Mauro
Fui para a casa do meu pai sozinho, Vitor quis ficar com o pai dele e deixei o Lucas brincando com as crianças. Fazia alguns dias que eu não via meu pai e o Leonardo, já estava com saudades.
Estacionei meu carro, peguei algumas sacolas que estavam no porta malas e entrei em casa. Apertei a campainha e esperei abrirem a porta.
- Quem é vivo sempre aparece - Disse Leonardo
- Antes tarde do que nunca.
- Entra.
- E o meu pai?
- Seu pai está de cama Mauro.
- O que ele tem?
- Febre alta, dor no corpo, reclamando de dor de cabeça, falta de ar e dor no peito.
- Por que não me ligou?
- E você atende esse celular Mauro? Parece que o celular só existe pra enfeitar seu bolso.
- Desculpa Léo.
- Vamos lá. Espera aí, cadê o Vitor e o Lucas?
- Eles quiseram ficar no Apolo, se eu soubesse que ele estava mal, teria trazido o Lucas junto.
- Seu pai é teimoso igualzinho a você.
Subimos para o quarto do meu pai, ele estava deitado na cama assistindo tv.
- Eai velhote, incomodando a essa altura do campeonato? - Perguntei sentando na beirada da cama
- Me respeita que eu ainda sou seu pai - Responde batendo no meu braço
- Eu sei - Falei beijando o rosto dele - Como o senhor está?
- Um pouco melhor.
- Já tomou algum remédio pra febre?
- Já, tomei um antes de dormir.
- O senhor dormiu?
- Acordou um pouco antes de você chegar - Disse Leonardo
- Não comeu nada ainda?
- Não quis.
- Não estou com fome.
- Pai, o senhor tem que comer pelo menos um pouquinho.
- Se eu não estiver com fome, eu não vou comer.
- Nunca vi gente mais teimosa como vocês dois.
- A gente já viu - Falei deitando ao lado do meu pai
- Quem?
- Você - Meu pai e eu respondemos juntos
- É, bem eu mesmo.
- Cadê o Vitor e o Lucas?
- Ficaram no Apolo, o Vitor quis ficar com o Matheus e o Lucas estava brincando com os meninos.
Meu pai respirou fundo, muito fundo para o meu gosto e sua mão se soltou da minha.
- Danilo? - Chama Leonardo - Danilo, acorda.
Me levantei rápido, meu pai estava com os olhos fechados e não respondia mais a nenhum dos nossos chamados.
- Léo, chama uma ambulância, agora!
- Mauro, o que ele tem?
- Só chama uma ambulância, não quero tirar conclusões precipitadas.
Ele saiu do quarto correndo, procurei pela carteira dele e puxei a coberta. O corpo do meu pai estava gelado e suado, tenho quase certeza de que ele esteja com pneumonia.
- A ambulância chegou Mauro.
Os paramédicos chegaram e levaram meu pai para o hospital.
- Vamos Léo, precisamos ir de atrás deles.
- Mauro, o que ele tem?
- Pode ser que ele esteja com pneumonia.
Seguimos a ambulância até o hospital, não pude entrar junto porque era a minha folga e tive que esperar. Leonardo estava muito nervoso.
- Ei, vai ficar tudo bem - Falei abraçando ele
- Eu estou com medo Mauro, seu pai nunca teve pneumonia e de uns tempos pra cá, ele tem ficado doente muito rápido.
- Eu sei, vai ficar tudo bem, ele vai ficar bem.
Meu celular tocou e eu sabia que era o Vitor.
- Oi.
- Mauro, onde você está? O Lucas está insuportável.
- Vocês estão no Apolo ainda?
- Não, estou no meu pai.
- Vida, vou demorar um pouco pra chegar, estou com meu pai no hospital.
- O que aconteceu?
- Meu pai está com pneumonia amor, provavelmente vai ficar internado por conta da idade dele.
- Léo está com você?
- Sim, está.
- Precisa de alguma coisa pra ele ou pra você?
- Não meu bem, eu vou pra casa assim que receber notícias dele.
- Tá bom.
- Lucas está por aí?
- Sim, está brincando com meu pai.
- Deixa eu falar com ele.
Segundos depois ouço a voz do meu pimpolho.
- Papai!
- O que você está aprontando meu amor?
- Estou brincando pai.
- O pai vai demorar um pouco pra chegar em casa, tá? Obedece o Vitor e se ele reclamar de você outra vez, eu te pego.
- Tá bom papai. Eu te amo.
- Também te amo meu amor.
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Apaixonada por um homem mais velho.
RomanceEla chegou e se tornou a principal estrela do meu universo 🍃