Cap. 168

117 1 0
                                    

Renan Martins

Pedro falava comigo sobre os quartos das crianças, mas eu nem estava prestando atenção até que ele apertou meu braço com um pouquinho de força.

- Aí Pedro! - Falei batendo nele - Isso dói.

- Se você estivesse me ouvindo, eu não precisaria fazer isso.

- Desculpa.

- Está pensando no que?

- Na Mariana, fiquei preocupado depois que ela caiu e bateu a cabeça.

- Já passou um bom tempo depois da queda, liga para o seu pai e vê se ela está bem.

- É, vou fazer isso.

Peguei meu celular e liguei para ele. Demorou um tempinho até que ele atendesse.

- Oi anjo - Disse meu pai

- Oi pai, acordei o senhor?

- Não filho, eu estou no hospital com a Mari.

- O que aconteceu?

- Consequências pós-queda, ela começou a sentir dor de cabeça muito forte, vomitou umas duas vezes e sangrou o nariz dela.

- Meu Deus pai e o Gael?

- Está com a sua vó.

- O que os médicos disseram?

- Vão deixar ela em observação por mais uns dois dias e fazer mais exames.

- Eu vou ir aí ficar com o senhor.

- Nã...

- Vou sim pai. Já falou com o Marlon e a Helô?

- Falei com eles sim, também já estão vindo pra cá.

- Tá bom, até daqui a pouco.

- Até meu amor.

Encerrei a ligação e subi para o meu quarto, Pedro estava deitado na cama e as crianças estavam com ele assistindo tv.

- Eai, ela está bem?

- Ele teve que levar ela para o hospital, disse que começou a sentir dor de cabeça muito forte, vomitou e até sangrou o nariz dela.

- Meu Deus.

- Vão deixar ela em observação por mais dois dias e eu estou indo pra lá.

- E o Gael?

- Está com a vovó. Meu Deus, esse menino é tão apegado com ela, que a Mari fique bem logo.

- Ela vai ficar. Quer que eu te leve?

- Não precisa, eu vou dirigindo. Crianças, se comportem e nada de dormir tarde porque amanhã tem escola - Falei dando um beijo neles - Isso vale pra você também Pedro.

- Vou me comportar, me manda mensagem se precisar de alguma coisa.

- Ta bom, amo vocês.

- Também te amamos.

Peguei as chaves do carro e desci pra garagem. Estava dirigindo quando meu celular começou a tocar.

- Alô?

- Mano, está indo para o hospital?

- Sim Helô, por que?

- Me dá uma caroninha? Acabei me enrolando aqui com o Eduardo.

- Tá, eu já estou indo.

- Obrigado maninho.

Dei a volta e fui em direção ao prédio onde a Heloísa morava, graças a Deus não tinha muito movimento, odeio dirigir quando as ruas estão movimentadas.

Parei numa sinaleira fechada, decidi abrir uma barrinha de chocolate enquanto esperava. Quando o sinal abriu, arranquei com o carro e a última coisa que ouvi e vi foi a buzina e o farol alto do outro carro.

Apaixonada por um homem mais velho. Onde histórias criam vida. Descubra agora