Cap.60

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Marlon Martins

Assim que papai me mandou mensagem dizendo que tinham encontrado o Yan, respirei aliviado. Além de colega de trabalho, ele é o meu melhor amigo.

Coloquei o carro na garagem, as luzes da casa estavam todas apagadas, Elena provavelmente ainda estava na casa da mãe dela.

Acionei o alarme e entrei em casa. A tv da sala estava ligada, então ela está em casa.

- Elena?

- Oi.

- Chegou a muito tempo?

- Não, alguns minutos antes de vc.

Larguei as minhas chaves emcima da mesinha de centro e sentei ao lado dela.

- Eu te amo - Falei abraçando ela - Vc ainda é o meu bem mais precioso.

- Perdi nosso filho - Disse chorando

- Eu sei, sei que está sendo mais difícil pra vc do que pra mim, mas vamos conseguir, não importa o tempo que for, não importa o tempo que demore, sempre vou estar aqui do seu lado.

- Obrigado meu amor.

- Desculpa por não ter ficado contigo aqui, eu só não consegui reagir da maneira certa.

- Está tudo bem, vc está aqui agora e é isso que importa.

Beijei ela e a puxei para o meu colo.

- Vc já comeu?

- Não consegui.

- Quer tentar comer alguma coisa agora?

- Vc faz um sanduíche pra mim?

- Faço sim.

Fui até a cozinha, fiz dois sanduíches, enchi um copo com suco e levei para ela até a sala.

- Aqui, se não conseguir comer, deixa que eu como.

- Tá bom, obrigado.

Voltei a sentar no mesmo lugar e peguei meu celular.

- Encontraram o Yan?

- Sim, o vô Matheus e o Vitor encontraram ele.

- Que bom.

- Sim, fiquei preocupado, a primeira vez que ele saiu sozinho, ele quase foi atropelado.

- Ah, eu lembro e hoje, onde ele estava?

- Encontraram ele sentado no muro de proteção de uma ponte.

- Meu Deus.

- É mais agora já está tudo bem de novo.

- Menos mal.

- Verdade.

Ficamos assistindo um filme até que a campainha tocou.

- Eu atendo - Falei beijando ela

- Está esperando alguém?

- Não que eu saiba e vc?

- Não também.

Fui até a porta e abri. Eram os meus primos, Arthur e Murilo.

- Eaí gente, entrem - Falei dando espaço para eles

- Eu estou morrendo de fome - Disse Arthur indo pra cozinha - Tem alguma coisa pra eu comer nessa casa?

- Sempre tem, seu esfomeado - Falei fechando a porta

- Elena está? - Pergunta Murilo

- Na sala - Respondi indo atrás do Arthur - Arthur.

- O que é? - Pergunta com a boca cheia

- Seu pai não te deu educação? Não se fala de boca cheia.

- Vc está atrapalhando minha refeição.

- O que vai fazer amanhã?

- Trabalhar.

- E depois?

- Eu ia na minha irmã, mas ela vai viajar hoje com aquele namorado idiota dela.

- Ainda não se acostumou com ele?

- Não tem como, aquele cara é terrível, meu pai também não gosta dele.

- Por que?

- Ele deu emcima da minha mãe e a Manu nem sabe, se soubesse já teria terminado com ele.

- Por que não conta pra ela?

- Só estou esperando o momento certo, minha irmã merece coisa melhor do que aquele inútil.

- Concordo.

- Mas por que a pergunta?

- Nós quatro poderíamos sair, não quero deixar a Elena ficar em casa por muito tempo.

- Como ela está?

- Mais ou menos, não é fácil pra gente, mas vamos levando conforme dá.

- É isso aí. MURILO!

Levei um susto quando ele gritou, Arthur é escandaloso e louco igual a tia Poliana.

- O que é? - Pergunta Murilo aparecendo com Elena na cozinha

- Tem algum compromisso amanhã?

- Que eu me lembre não.

- O que vcs estão aprontando? - Pergunta Elena me abraçando

- Vamos sair - Responde Arthur - Nós quatro.

- E aquela menina que vc estava ficando Murilo? - Pergunta Elena

- Ah, ela já estava me cobrando demais e a gente nem namorando estava, então larguei de mão.

- Tia Melissa ergueu as mãos para o céu quando o Murilo contou isso, ela não gostava dela.

- Nem minha mãe e nem meu pai, os dois odiavam ela.

- E vc Arthur?

- Eu o que?

- Quando vai nos apresentar a nossa cunhada.

- Vai demorar, nem eu achei uma que preste.

- Vc que não presta - Disse Elena

- Eu sou da raça do meu pai, a melhor que existe.

Apaixonada por um homem mais velho. Onde histórias criam vida. Descubra agora