Cap. 131

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Apolo Martins

Eu ouvi repetidamente o barulho daquela bomba explodindo, os segundos que tive para pular na piscina e tentar salvar a minha vida, minha casa sendo destruída. Vi um filme completo passar diante dos meus olhos quando aquela luz vermelha acendeu, achei que nunca mais veria ninguém, nem meus filhos e nem a minha mulher.

Senti uma mão quente acariciando meu rosto e o meu perfume favorito. Abri meus olhos e encontrei os da minha baixinha.

- Apolo, graças a Deus você acordou, fiquei tão assustada.

- Está tudo bem meu amor, eu estou bem.

Ela estava preocupada. Toda vez que ela está preocupada, Mariana começa alisar a barriga, mexer no cabelo ou beliscar a minha mão e ela estava fazendo duas coisas que era alisar a barriga e beliscar a minha mão.

- Está preocupada com o que?

- Eu ouvi uma parte da conversa do Matheus e parece que ele sabe quem mandou aquela caixa pra você.

- Eu mato o desgraçado que fez isso, colocou a sua vida e a dos meus filhos em risco.

- Amor, aquela caixa não era pra você.

- O que? Como assim?

- A caixa estava com o endereço errado, era para outra pessoa.

- Quem? Alguém da nossa família?

- Matheus, era para o Matheus.

A primeira pessoa que me veio na cabeça foi meu pai, eu ouvi quando ele disse que seria capaz de fazer tudo para ter a minha mãe de volta.

- Amor?

- Eu só queria que a nossa família vivesse em paz, será que é pedir muito?

- Não sei - Mariana segurou a minha mão na barriga dela - Nós só queremos você pertinho da gente.

- Você vai me ter pra sempre, você e os nossos filhos.

- Eu te amo.

- Também te amo meu amor.

Ouvimos alguém bater na porta e pedi para que entrasse.

- Oi pai - Disse Renan - Oi Mari.

- Oi meu bem.

- Oi meu amor, como você está?

- Bem e o senhor?

- Estou melhorando e o Pedro?

- Ficou em casa com as crianças, o Daniel não estava muito bem.

- O que ele tem?

- Acordou com febre, ânsia de vômito, acho que é gripe.

- Vem cá filho - Falei esticando minha mão para ele pegar

- Pai, fiquei com tanto medo de te perder - Disse me abraçando

Renan estava tremendo e não era por causa do frio.

- Está tudo bem meu amor, não precisa mais se preocupar. Seu pai é forte, não é qualquer coisa que me derruba.

- É Apolo, vai brincando com isso - Disse Mariana batendo no meu braço - Continua assustando a gente.

- Aí, desculpa amor e o Marlon?

- Ele me deixou aqui e foi pra casa. Antes de ele me deixar aqui, a gente foi buscar o Anthony na casa da mãe da Elena e o menino estava sozinho do lado de fora da casa, no frio, sentado no chão e não tinha ninguém em casa, o Marlon ficou uma fera.

- É por isso que o Anthony não gosta daquela família, eles só maltratam o coitadinho.

- Elena é a única que se salva naquela família - Disse Renan - Parece que eles fazem de tudo pra separar o Marlon e ela.

- Elena está grávida e muito estresse pode acabar prejudicando ela.

- Parece que é isso que eles querem e não podemos deixar.

- Nada vai acontecer com ela e nem com o bebê, ele vai nascer perfeito e saudável assim como o nosso.

- Tomara que seja uma menina, o Marlon seria um pai de menina perfeito.

- Seria mesmo.

- E tomara que pra gente venha outra menina também.

- Deus me livre - Falei e Mariana me deu outro tapa - Aí Mariana!

- Não fala demais Apolo, você sabe disso.

- Tá bom, tá bom, não vou falar. Independente se for menina ou menino, eu vou amar de qualquer jeito, assim como eu amo os meus dois meninos e a minha princesa.

- Também te amamos pai.

Apaixonada por um homem mais velho. Onde histórias criam vida. Descubra agora