A punição

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Assim que entrou no quarto, Osnin, de forma ríspida, repreendeu as duas esposas, enquanto elas ainda estavam em pé uma ao lado da outra, muito assustadas:

- Vocês acharam bonito o espetáculo que fizeram perante os meus filhos... Será que vocês acharam? Eu estou perguntando, me respondam?

- Não senhor. Responde aquelas duas mulheres quase ao mesmo tempo.

- Eu quero que vocês entendam que não vou aceitar que mulheres minhas fiquem a brigar como animais. Eu sou um dos homens mais respeitados dessas terras, se alguém vê uma coisa dessas ou fica sabendo que isso ocorreu em minha casa eu perco todo o meu respeito nessa comunidade. Se eu não consigo controlar nem as mulheres na minha casa eu vou conseguir controlar esse vilarejo naquele conselho? Vocês querem acabar com a minha reputação? Questiona Osnin de forma ríspida.

- Não senhor. Novamente respondem as suas duas esposas de forma sincronizada.

- Eu quero que vocês duas se abracem agora e prometam para mim que vão se comportar daqui pra frente e que vão tentar serem harmoniosas uma com a outra. Diz Osnin dando uma ordem.

Aisha, muito revoltada, olha para Parisa, mas não faz nenhum movimento. Parisa também olha para Aisha e ao ver que ela não se movimentou, também não faz nenhum movimento, quando Osnin furioso intervém:

- O que vocês estão esperando para cumprir a minha ordem? Vocês vão me desafiar dessa forma? Questiona ele.

Quando Aisha com muito medo se vira para Parisa e vai ao encontro dela para abraçá-la. Parisa retribui aquele abraço de forma não muito amistosa. Quando depois de algum tempo elas voltam para as suas posições originais. E então Osnin diz:

- Só porque vocês exitaram em fazer o que ordenei imediatamente, aumentarei a surra que vocês receberiam, para não ousarem a fazer isso novamente.

Nesse momento as duas suam frio e sentem o seu corpo a tremer involuntariamente. Osnin queria saber a verdade e pressiona Parisa para que ela conte o que efetivamente ocorreu na parte de baixo daquela casa:

- Parisa, eu te conheço, você é minha esposa a muitos anos e sei que você não me disse toda a verdade sobre o que aconteceu lá embaixo. Eu vou te dar uma chance de contar o que efetivamente ocorreu ou se descobrir que está mentindo eu dobro a surra que estou prevendo lhe aplicar.

Nesse momento, Parisa que já era branca como uma ceda, fica ainda mais pálida, sem saber o que dizer. Em seus pensamentos ela sente que se contasse mentira o seu marido iria a surrar intensamente, caso contasse a verdade ele também ficaria furioso porque ela mentiu. Então ela decide confirmar a sua primeira versão:

- Meu marido, foi como eu disse. Eu falei com Aisha e ela veio logo para cima de mim iniciando aquela briga. Nesse momento Osnin estava a olhar dentro dos olhos da esposa e ele tinha certeza absoluta que ela estava a mentir.

Ele então chega a frente de Aisha e questiona a ela novamente, também olhando dentro dos seus olhos. Nesse momento, aquela jovem estava a tremer o seu corpo como nunca, de tanto medo:

- Aisha. Eu quero ouvir apenas a verdade. Se descobrir que está mentindo é a sua surra que vou dobrar. Bem que você está merecendo há alguns meses ser castigada severamente. Hoje pode ser esse dia. Diz Osnin em tom ameaçador.

- Senhor. Eu digo apenas a verdade para o senhor. Eu estava a fazer o chá, quando Parisa disse que eu havia colocado mais açúcar do que deveria. Então eu disse que faria de novo. Ela disse que ela mesma iria fazer e quando passei ao lado dela em retirada, ela me deu uma bofetada em meu rosto. O senhor pode ver que provavelmente ela ainda está até marcado, pois está a arder muito. Diz Aisha com um semblante amedrontado. Osnin repara direito na bochecha direita de Aisha e, realmente, havia marcas de que ela sofreu uma bofetada muito forte em seu rosto. Isso não comprovava nada, já que na briga Parisa poderia ter a acertado, entretanto, era mais um indicio de que Aisha dizia a verdade e Parisa estava a mentir.

Casamento forçado e abusivoOnde histórias criam vida. Descubra agora