Cap.74

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Renan Martins

Mandei mensagem para o meu maninho Marlon e ele disse que viria aqui em casa depois que saísse do trabalho.

Pedro estava sentado no sofá e me joguei no colo dele.

- Ai Renan! Uma hora vc me mata desse jeito.

- Quanto drama.

- O que foi?

- Eu convidei meu irmão para vir aqui.

- E ele vem?

- Ele disse que viria depois do trabalho, mas não sei.

- Vc está preocupado com alguma coisa. O que é?

- Nada, não é nada.

- Renan.

- Estou preocupado com a Emily e o Daniel.

- O que tem a Emily e o Daniel?

- E se a gente não conseguir? Ela é tão pequeninha e ele é tão frágil e eu estou tão ansioso pra tirar eles daquele lugar.

- Calma amor, uma coisa de cada vez, falta só mais uma etapa e já, já vamos ter nossos pequenos com a gente.

- Eu nem acredito, esperei tanto por isso e agora falta pouco.

- Falta muito pouco pra gente encher nossas pipoquinhas com muito amor e carinho.

Sorri feliz da vida. Eu e Pedro decidimos adotar um bebê, visitamos vários orfanatos, vários berçários e duas crianças me chamaram muito atenção.

A primeira criança era uma bebezinha recém nascida e a segunda criança era um menininho de 5 anos, ele era moreninho com os olhos bem verdes.

Quando fui conversar com aquele menininho, ele se agarrou no meu  pescoço chorando e me pedindo para tira-lo de lá.

Então eu e o Pedro decidimos adotar os dois e semana que vem já estaremos trazendo eles para casa.

Meu celular vibrou, olhei na tela e era uma mensagem do Yan.

- O que foi?

- É o Yan.

- O que ele quer?

- Está dizendo que os meus pais estão no hospital com a Heloisa.

Liguei para o meu pai e ele atendeu no segundo toque.

- Oi meu amor.

- Oi pai, Yan me mandou mensagem dizendo que vcs foram com a Heloisa para o hospital, o que aconteceu?

- Ah, ela não acordou muito bem hoje e a febre dela não baixava de jeito nenhum, ai tivemos que trazer ela para o hospital.

- Mas já está tudo bem?

- Sim, está sim, ela já foi medicada e agora estamos indo pra casa.

- Que bom, fiquei preocupado.

- Está tudo bem, não precisa se preocupar.

- Ta bom, amanhã vcs vão estar em casa?

- Sim, venham jantar aqui, seu irmão também vai vir pra cá.

- Nós vamos sim, tenho uma novidade pra contar para o senhor.

- Estou até imaginando o que é, se vemos amanhã meu bem.

- Tchau pai.

- Tchau meu amor.

Encerrei a ligação e coloquei o celular de volta na mesa de centro.

- Sua irmã está bem?

- Está sim, era a febre dela que não estava baixando, mas já está tudo bem.

- Que bom.

- Tenho que pensar no que vou fazer de janta.

- Vamos pedir um lanche, não quero ter que lavar louça depois.

- E vc lava a louça Pedro?

- Claro que lavo, mas vamos pedir um lanche - Responde me agarrando - Por favor, eu imploro.

- Tá seu dramático, vamos pedir um lanche.

- Eba!

- Pior que criança.

Meu celular tocou novamente, olhei na tela e era um número desconhecido.

- Alô?

- Estou falando com Renan Martins?

- Sim, sou eu.

- Sou a diretora do orfanato que vc visitou dois meses atrás, quero falar sobre a Emily.

Me levantei rápido do sofá quase derrubando o Pedro no chão.

- O que aconteceu com a Emily?

- Ela foi internada com uma infecção urinária ontem e...

- E vc está me avisando só hoje? É da minha filha que estamos falando.

- Me desculpe senhor, eu estava muito ocupada e acabei esquecendo, sinto muito.

- Como ela está?

- Estável, a infecção já está sendo tratada e em poucas semanas ela já vai estar em casa com vcs.

- Que bom, vou passar a noite aí com ela, mas te aviso quando eu estiver indo.

- Ta bom.

Encerrei a ligação e larguei meu celular de volta na mesinha.

- Ei, vai ficar tudo bem - Disse Pedro me abraçando - Ela vai ficar bem.

- Assim espero - Falei deitando no peito dele

Apaixonada por um homem mais velho. Onde histórias criam vida. Descubra agora