29 de novembro de 2001

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Johnson levanta logo ao amanhecer e começa a preparar algumas ações militares importantes para aquele dia. Ele queria uma observação ainda mais intensa e distante dos helicópteros para saber se havia alguma ameaça de combate nos próximos dias.

Ele também verifica os contatos recebidos e percebe que não havia nenhuma informação com relação a ameaças de ataque conforme ele havia recebido em dias anteriores, o que serve de alguma forma para que ele possa argumentar com o comandante das forças inglesas a possibilidade de que ele possa largar aquele front para retornar para casa.

Assim que chegou a manhã, por volta de umas 9:00 horas, ele decide ligar para o seu comandante que estava na cidade de Cabul:

- Olá comandante, bom dia!

- Como estão as coisas oficial.

- Tudo bem senhor. Por aqui tudo muito tranquilo e controlado. E por aí?

- Por aqui os atentados é que estão nos atrapalhando muito, temos tido alguns problemas com esses ataques terroristas que tem deixado a população assustada. Mas, conflito militar mesmo não temos mais.

- Eu queria lhe pedir uma coisa.

- Diga John.

- Eu estou precisando voltar para casa, a minha família tem me cobrado muito nesses últimos dias, já fazem mais de 12 meses que não os vejo. O meu relacionamento está com problemas porque a pedido do senhor eu aceitei vir para o Afeganistão. Diz Johnson demonstrando preocupação em sua fala.

- A coisa está séria assim Johnson? Questiona aquele comandante.

- Sim senhor. Eu tenho uma filha adolescente. A minha esposa está segurando as pontas sozinhas por muito tempo e a minha filha diz o tempo todo que sente falta de mim e ainda por cima nesses dias tem demonstrado um certo problema psicológico, por falta minha, segundo a mãe dela.

- Como estão as coisas aí na sua região?

- Por aqui tudo tranquilo senhor. Eu pedi que helicópteros pudessem fazer a ronda pela cidade para ver se havia alguma ameaça, mas não encontraram nada.

- Eu vou ver o que posso fazer. O que estiver ao meu alcance para te enviar de volta para casa o mais rápido possível, desde que não estejamos em uma situação de ameaça de novos confrontos, eu farei. O seu papel foi muito importante aqui em Cabul e você já poderia estar em casa, eu sei que você aceitou essa nova missão apenas porque eu insisti muito.

- Sim senhor. Eu só aceitei essa missão porque foi um pedido seu. Se fosse de outro comandante eu teria voltado para a minha família.

- Eu sei disso Johnson, mas você é o meu homem de confiança, o oficial que eu mais confio nessas forças armadas em termos de estratégias de combate. Como as coisas já estão mais tranquilas acho que já pode voltar para a sua família. Eu te envio notícias nos próximos dias.

- Fico no aguardo senhor. Só mais uma questão. Há perspectiva de montagem de uma estrutura diplomática inglesa ou americana em Cabul no decorrer das próximas semanas?

- Acho que isso deve demorar um pouco Johnson, ainda estamos em guerra profunda em algumas partes do país. Provavelmente, isso deve acontecer só no ano que vem. Porque?

- Por nada comandante, era apenas por curiosidade.

- Qualquer coisa estou a disposição. Assim que puder te enviar para a Inglaterra de volta para a sua família, pode ter certeza que o farei.

- Muito obrigado comandante, assim fico mais tranquilo.

- Um abraço!

- Abraço!

Casamento forçado e abusivoOnde histórias criam vida. Descubra agora