Cap. 164

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André Albuquerque

Dylan acordou com febre outra vez e pelo mesmo motivo das outras vezes, saudades do melhor amigo dele.

- Aí André, temos que fazer alguma coisa, faz dias que ele não come direito e essa febre não diminui de jeito nenhum.

- Eu sei amor, vou tentar falar com o Marlon, talvez passar algumas horas com o Anthony ajude um pouco.

- Por favor, não gosto de ver o Dylan tão quietinho assim, prefiro mil vezes ver ele batendo a porta.

- Eu prefiro também. Quer que eu leve ele pra sala?

- Sim, vou ver se consigo fazer ele comer um pouquinho.

Peguei o meu neném no colo e levei ele para a sala. Poliana ajeitou o travesseiro dele e coloquei o Dylan no sofá.

- Vou ligar para o Marlon, qualquer coisa você me chama.

- Tá bom.

Peguei meu celular e fui pra varanda. Arthur tinha me contado que ele havia se acertado com o Marlon e fiquei muito feliz em saber disso.

- Tio André.

- Oi meu anjo, como você está?

- Aos poucos as coisas estão voltando para o lugar e eu estou ficando bem.

- Que bom, eu queria falar com você. Está ocupado?

- Não tio, pode falar.

- É sobre o Dylan.

- Ele está bem?

- Nada bem, já é a terceira semana que ele acorda com febre e faz mais de um mês que o Dylan não vê o Anthony, acredito que seja o motivo da febre dele.

- Eu entendo bem, o Anthony tem perguntado bastante do Dylan e eu não queria levar ele aí antes de conversar com o Arthur.

- Ele me contou que vocês tinham se acertado e fiquei feliz em saber disso.

- A Ana tem uma consulta marcada depois do almoço, tem algum problema do Anthony ficar aí até a gente voltar?

- Não, ele pode ficar aqui sim, vai ser muito bom para o Dylan.

- Tá bom então, até mais tarde tio.

- Até.

Encerrei a ligação e antes de entrar vejo o portão da garagem sendo aberto pelo Vitório.

- Vitório, quem é? - Perguntei descendo as escadas

- O senhor Davi.

Subi as escadas correndo e fui pra cozinha.

- Amor, seu irmão está aqui.

- O Apolo?

- Não, o Davi.

- Mas ele não me mandou nada dizendo que viria aqui.

- Bom, já que ele está aqui né, eu vou lá.

- Dylan está acordado?

- Não, dormiu de novo.

- Conseguiu falar com o Marlon?

- Sim, ele vai trazer o Anthony mais tarde.

- Aí, tomara que isso ajude a diminuir a febre dele.

- Tomara mesmo.

Ouço a campainha tocar e vou correndo atender a porta antes que ele acordasse o Dylan.

- Eai cara - Falei cumprimentando ele

- Eai.

- Oi Murilo.

- Oi tio.

- Entrem, a Poliana está na cozinha.

-  Dylan ainda não melhorou né? Está um silêncio essa casa.

- Tá sendo uma tortura não ter ele ligado nos 220.

- Sei como é.

Levei eles pra cozinha. Emcima da bancada tinha uma tábua, faca e um pouco de sangue, Poliana estava na pia com a torneira ligada.

- Ei, o que aconteceu?

- Tentei abrir uma lata e a faca escapou pegando no meu dedo.

- E o abridor que comprei pra você?

- O Dylan pegou e eu não sei onde ele colocou.

- Vem cá, foi muito fundo?

- Não, foi só uma picadinha, nada demais. Oi Davi, Oi Murilo.

- Oi tia, eu vou lá na sala com o Dylan.

- Tá, qualquer coisa me chama.

- Tá bom.

- Fica fazendo coisa perigosa aí, daqui a pouco vai perder um dedo - Disse Davi

- Fica quieto e por que não avisou que viria?

- Foi de última hora, eu fui levar o Murilo no médico e resolvemos passar aqui.

- Ele está bem?

- As dores de cabeça dele voltaram e eu tô quase surtando por causa disso.

- São frequentes? - Perguntei guardando a caixinha

- Graças a Deus não, mas são fortes demais, ele chega a chorar de tanta dor.

- E deram algum remédio pra ele? - Pergunta Poliana preocupado

- Os mesmos que ele tomava antes, ajudava bastante e amanhã ele tem um monte de exames pra fazer.

- Vai dar tudo certo irmão.

- É o que eu mais desejo.

Apaixonada por um homem mais velho. Onde histórias criam vida. Descubra agora