Cap. 149

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Vitor Fernandes

Mauro trouxe o Lucas para a casa do meu pai e voltou para ficar um pouco com o pai dele. Mas teve um momento em que comecei a ter um pressentimento muito ruim e tive que ligar para conferir se estava tudo bem.

- Ele não atende pai - Falei sentindo meu coração palpitar

- Calma filho, ele deve estar ocupado com o Danilo e o Léo.

- Não pai, ele sempre manda mensagem pra perguntar sobre o Lucas e até agora ele não mandou nada.

- Respira meu amor, você vai acabar passando mal.

Lucas estava dormindo no meu quarto, ele tinha acordado muito cedo hoje e passou o dia inteiro fora, chegou aqui no meu pai bem cansadinho.

- PAPAI! - Ouço ele gritar

- É o Lucas.

Subimos correndo até o meu quarto, Lucas estava suando e chorando desesperado.

- Ei Lucas, o que foi? O que foi meu anjo? - Perguntei abraçando ele

- Meu pai, eu quero meu papai.

- Eu sei meu amor, já estou tentando falar com ele.

Meu celular começa a tocar, era o número do Apolo. Minhas mãos estavam tremendo tanto que ao invés de atender, acabei desligando a ligação.

- Por que desligou?

- Foi sem querer, eu não quis desligar.

Logo ele ligou novamente, pedi para que meu pai atendesse e me devolvesse o celular.

- Apolo.

- Oi meu anjo, recebi uma ligação do hospital, disseram que eu era um dos contatos de emergência do Mauro.

- O que aconteceu com ele?

- Me disseram que ele sofreu um acidente de carro.

- Aí meu Deus, ele está bem? Ele está bem Apolo?

- Sim, está sim, não foi nada grave.

- Estou indo para o hospital agora.

- Tá bom, eu estou te esperando.

Encerrei a ligação e peguei o casaco do Lucas.

- Veste isso Lucas, precisamos ir.

- O que aconteceu Vitor? - Pergunta meu pai preocupado

- Mauro sofreu um acidente de carro, estou indo para o hospital.

- Meu pai! Ele está bem? Ele está bem Vitor?

- Está sim meu anjo, mas precisamos ir rápido.

- Ei, vocês não vão sozinho, eu levo os dois.

- Vamos rápido pai.

- Calma, só preciso pegar um casaco e avisar a Vitória.

- Rápido vovô - Disse Lucas

- Já estou indo.

Levei o Lucas para o carro enquanto esperávamos meu pai que apareceu logo em seguida vestindo um moletom.

- Vamos lá.

Mandei mensagem para o Leonardo e ele me respondeu dizendo que estavam indo para o hospital. Lucas me abraçou, ele estava tremendo muito.

- Está com frio?

- Eu quero meu pai.

- Já vamos ver ele meu amor.

Chegamos ao hospital, Apolo estava escorado na parede, Danilo estava sentado numa cadeira e sua perna balançava conforme os minutos iam passando, Leonardo estava ao lado dele segurando sua mão.

- Vovô - Disse Lucas correndo até o Danilo

- Ah meu anjinho - Disse Danilo abraçando ele

- Alguma notícia? - Perguntei para o Apolo

- Ainda não, mas disseram que não foi nada grave.

- Isso é tudo culpa minha - Ouço Danilo dizer - Meu único filhinho

- Filho - Disse meu pai colocando a mão no meu ombro - Eu tenho que ir, depois de hoje não quero deixar a Vitória sozinha por muito tempo.

- Tudo bem pai, pode ir.

- Apolo.

- Eu levo ele pra casa.

- Obrigado.

Lucas estava abraçado no Leonardo e lembrei que ele ainda não tinha comido nada.

- Lucas, está com fome? Você não comeu nada ainda.

- Eu quero meu pai Vitor.

- Eu sei meu amor, mas você precisa comer, se não você pode ficar doente.

- Vamos Lucas, vamos comer alguma coisa - Disse Leonardo

- Eu vou com vocês - Disse Apolo

Depois que eles saíram, sentei ao lado do Danilo e segurei sua mão.

- Vai ficar tudo bem.

- Eu perdi o meu filho, ele nunca vai me perdoar pelo que eu disse a ele.

- Tenho certeza que foi no calor do momento, Mauro vai perdoar o senhor.

- Assim espero meu anjo.

Apaixonada por um homem mais velho. Onde histórias criam vida. Descubra agora