Cap. 167

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Apolo Martins

Gael dormiu enquanto mamava, coloquei ele no bebê conforto e fui procurar pelo Marlon.

- Ana, você viu onde está o Marlon?

- Eu acho que ele está lá fora com o Brayan.

- A Pérola dormiu?

- Sim, ela ficou bem cansadinha depois de passar o dia inteiro correndo e acordou cedo também.

- Vai dormir a noite toda que nem o Gael.

- Tomara.

Fui para a varanda, Marlon estava numa cadeira de balanço com o Brayan dormindo no colo dele.

- Está tudo bem filho? - Perguntei sentando na cadeira do lado

- Sinceramente não, mesmo tendo o meu filho comigo, mesmo ela sendo a minha ex mulher, eu estou preocupado com ela, só Deus sabe onde a Elena se meteu.

- O que o Matias te disse antes de eu chegar?

- Ele disse que ela foi embora, deixou o Brayan sozinho em casa e o Matias só soube disso quando ligaram pra ele.

- Meu Deus, ainda bem que o Matias teve o senso de trazer ele pra você.

- Sim pai, se não tivesse sido pelo Matias, eu não quero nem imaginar o que teria acontecido com ele.

- Agora ele está com você e é isso que importa, se ela aparecer, daremos um jeito.

- Mas tirando tudo isso, eu estou feliz. Anthony está ótimo, a Pérola também e agora tudo está completo com o Brayan.

- Eu fico muito feliz em ver você feliz e meu coração se alegra ao ver meus filhos felizes. Torço muito para que o destino do Gael seja perfeito.

- Obrigado pelo senhor e a mamãe serem nossos pais.

- Nós que agradecemos por vocês serem nossos filhos. O pai passou por muita coisa antes de ter tudo que tenho hoje e não me arrependo de nada.

- Pai! - Disse Heloísa aparecendo com uma cara assustada

- O que foi filha?

- A mamãe caiu.

- Como ela foi cair? - Perguntei descendo as escadas correndo

- Escorregou no piso molhado.

- Ela bateu a cabeça?

- Eu não sei.

Entramos na sala, Mariana estava deitada no sofá e o Mauro estava do lado dela.

- Está com dor na nuca?

- Eu estou bem Mauro.

- Mariana, você caiu e bateu a cabeça.

- Eu estou bem, tenho que ver se o Gael não está acordado.

- Gael ainda está dormindo amor - Falei indo até ela - Fica quietinha aí.

- Não Apolo. Eu estou bem.

- Mariana...

Ela me olhou séria e eu me calei.

- Tá, não falo mais nada, vou te levar pra casa.

- Obrigado!

Quando tentei ajudar ela a se levantar do sofá, Mariana bateu na minha mão.

- Não precisa.

Respirei fundo e fui até a outra salinha onde o Gael estava dormindo.

- Apolo, fica de olho nela - Disse Mauro entrando na salinha - Qualquer coisinha diferente que ela sentir, você leva ela para o hospital e me avisa.

- Não vai ser fácil, você viu como ela ficou estressada?

- Vi.

- Mariana não gosta de ser o centro das atenções, ela faz de tudo pra se virar sozinha e não ter que pedir ajuda.

- É, haja paciência pra lidar com aquela coisinha.

Encarei ele e vi suas mãos se levantando em forma de rendição.

- Não está mais aqui quem falou.

Peguei o bebê conforto, a bolsa e saímos da salinha. Mariana estava sentada no sofá, a perna balançando, as mãos tremendo e minha preocupação só aumentando.

- Mari, vamos?

- Sim.

- Me dá sua mão - Falei esticando a minha.

Ela segurou sem hesitar e se levantou do sofá.

- Me dá a bolsa.

- Não precisa, deixa que eu levo.

Nos despedimos do pessoal e levei ela para o carro.

- Entra - Falei abrindo a porta do carona

- Eu quero ir no banco de trás, vou dar mama para o Gael.

Olhei para o Gael que começou a resmungar na mesma hora em que ela falou.

- Tá.

Ela entrou no carro, entreguei o Gael para ela e guardei o bebê conforto no porta malas.

- VOVÔ! - Ouço alguém me chamar

Olhei para trás e vi o Anthony correndo na minha direção.

- O que foi meu anjo?

- Eu fiz um desenho para o vovô e outro para a vovó.

- Obrigado meu amor, agora volta lá para o seu pai.

- Tchau vovô.

- Tchau amor.

Entrei no carro e coloquei os dois desenhos no banco. Mariana já tinha amamentado o Gael e colocado ele na cadeirinha.

- Está bem meu amor?

- Sim, só estou cansada.

- Nós vamos pra casa e você vai poder descansar bastante.

Até chegarmos em casa, fiquei cuidando da Mariana pelo retrovisor, ela encostou a cabeça na cadeirinha e estava quase dormindo.

- Mariana!

- Aí Apolo, o que é?

- Não dorme.

- Por que não?

- Você bateu a cabeça vida, é perigoso dormir agora.

Chegamos em casa, coloquei o carro na garagem, tirei o Gael da cadeirinha e peguei a bolsa dele.

- Vamos amor?

- Sim, só preciso de um minuto.

Fechei a porta do carro e chamei o Nicolas.

- Senhor?

- Segura o Gael pra mim por favor.

- Sim senhor.

Entreguei a bolsa e o meu neném para ele e abri a porta da onde a Mariana estava.

- Vem vida, eu vou te levar.

Peguei ela no colo e a levei até a sala. Coloquei a Mariana no sofá e peguei o meu bebê.

- Obrigado Nicolas.

- Precisa de mais alguma coisa?

- Quero que vocês vão para casa.

- Senhor...

- Nicolas! Tranquem tudo e vão pra casa.

- Sim senhor, com licença.

Coloquei o Gael no bebê conforto e sentei ao lado da Mariana.

- Está com dor de cabeça?

- Um pouco.

- Você deveria ter deixado o Mauro te examinar amor.

- É sono, Gael acordou muito cedo hoje.

- Tá, vamos tomar um banho e depois vamos dormir.

- Eu te amo.

- Também te amo meu amor.

Apaixonada por um homem mais velho. Onde histórias criam vida. Descubra agora