Mauro Dantas
Sai do hospital e fui direto para a casa do meu pai. Hoje o dia foi cansativo, mas ao mesmo tempo foi bom e engraçado, a família Martins quando está reunida é incrível demais estar na presença deles, a naturalidade como a conversa flui não tem preço e me sinto feliz por saber que eles querem conhecer o meu bebê.
Estacionei, peguei minha mochila e entrei no quintal. Hoje a noite estava agradável, estava perfeita.
Antes que eu pudesse abrir a porta, alguém se antecipou.
- Mauro!
- Leonardo, cara, voltou quando de viagem?
- Hoje de tarde.
- Por que não me ligou?
- Eu até pensei em te ligar, mas seu pai disse que vc estava trabalhando, aí não quis atrapalhar.
- Nossa, que bom que vc voltou, meu pai já estava quase entrando em depressão longe de vc.
- Que exagero Mauro, meu Deus - Disse meu pai aparecendo atrás do Léo - Vai entrar ou vai ficar aí?
- Já estou indo.
Seguimos para a cozinha e coloquei minha mochila na cadeira.
- Lucas está dormindo?
- Dormiu agora a pouco, ele não estava muito bem.
- Por que não me ligou pai? Eu falei com o senhor sobre isso.
- Eu tentei, mas só dava na caixa postal, mandei mensagem para o Apolo, mas ele também não me respondeu.
- O que ele tem?
- Acordou com febre, dei aquele remédio que vc sempre deixa na mochilinha dele e diminuiu, depois mais tarde aumentou de novo, ele não quis o remédio, dei banho e ele acabou dormindo.
- Ele reclamou de dor?
- Na garganta, ele comeu bem pouquinho no almoço e depois não quis comer mais.
- Ele vai ficar gripado de novo.
- Eu falei que toda vez que vc quisesse sair era pra deixar ele aqui, mas vc é teimoso.
- Todas as vezes que eu saí, ele tinha que estar junto pai. Onde ele está?
- Lá no meu quarto, ele deitou e não quis mais sair de lá.
- Vou trazer ele aqui pra sala.
- Vai ficar pra jantar né? - Pergunta Leonardo
- Mais é claro, eu tô morrendo de fome.
- Então vou começar a fazer a janta agora - Disse meu pai
- Eu já volto aqui.
Subi até o quarto do meu pai, Lucas estava sentado na cama coçando os olhinhos.
- Ei meu garotão - Falei pegando ele no colo - Como vc está?
- Cansado.
- É, papai vai te levar amanhã no hospital pra fazer alguns exames, vc está ficando cansadinho muito seguido.
- Ainda estou com sono papai.
- Não quer comer nada? Vovô está cozinhando.
- Não.
- Então vamos descer? Sabe que está lá embaixo?
- Não.
- Léo.
- Léo?
- É, vc ainda não viu ele?
- Não.
- Então vamos descer, vou levar uma cobertinha pra vc dormir no meu colo e pra depois a gente ir pra nossa casinha descansar.
Peguei a mantinha do Léo e voltamos pra cozinha.
- Peguei sua mantinha Léo, depois eu devolvo.
- Nem te preocupa com isso.
- Leleo!
- Oi meu amor, que saudade de vc.
- Eu também estava com saudade Leleo.
A campainha tocou, deixei o Lucas com o Léo e fui atender a porta. Quando abri a porta, para minha surpresa, dei de cara com o Vitor.
- Vitor? O que vc está fazendo aqui?
- Será que podemos conversar?
- Claro, entra.
Fechei a porta e voltamos pra cozinha.
- Pai, será que posso usar seu escritório?
- Pode sim filho. Ah, oi Vitor.
- Oi senhor Danilo, oi Léo.
- Oi Vitor.
- Vamos lá, nós já voltamos.
- Sem pressa meu bem.
Seguimos para o escritório do meu pai em total silêncio, assim que ele entrou, tranquei a porta e fui até a mesinha de bebidas.
- Quer beber alguma coisa?
- Não, eu estou dirigindo.
Enchi meu copo, tampei a garrafa e me virei para encara-lo.
- Sobre o que vc quer conversar?
- Sobre o que aconteceu ontem.
- Vc ainda está com dúvidas?
- Não brinca comigo Mauro.
- Não sou criança Vitor, não sou um menino, sou maduro o suficiente pra saber o que eu quero - Falei largando meu copo e indo até ele - E eu quero vc.
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Apaixonada por um homem mais velho.
RomanceEla chegou e se tornou a principal estrela do meu universo 🍃