Apaixonada por um homem mais velho.

Cap. 78

Apolo Martins

Renan me ligou desesperado dizendo que Daniel tinha se engasgado com uma bala de yogurt e ele estava sozinho em casa com as crianças sem saber o fazer.

Dirigi rápido até a casa dele, Daniel já estava ficando roxinho por causa da falta de oxigênio.

Fiz todo procedimento de desengasgamento e ele voltou a respirar normalmente.

- Meu Deus! - Disse Renan chorando  - Meu Deus!

- Está tudo bem Renan - Falei abraçando ele - Calma, respira fundo.

- Eu não deveria ter dado aquela bala pra ele, quase perdi meu filho.

- A culpa não foi sua, isso poderia acontecer com qualquer comida, ele vai ficar bem.

Daniel acabou dormindo no meu colo, coloquei ele no sofá e fomos para a cozinha. Peguei um copo com água e coloquei um pouco de açúcar para o Renan.

- Toma tudinho, vai ajudar a te acalmar.

- Obrigado pai. Como... Como o senhor sabe fazer tudo aquilo?

- Tive que aprender por sua causa, vc tinha 3 anos quando se engasgou com um pedacinho de bolo, fiquei desesperado, corri com vc para o hospital e o Mauro te socorreu, depois eu pedi para ele me ensinar pra caso acontecesse de novo.

Assim que terminei de falar, ouvimos a voz do Pedro.

- Renan?

- Aqui na cozinha.

- Ah meu Deus, vim assim que vi sua mensagem.

- Já está tudo bem, como vc não respondeu, eu liguei para o meu pai.

- Desculpa, fiquei preso numa reunião com o André, hoje não tive tempo pra nada.

- Bom, o pior já passou, eu vou indo pra casa que hoje a Heloísa e a Mariana acordaram com o pé esquerdo.

- Boa sorte pai.

- Vou precisar, qualquer coisa vcs me liguem.

- Ta bom, tchau.

- Tchau meu amor, tchau Pedro.

- Tchau senhor Apolo.

Voltei para casa. Quando entrei com o carro na garagem, TODOS, todos os meus seguranças estavam próximos da porta da minha casa tentando ouvir alguma coisa.

Sai do carro, acionei o alarme e fui até eles.

- Posso saber o que vcs estão fazendo aí? - Perguntei meio bravo - Vcs não são pagos para ficarem ouvindo atrás da porta.

- Desculpa senhor - Disse Fábio - É que a gente ouviu alguns gritos e achamos que tinha acontecido alguma coisa.

- Voltem para os seus lugares e não importa o que ouçam, fingem não escutar.

- Sim senhor.

Passei por eles e entrei em casa, Mariana e Heloísa estavam discutindo aos berros.

- EI! - Gritei mais alto que elas - Não é necessário todo esse escândalo.

- Não grita papai, minha cabeça está doendo.

- Até agora não estava doendo, estavam gritando iguais umas loucas e só agora começou a doer.

- Apolo, para. - Disse Mariana

- Eu quero as duas separadas, hoje não é possível aguentar as duas no mesmo ambiente.

Me sentei no sofá e as duas vieram para o meu lado. Heloísa sentou no meu colo e Mariana colocou as pernas encima da minha.

- Tenho chocolate guardado, mas vcs estão brigando, vou comer tudo sozinho.