Apaixonada por um homem mais velho.

Cap.45

Mariana Moraes

5 meses depois

Apolo quis e agora vai ter. Semana passada fomos a uma consulta e descobrimos o sexo: É UMA MENINA.

Fiquei feliz, fiquei muito feliz. Apolo já comprou a maioria das coisas para o quarto da bebê e ela ainda nem nasceu e ele já fica todo enciumado quando alguém fala ou toca na minha barriga.

Os meninos estão iguais ao Apolo, todo dia quando chego do trabalho, eles me pedem pra sentar e passam horas falando com a maninha deles que me dá chutinhos em resposta.

Hoje temos um jantar da empresa do Apolo para ir, um jantar de inauguração da nova filial que eles abriram.

Fico tão feliz com o sucesso dele, Apolo já estava querendo desistir, desistir de tudo que envolvia o trabalho dele. Mas ele lutou tanto pra conseguir o que tem hoje que todo o esforço dele seria em vão.

- Amor, tem certeza que vc quer ir? Não é necessário, vc pode ficar em casa descansando.

- Eu estou bem e vou com vc.

Ele olhou para mim da cabeça aos pés e parou no meu sapato preto de salto.

- Não.

- O que?

- Vc não vai de salto.

- E daí?

- Vc está grávida Mariana, o risco de vc cair e se machucar é muito grande.

Ele foi até a porta e a trancou.

- A gente não vai sair enquanto vc não trocar esse sapato.

- Vc vai se atrasar Apolo.

- Não me importo Mariana, vc pode usar uma sapatilha, vai ficar bonita igual, mas vc não vai sair com esse salto.

Soltei um suspiro frustrado e fui até o closet pegar minha sapatilha.

- Abre pra mim?

- Com prazer.

Ele tirou meu salto, colocou minha sapatilha e me ajudou a levantar da cama.

- Agora sim, só o vestido que está meio curto.

- Apolo!

- Tá, parei, agora vamos.

Peguei minha bolsa e descemos pra sala. Os meninos estavam assistindo tv e comendo pipoca, minha boca salivou quando vi aquela pipoca com chocolate. Apolo deve ter percebido porque ele riu da minha cara.

- Vc quer?

- Quero.

- Vem, vou fazer um pouco pra vc também.

- Apolo, a gente vai se atrasar.

- Vc e a minha filha são mais importantes.

Sentei na cadeira e fiquei o observando enquanto ele fazia a pipoca. O cheirinho estava delicioso e fiquei com mais vontade quando ele colocou tudo na bacia.

- Prontinho.

- Obrigado amor, agora vamos.

- Vc vai comer no carro? No meu carro?

- Deixa de frescura Apolo.

- Tá.

Ele pegou minha bolsa e saímos da cozinha.

- Meninos, nós estamos indo, se comportem e qualquer coisa me liguem.

- Ta bom pai.

- Tchau meus amores.

- Tchau.

Comi aquela pipoca com chocolate, eu e a minha bebê adoramos.

- Gostou da pipoca?

- Demais, estava muito bom.

- Quero ver se vc vai conseguir comer alguma coisa depois da cerimônia.

- Vc está duvidando da minha capacidade?

- Antes eu até duvidaria, mas agora não mais.

- Por que?

- Porque vc está grávida e sente fome toda hora.

- Não é verdade.

- Claro que é, vc não pode ver os meninos comendo que já quer também. Nesse quesito, se nossa filha for igual a vc, eu vou a falência.

- Nossa Apolo, como eu te odeio.

- Até ontem vc disse que me amava.

- Mas nesse momento eu não te amo mais.

- Ta bom então, depois não venha pedir pra eu cozinhar pra vc.

- Não quero.

- Me arrependo tanto de ter falado que gosto de um bom desafio, já estou pressentindo que com a Heloisa o trabalho vai ser em dobro.

- Ah e vc nem gosta né?

- Não, magina.

- Apolo, a gente tem que sair desse carro, vamos nos atrasar.

- Verdade, eu já tinha esquecido disso. Espera aí que eu abro a porta pra vc.

- Obrigado amor.

Eu amo o lado cavaleiro do Apolo, assim como todos os outros lados que ele tem.