Cap.1

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Apolo Martins

Cheguei exausto em casa depois de passar o dia inteiro dentro de quatro paredes, sem ter tempo para almoçar ou fazer qualquer outra coisa.

Quando coloquei os pés no hall de entrada, ouvi o chorinho do meu filho de cinco anos e a babá que deveria cuidar, estava gritando com ele.

- CHEGA RENAN, CHEGA DE CHORAR, ESTOU DE SACO CHEIO DE VC, TOMARA QUE VC MORRA OU EU FAÇO ISSO POR VC.

Bati a porta com força só para avisar que eu havia chegado e fui até a sala.

- S-senhor Apolo...

- Mais uma palavra que vc disser, eu te jogo pela janela e não estou brincando - Falei pegando Renan no colo

- Pa-Pai, e-Ela... me m-machucou.

- Hahaha, essas crianças inventam cada coisa.

- Pega suas coisas e vai embora.

- O que!?

- Vc está surda? Pega suas coisas e vai embora! Não vou repetir outra vez.

Subi para o quarto com o Renan ainda chorando baixinho deitado no meu ombro.

- Deu Renan, está tudo bem agora, papai não vai deixar mais ela chegar perto de vc.

Coloquei ele na cama e fui tomar meu banho. Descemos para a cozinha, coloquei ele sentado na cadeira e fui ver se a babá já tinha ido embora.

- Fernanda? Fernanda?

Olhei no quarto em que ela dormia, estava tudo vazio, graças a Deus aquela praga foi embora. Voltei para a cozinha, preparei um lanchinho para nós e fomos para a sala.

- Desenho pai.

- Então vamos assistir um desenho.

Coloquei o desenho favorito dele e ficamos assistindo até eu ouvir a porta sendo aberta.

- Davi?

- E aí?

- Vc não sabe bater? Tem uma campainha do lado da porta.

- Pra quê bater se eu tenho a chave?

- E desde quando vc tem a chave da minha casa?

- Desde quando eu fiz uma cópia, agora posso entrar quando eu quiser.

- Não mesmo Davi, vc pode parando com isso.

- Cadê a babá gostosa?

- Foi demitida.

- Pela quarta vez?

- Maltratou meu filho, é rua direto, sem direito de opinar.

- Aquela vaca maltratou o nenê do tio? - Pergunta Davi pegando Renan no colo - Ninguém maltrata o bebê do dindo e sai impune.

- Fala direito com ele Davi, meu Deus, que melação.

- É o meu sobrinho, me deixa. O que vai fazer agora sem uma babá pra ficar com ele durante a tarde?

- Ele vai comigo pra empresa, eu busco ele no horário de almoço e depois voltamos pra lá.

- Ou eu posso arranjar uma pra vc.

- Não, não mesmo Davi, as babás que vc indica mais  parecem prostitutas do que babás.

- Que isso Apolo? Não é assim não.

- É sim e quem precisa de babá é o meu filho, não eu.

- Agora é sério, tem uma amiga da Poliana que precisa de um trabalho e talvez ela se dê bem com o Renan.

- Não sei, não confio mais nas suas indicações.

- É sério, a Poli fala muito bem dela.

- Vc já viu essa garota? Conhece ela?

- Sim, ela já foi algumas vezes lá em casa, é gente boa, humilde. Dá uma chance pra ela.

- Vou fazer isso pela Poliana, não por vc.

- Ótimo, vou pedir pra Poli mandar seu número pra ela.

- Não, eu quero ela na empresa amanhã às 8 horas da manhã em ponto, sem atrasos ou desculpas.

- Sim senhor Capitão.

Davi é meu irmão do meio e a Poliana é a mais nova. Esses dois são umas pestes, sempre estão me tirando do sério, mas também são eles que estão sempre comigo quando eu mais preciso e apesar de tudo, não sei mais viver sem esses dois pestinhas.

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Apaixonada por um homem mais velho. Onde histórias criam vida. Descubra agora