Apaixonada por um homem mais velho.

Cap.77

Yan Fontenelle

1 MÊS DEPOIS

Fechei meu computador e cruzei meus braços emcima da mesa deitando minha cabeça. Eu estava cansado, muito cansado.

- Ei cara, tudo bem? - Pergunta Davi

- Sim, só estou cansado - Falei sem levantar minha cabeça

- Quanto falta pra terminar esse projeto?

- Mais alguns dias, depois tenho que mostrar para o Marlon que vai fazer os últimos ajustes pra te entregar.

- Vai pra casa, amanhã vc continua e eu preciso que vc venha um pouco mais cedo.

- Por que?

- Apolo quer mudar o designer da fachada das duas empresas e quer falar contigo e o Marlon.

- Tá, venho mais cedo sim.

- Ótimo, agora vai pra casa, não quero mais te ver aqui hoje.

- Já estou indo.

Arrumei minhas coisas, peguei minha mochila e me despedi do pessoal.

- Já está indo Yan? - Pergunta o segurança

- Já sim, até amanhã.

- Até.

Sempre deixo meu carro estacionado na frente da empresa, é bem mais prático pra mim.

Joguei minhas coisas no banco de trás e entrei no carro. Eu estava muito ansioso para ver a Manuela e conversar um pouquinho com meu bebê.

Cheguei em casa rapidinho, coloquei o carro na garagem, peguei minhas coisas e entrei em casa.

- Amor? - Chamei ela largando as minhas coisas no sofá

Não tive nenhuma resposta, subi até o quarto e ela estava dormindo que nem um anjinho.

- Yan - Disse meia sonolenta

- Oi, desculpa por ter te acordado.

- Não tem problema, eu já estava acordado, estou começando a ficar com fome.

- Consegue esperar até eu tomar um banho?

- Acho que consigo.

- Não, vai comer, não precisa me esperar.

- Tem certeza?

- Sim, vc precisa se alimentar bem por vc e pelo nosso bebê - Respondi abraçando ela

- Tá bom.

Dei outro beijo nela, peguei minha toalha e fui para o banheiro.

Sentir a água quente caindo nas minhas costas foi prazeroso e toda tensão e cansaço foi embora.

Fiquei mais alguns minutos embaixo do chuveiro, sai, me sequei, me vesti e desci pra cozinha.

Manuela já estava comendo, olhei para o prato dela e fiquei enjoado só de olhar.

- O que foi?

- Como vc consegue comer isso?

- Eu estava com vontade.

- Pra vomitar tudo depois.

- É, faz parte.

Me sentei na cadeira, minha cabeça parecia que ia explodir.

- Está com dor de cabeça?

- Estou.

- Quer um remédio? Alguma coisa?

- Não, deixa que eu pego.

Minhas mãos começaram a tremer, minha respiração começou a falhar e eu sabia que se não fizesse nada, eu ia começar a ficar irritado.

- Eu vou e-estar no q-quarto.

- Yan, fica aqui - Disse Manu segurando minha mão - Sei que vc não está bem, mas fica aqui com a gente.

Ela me abraçou e seu perfume floral foi o que começou a me acalmar.

- Não se afasta da gente, mesmo que seja difícil, mesmo que seja perigoso, eu quero vc aqui, comigo - Sussura no meu ouvido

- Obrigado, eu te amo.

- Também te amo.