo bem.
- Tudo bem...
- É Ohm, está tudo bem!
- Você está muito calmo, eu prefiro quando você não fica assim, pelo menos nos resolvemos o que temos para resolver e seguimos em frente.
Eu solto a pizza e me viro para ele.
- Você chamou ela aqui?
- Não, mas...
- Então vamos deixar isso para lá, eu passei o dia preocupado com você, não quero arrumar uma briga justo agora que você está bem, principalmente por algo que você não fez e você não precisa me encher de porcaria só pra me agradar.
- Então vou guardar o sorvete.
- Pode guardar, mas você ia ser o acompanhamento.
- Um dia eu vou descobrir de onde você tira tanta energia.