Cap.29

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Apolo Martins

2 MESES DEPOIS

Perdi a noção do tempo, não sei quando é dia e nem quando é  noite. A cela é fechada e a única coisa que ilumina esse lugar imundo é uma lâmpada.

Estou com tanto saudade da Mariana, mas agradeço por ela estar segura e queria muito que o Renan estivesse com ela.

Por causa do frio, da umidade e do mofo, ele acabou pegando um resfriado muito forte, junto veio a febre que não baixa de jeito nenhum.

Ajudo da forma que posso, os machucados dele estão demorando a cicatrizar e por causa disso não posso abraça-lo muito forte para mante-lo aquecido.

Coloquei ele deitado no colchão enrolado em meu casaco e chamei um dos seguranças.

- O que vc quer?

- Preciso de remédios, um cobertor quente, Renan não está bem.

- É a última vez que eu falo, vc não está no direito de pedir nada.

- Estou pedindo pelo meu filho, ele não está bem.

- Não! Agora se afasta da grade se não quiser ser apagado novamente.

- Seu inútil! - Falei tirando minhas mãos da grade.

Quando ele se virou, eu o agarrei pelo pescoço e puxei com força fazendo ele bater a cabeça na grade, fiz mais duas vezes até que ele caiu desmaiado.

Procurei pelo chave da cela e a encontrei pendurada no pescoço dele.

Abri a cela, puxei o guarda para dentro, peguei meu filho no colo e sai trancando a cela novamente.

- Morra nesse inferno seu desgraçado.

Saí a procura de uma porta de saída, fui com cuidado para não chamar atenção e ter que voltar para aquela cela suja.

Caminhei mais um pouco até que encontrei uma porta, nossa salvação, nossa esperança, nossa válvula de escape.

Endireitei o Renan em meu colo e fui até a porta e ao lado dela tinha uma janelinha.

Olhei atentamente para todos os lados, só tinha mato e mais mato, estávamos no meio de uma floresta, mas com certeza tem alguma estrada ou rodovia por perto. 

[...]

Caminhei por quase uma hora até que comecei a ouvir barulho de carros. Andei mais um pouco e cheguei na margem da rodovia.

Tentei pedir uma carona, três carros passaram até que um parou para nós.

Entrei no carro e quando achei que estávamos salvos, ele trava as portas e o que estava atrás agarrou meu braço.

- Achou mesmo que vc ia escapar e eu não ia perceber?

Novamente fui apagado com um pano no meu nariz.

Apaixonada por um homem mais velho. Onde histórias criam vida. Descubra agora