Cap.25

1.9K 76 0
                                    

Apolo Martins

1 ano depois

Saí da empresa e fui buscar meu filho na escola, mas assim que sai do carro, tive a sensação de estar sendo vigiado. Olhei atentamente para todos os lados, só pra ter a certeza de que era coisa da minha cabeça.

- Papai!

- Oi meu garotão - Falei ficando da altura dele - Como foi a aula hoje?

- Legal, fizemos bastante coisa e eu fiz uma coisa para o senhor.

- Sério? Vai me contar o que é?

- Não, mais é um desenho.

- Um desenho? Então quando a gente chegar em casa, vamos colocar no nosso mural, certo?

- Sim.

Tenho um mural no meu escritório de casa que penduro todos os desenhos que Renan me deu, desde o primeiro rabisco até agora.

Ajeitei ele no banco de trás  e quando fechei a porta do carro, aquela sensação veio novamente.

Não é possível, se fosse coisa da minha cabeça, eu não teria essa sensação estranha pela segunda vez.

Entrei rapidamente no carro e dei partida, só vou me sentir seguro quando eu estiver dentro de casa, ainda mais com o Renan no banco de trás, isso me deixa mais aflito.

No trajeto que faço da escola até em casa, sempre passo por uma rua completamente vazia, literalmente. Mas hoje foi diferente, no final da rua tinha dois carros pretos parados de atravessados, freei rapidamente com medo de bater em um deles e ouvi Renan reclamar.

- Se machucou filho?

- Não.

- Fica quietinho tá? Já vamos ir para casa.

É o que eu espero - Pensei comigo mesmo

Quando pensei em dar ré, outros dois carros pretos apareceram.

- Desgraçados.

- Papai, estou com medo.

- Calma meu amor, vai ficar tudo bem.

Levei um pequeno susto quando bateram no meu vidro e mandaram eu sair do carro.

Temendo pela vida do meu filho, fiz o que mandaram.

- Apolo Martins?

- Sim, sou eu. O que está acontecendo?

- Não se preocupe, só estamos seguindo ordens.

Segundos depois, sinto uma pancada forte na minha cabeça e tudo fica escuro.

Apaixonada por um homem mais velho. Onde histórias criam vida. Descubra agora