Cap.65

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Murilo Martins

Entrei na sala do meu pai e sentei na cadeira de frente para ele.

- Espero que vc saiba por que eu te chamei aqui - Disse bravo

- Não foi minha culpa - Falei me levantando

- Senta Murilo! Eu ainda não acabei de falar.

- Pai...

- Me escuta Murilo, é a segunda vez que vc briga nessa semana.

- Qual é pai, ele vem pra cima de mim se achando o tal e o senhor não diz nada?

- Murilo, estou falando com vc porque vc é o meu filho, já é um homem e é responsável. Com aquele cara, eu lido depois.

- O que o senhor vai fazer?

- Vc vai ficar essa semana em casa.

- Pai!

- Murilo, se eu não fizer nada, vão achar que estou passando a mão por vc ser meu filho. Arruma suas coisas e vai pra casa.

Me levantei da cadeira sem dizer nada e sai da sala dele. Peguei minhas coisas e fui até a garagem, o motorista do meu pai já estava lá.

- Me leva pra casa, depois vc volta buscar o meu pai.

- Sim senhor.

Entrei no carro e meu celular tocou.

- Alô?

- Está em casa?

- Estou indo para casa agora, por que?

- Estou te esperando, cara, estou tão feliz.

- Motivo?

- Júlia, aconteceu cara e foi incrível.

- Fico feliz mano, minha mãe está em casa?

- Sim.

- Avisa ela que eu estou indo pra casa.

- Ta bom, valeu mano até daqui a pouco.

- Até.

Encerrei a ligação e liguei para outra pessoa.

- Eu estava contando os dias que vc levaria pra me ligar de novo.

- Podemos nos encontrar?

- Agora?

- Agora não dá, o Arthur está lá em casa e faz alguns dias que a gente não se vê também.

- Que horas então?

- Depois que vc sair do trabalho, pode ser?

- É até melhor.

- Ta bom, ai vc me avisa quando estiver saindo que eu vou te buscar.

- Ta bom, até mais tarde.

- Até.

Encerrei a ligação e guardei meu celular no bolso.

- Problemas no trabalho? - Pergunta Fernando

- Mais ou menos, não é só o trabalho, é tudo que me envolve.

- O que está acontecendo cara?

- Não sei, acho que essa semana que vou ficar em casa, eu vou descobrir isso.

Chegamos em frente a minha casa, me despedi do Fernando e entrei.

- Mãe! Cheguei.

- Aqui na cozinha meu amor.

Larguei minha mochila no sofá e fui pra cozinha. Arthur estava com a boca suja de chocolate e com um prato com um pedaço de bolo de chocolate e ao lado um copo de suco.

- Tia, esse bolo estava uma delícia, mas não conta pra minha mãe porque o bolo dela também é uma delícia e ela pode ficar com ciúmes.

- Pode deixar meu amor, não vou contar nada.

- Mãe.

- Meu bem, quer um pedaço de bolo?

- Quero.

- Espera aí, vc saiu mais cedo ou foi impressão minha?

- Saí mais cedo.

- Por que? - Pergunta mamãe

- Briguei com um idiota, papai me afastou por uma semana.

- Pela segunda vez filho?

- Aquele inútil ficou me tirando do sério, eu não ia ficar quieto.

- Igualzinho seu pai, vcs não conseguem ficar um dia sem brigar.

- Só brigo quando necessário e ele mereceu.

- Come meu amor, eu vou dar uma saidinha e já volto.

- Vai a onde?

- Sair, deixa de ser curioso.

- Papai disse que não era pra vc sair sozinha, mãe.

- Vou justamente me encontrar com seu pai e já estou meia atrasada. Beijinhos pra vcs e sem bagunça.

- Pode deixar tia, ouviu sua mãe em Murilo, sem bagunça.

- Vai à merda Arthur.

- Tchau meninos.

- Tchau mãe.

- Tchau tia.

Apaixonada por um homem mais velho. Onde histórias criam vida. Descubra agora