Cap.47 ( parte 2 )

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Apolo Martins

Sai daquela festa e fui direto para a minha empresa, sem ninguém por perto eu conseguiria pensar melhor. Mas quando cheguei lá, a vidraça estava toda quebrada, meu segurança estava amarrado e ele segurava a minha Mariana pelo pescoço.

- Sentiu saudades docinho? - Pergunta Thomas beijando o rosto dela

Quando eu ia me mexer, senti algo gelado na minha nuca.

- Mais um passo e eu atiro.

Conheço essa voz feminina, ela me fez sorrir por várias e várias vezes antes de eu descobrir a traição que acabou comigo.

- Mônica?

- Oi meu amor, eu estava louca pra te ver novamente.

- Solta ela, por favor.

- Quem? A sua esposinha? Mas ai acaba toda a nossa diversão que é dupla.

- O que vc quer?

- Meu filho, a sua esposinha sabe que vc tirou ele de mim? Ela sabe que vc me proibiu de ver meu filho?

- Eu não fiz nada, vc escolheu seu caminho quando me traiu com meu pai, vc abandonou ele, foi embora, foi vc que escolheu isso.

- Teria sido muito mais fácil se vc tivesse me perdoado, se tivesse ficado comigo, me amado.

Soltei uma risada forçada e virei de frente para ela sem medo nenhum.

- Se vc tivesse me traído com alguém desconhecido talvez isso teria acontecido. Mas foi com o meu pai, vc me traiu com o meu pai, com o cara que era o meu herói, o meu melhor amigo, isso é nojento, não tem perdão.

- Eu amo o seu pai.

- Era melhor ter me dito a verdade, eu te odiaria menos como odeio agora.

- Apolo - Ouço Mariana me chamar

Me virei para olha-lá, ela estava pálida, suando e sua expressão de dor estava me deixando mais irritado com aqueles inúteis.

- Solta ela!

- Ela fica comigo - Disse Thomas

- Mas não vai mesmo.

- APOLO!

Quando ouvi o grito do Rodrigo, eu me abaixei, Thomas soltou Mariana e ela caiu no chão. Fui o mais rápido que puder até onde ela estava e a puxei para trás de um pilar.

- Vc está bem? Ele não te machucou? Não encostou em vc?

- Estou bem.

Coloquei a mão na barriga dela e senti um chutinho, era a Heloísa me confirmando que estava tudo bem. Respirei aliviado por isso e agradeci a Deus por mais esse livramento.

- Apolo, vcs estão bem? Está tudo bem? - Pergunta Matheus

- Sim, eu só preciso de um médico - Respondi quando percebi que a Mariana tinha desmaiado

- Eu já chamei uma ambulância - Disse André

- Obrigado.

- Pode deixar, eu falo que foi em legítima defesa - Ouvi meu segurança dizer

- Ótimo. Pessoal, precisamos sair daqui agora, a polícia está à caminho e eu não posso ir preso.

- Não podemos deixar eles aqui sozinhos - Disse André

- Vão - Falei cobrindo a Mariana com meu casaco - Vamos ficar bem.

- Certeza?

- Sim, vcs já me ajudaram o suficiente e não quero que ninguém se prejudique por minha causa.

- E as câmeras de segurança?

- Eu posso dar um jeito nisso, só preciso de um computador - Responde Matheus

- Eu tenho um no carro.

Antes que todos fossem embora, chamei pelo Rodrigo.

- Sim?

- Obrigado.

- É o mínimo que eu poderia ter feito depois do que vc fez pelo meu filho, eu que te agradeço Apolo. Se vemos mais tarde, até.

- Até.

Assim que ele saiu, a polícia e a ambulância chegaram. Mariana ainda estava desacordada e eu já estava ficando cada vez mais preocupado.

Apaixonada por um homem mais velho. Onde histórias criam vida. Descubra agora