Cap.61 (parte 1)

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Manuela Albuquerque

UMA SEMANA DEPOIS

Faz uma semana que terminei um namoro que estava me deixando com depressão. Foi bom, foi libertador, foi o certo a se fazer e agora sou livre para fazer qualquer coisa.

Arthur me abraçou e quase me derrubou no chão.

- Arthur!

- Maninha, eu estou feliz, muito feliz, agora eu não tenho mais que fingir que gosto daquele otário.

- Vc nunca fingiu Arthur.

- Ata. Mas pra onde vc vai toda arrumada desse jeito?

- Vou sair.

- Com quem? Posso saber?

- Um amigo.

- Que amigo Manuela?

- Nossa Arthur, vc está parecendo o papai.

- O que tem eu? - Pergunta papai entrando na sala com a Poli

- O Arthur dando uma de repórter igual ao senhor.

- Vai sair? - Pergunta papai

- Não estou dizendo - Falei pegando minha bolsa - Sim, vou sair com um amigo.

- Que amigo? - Pergunta papai

- Meu Deus gente, deixa a menina em paz - Disse Poliana

- Obrigado Poli, estou indo, tchau pra vcs.

- Quero saber dos detalhes depois - Disse Poliana

- Pode deixar.

Hoje eu não estava afim de dirigir, então pedi para um dos seguranças do meu pai me levar até o meu destino.

- Vai querer que eu venha te buscar? - Pergunta Maurício

- Não precisa, mas obrigado.

Antes de eu sair do carro, Maurício me chamou.

- Sim?

- Vc está muito bonita.

- Obrigado.

Sai e fechei a porta do carro. Yan já estava me esperando no lugar marcado, sorri e cumprimentei ele com um abraço.

- Oi, me desculpe a demora.

- Não tem problema, eu cheguei agora a pouco também.

Ele pegou minha mão e começamos a caminhar.

- Como vc está? - Perguntei enganchado no braço dele

- Estou bem, feliz por vc ter terminado com aquele inútil.

- É vc e o Arthur nessa mesma energia.

- Eu via que vc não estava feliz, ele não te tratava como vc merecia.

- E vc sabe como eu mereço ser tratada?

- Como uma princesa, posso não ser a melhor pessoa do mundo, mas sei cuidar de uma pessoa como ela merece.

Deitei no ombro dele sorrindo, gosto do Yan, apesar de tudo, ele é uma pessoa incrível.

- Quer ir lá em casa? - Pergunta Yan

- Seu irmão e o Renan não estão em casa?

- Não, é bem provável que eles voltem só amanhã.

- Então vamos.

Ele abriu a porta do carro para mim e depois entrou logo em seguida.

- Está com fome?

- Não, comi um pouco antes de sair.

Minutos depois chegamos na casa dele. Ele colocou o carro na garagem e saímos.

- Vc não se importa de ficar sozinho comigo?

- Não, por que?

- É que vc conhece meu histórico, sabe que eu posso ser...

- Yan, está tudo bem. Não precisa se preocupar.

Ele sorriu e entramos em casa.

- Tem certeza que não quer comer nada?

- Tenho sim.

Ele me olhou por alguns minutos e se aproximou de mim colocando uma mão no meu rosto e a outra na minha cintura.

- Posso te contar uma coisa?

- Pode sim - Respondi meio ofegante

- Eu te amei desde a primeira vez que te vi.

Fiquei surpresa pela revelação dele, nunca imaginei ouvir isso vindo do Yan.

- Por que nunca me contou isso antes?

- Achei que vc e o Renan eram namorados, vcs sempre estavam juntos e se abraçando, mas eu estava enganado.

- Tenho o Renan como um irmão e eu sempre soube que ele gostava do Pedro.

- Sério?

- Sim.

Ele encostou sua testa na minha e eu fechei os olhos.

- Posso te beijar?

- Deve.

Yan me beijou e me puxou para mais perto dele. Coloquei minhas mãos em seu rosto e sua barba fez cócegas nela.

Nos afastamos por causa da maldita falta de ar.

- Eu quero vc - Disse com a respiração entrecortada

- Não brinca comigo Yan.

- Eu jamais brincaria com alguém que eu daria a minha vida.

Sorri e voltei a beija-lo. Ele agarrou minha cintura e desceu para o meu pescoço.

- Tenho uma cama de casal muito boa e não me importo em dividir com vc.

Dei risada e deixei minha bolsa no sofá.

- O que estamos esperando?

Apaixonada por um homem mais velho. Onde histórias criam vida. Descubra agora