André Albuquerque
Dylan acordou com febre outra vez e pelo mesmo motivo das outras vezes, saudades do melhor amigo dele.
- Aí André, temos que fazer alguma coisa, faz dias que ele não come direito e essa febre não diminui de jeito nenhum.
- Eu sei amor, vou tentar falar com o Marlon, talvez passar algumas horas com o Anthony ajude um pouco.
- Por favor, não gosto de ver o Dylan tão quietinho assim, prefiro mil vezes ver ele batendo a porta.
- Eu prefiro também. Quer que eu leve ele pra sala?
- Sim, vou ver se consigo fazer ele comer um pouquinho.
Peguei o meu neném no colo e levei ele para a sala. Poliana ajeitou o travesseiro dele e coloquei o Dylan no sofá.
- Vou ligar para o Marlon, qualquer coisa você me chama.
- Tá bom.
Peguei meu celular e fui pra varanda. Arthur tinha me contado que ele havia se acertado com o Marlon e fiquei muito feliz em saber disso.
- Tio André.
- Oi meu anjo, como você está?
- Aos poucos as coisas estão voltando para o lugar e eu estou ficando bem.
- Que bom, eu queria falar com você. Está ocupado?
- Não tio, pode falar.
- É sobre o Dylan.
- Ele está bem?
- Nada bem, já é a terceira semana que ele acorda com febre e faz mais de um mês que o Dylan não vê o Anthony, acredito que seja o motivo da febre dele.
- Eu entendo bem, o Anthony tem perguntado bastante do Dylan e eu não queria levar ele aí antes de conversar com o Arthur.
- Ele me contou que vocês tinham se acertado e fiquei feliz em saber disso.
- A Ana tem uma consulta marcada depois do almoço, tem algum problema do Anthony ficar aí até a gente voltar?
- Não, ele pode ficar aqui sim, vai ser muito bom para o Dylan.
- Tá bom então, até mais tarde tio.
- Até.
Encerrei a ligação e antes de entrar vejo o portão da garagem sendo aberto pelo Vitório.
- Vitório, quem é? - Perguntei descendo as escadas
- O senhor Davi.
Subi as escadas correndo e fui pra cozinha.
- Amor, seu irmão está aqui.
- O Apolo?
- Não, o Davi.
- Mas ele não me mandou nada dizendo que viria aqui.
- Bom, já que ele está aqui né, eu vou lá.
- Dylan está acordado?
- Não, dormiu de novo.
- Conseguiu falar com o Marlon?
- Sim, ele vai trazer o Anthony mais tarde.
- Aí, tomara que isso ajude a diminuir a febre dele.
- Tomara mesmo.
Ouço a campainha tocar e vou correndo atender a porta antes que ele acordasse o Dylan.
- Eai cara - Falei cumprimentando ele
- Eai.
- Oi Murilo.
- Oi tio.
- Entrem, a Poliana está na cozinha.
- Dylan ainda não melhorou né? Está um silêncio essa casa.
- Tá sendo uma tortura não ter ele ligado nos 220.
- Sei como é.
Levei eles pra cozinha. Emcima da bancada tinha uma tábua, faca e um pouco de sangue, Poliana estava na pia com a torneira ligada.
- Ei, o que aconteceu?
- Tentei abrir uma lata e a faca escapou pegando no meu dedo.
- E o abridor que comprei pra você?
- O Dylan pegou e eu não sei onde ele colocou.
- Vem cá, foi muito fundo?
- Não, foi só uma picadinha, nada demais. Oi Davi, Oi Murilo.
- Oi tia, eu vou lá na sala com o Dylan.
- Tá, qualquer coisa me chama.
- Tá bom.
- Fica fazendo coisa perigosa aí, daqui a pouco vai perder um dedo - Disse Davi
- Fica quieto e por que não avisou que viria?
- Foi de última hora, eu fui levar o Murilo no médico e resolvemos passar aqui.
- Ele está bem?
- As dores de cabeça dele voltaram e eu tô quase surtando por causa disso.
- São frequentes? - Perguntei guardando a caixinha
- Graças a Deus não, mas são fortes demais, ele chega a chorar de tanta dor.
- E deram algum remédio pra ele? - Pergunta Poliana preocupado
- Os mesmos que ele tomava antes, ajudava bastante e amanhã ele tem um monte de exames pra fazer.
- Vai dar tudo certo irmão.
- É o que eu mais desejo.
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Apaixonada por um homem mais velho.
RomanceEla chegou e se tornou a principal estrela do meu universo 🍃