Cap. 141

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Mauro

Fui para a casa do meu pai sozinho, Vitor quis ficar com o pai dele e deixei o Lucas brincando com as crianças. Fazia alguns dias que eu não via meu pai e o Leonardo, já estava com saudades.

Estacionei meu carro, peguei algumas sacolas que estavam no porta malas e entrei em casa. Apertei a campainha e esperei abrirem a porta.

- Quem é vivo sempre aparece - Disse Leonardo

- Antes tarde do que nunca.

- Entra.

- E o meu pai?

- Seu pai está de cama Mauro.

- O que ele tem?

- Febre alta, dor no corpo, reclamando de dor de cabeça, falta de ar e dor no peito.

- Por que não me ligou?

- E você atende esse celular Mauro? Parece que o celular só existe pra enfeitar seu bolso.

- Desculpa Léo.

- Vamos lá. Espera aí, cadê o Vitor e o Lucas?

- Eles quiseram ficar no Apolo, se eu soubesse que ele estava mal, teria trazido o Lucas junto.

- Seu pai é teimoso igualzinho a você.

Subimos para o quarto do meu pai, ele estava deitado na cama assistindo tv.

- Eai velhote, incomodando a essa altura do campeonato? - Perguntei sentando na beirada da cama

- Me respeita que eu ainda sou seu pai - Responde batendo no meu braço

- Eu sei - Falei beijando o rosto dele - Como o senhor está?

- Um pouco melhor.

- Já tomou algum remédio pra febre?

- Já, tomei um antes de dormir.

- O senhor dormiu?

- Acordou um pouco antes de você chegar - Disse Leonardo

- Não comeu nada ainda?

- Não quis.

- Não estou com fome.

- Pai, o senhor tem que comer pelo menos um pouquinho.

- Se eu não estiver com fome, eu não vou comer.

- Nunca vi gente mais teimosa como vocês dois.

- A gente já viu - Falei deitando ao lado do meu pai

- Quem?

- Você - Meu pai e eu respondemos juntos

- É, bem eu mesmo.

- Cadê o Vitor e o Lucas?

- Ficaram no Apolo, o Vitor quis ficar com o Matheus e o Lucas estava brincando com os meninos.

Meu pai respirou fundo, muito fundo para o meu gosto e sua mão se soltou da minha.

- Danilo? - Chama Leonardo - Danilo, acorda.

Me levantei rápido, meu pai estava com os olhos fechados e não respondia mais a nenhum dos nossos chamados.

- Léo, chama uma ambulância, agora!

- Mauro, o que ele tem?

- Só chama uma ambulância, não quero tirar conclusões precipitadas.

Ele saiu do quarto correndo, procurei pela carteira dele e puxei a coberta. O corpo do meu pai estava gelado e suado, tenho quase certeza de que ele esteja com pneumonia.

- A ambulância chegou Mauro.

Os paramédicos chegaram e levaram meu pai para o hospital.

- Vamos Léo, precisamos ir de atrás deles.

- Mauro, o que ele tem?

- Pode ser que ele esteja com pneumonia.

Seguimos a ambulância até o hospital, não pude entrar junto porque era a minha folga e tive que esperar. Leonardo estava muito nervoso.

- Ei, vai ficar tudo bem - Falei abraçando ele

- Eu estou com medo Mauro, seu pai nunca teve pneumonia e de uns tempos pra cá, ele tem ficado doente muito rápido.

- Eu sei, vai ficar tudo bem, ele vai ficar bem.

Meu celular tocou e eu sabia que era o Vitor.

- Oi.

- Mauro, onde você está? O Lucas está insuportável.

- Vocês estão no Apolo ainda?

- Não, estou no meu pai.

- Vida, vou demorar um pouco pra chegar, estou com meu pai no hospital.

- O que aconteceu?

- Meu pai está com pneumonia amor, provavelmente vai ficar internado por conta da idade dele.

- Léo está com você?

- Sim, está.

- Precisa de alguma coisa pra ele ou pra você?

- Não meu bem, eu vou pra casa assim que receber notícias dele.

- Tá bom.

- Lucas está por aí?

- Sim, está brincando com meu pai.

- Deixa eu falar com ele.

Segundos depois ouço a voz do meu pimpolho.

- Papai!

- O que você está aprontando meu amor?

- Estou brincando pai.

- O pai vai demorar um pouco pra chegar em casa, tá? Obedece o Vitor e se ele reclamar de você outra vez, eu te pego.

- Tá bom papai. Eu te amo.

- Também te amo meu amor.

Apaixonada por um homem mais velho. Onde histórias criam vida. Descubra agora