Quando chegou na base de comando militar, logo aquele oficial foi se alimentar um pouco. Ficou algum tempo a olhar para aqueles bancos do templo religioso, quando depois de alguns minutos foi para uma das salas em que eles haviam feito um quarto improvisado, para fazer uma ligação para a sua esposa:
Aquele telefone chama por algumas vezes e a sua esposa Evelyn atende a ligação:
- Boa tarde meu amor! Responde aquela mulher.
- Por aqui já é boa noite meu amor! Diz Johnson a sorrir carinhosamente.
- É verdade, aí é algumas horas na frente daqui. Está tudo bem por aí?
- Sim meu amor. Graças a Deus está tudo certo, a tomada da cidade foi muito tranquila, mais tranquila até do que eu imaginava. Praticamente não tivemos incidentes depois que a dominamos. Como a cidade é menor, parece que os soldados preferiram fugir em massa antes da nossa chegada.
- Que bom meu amor. Fico muito feliz que esteja tudo bem!
- E como estão as coisas por aí? Como está a nossa filha Loren? Questiona Johnson.
- Está bem, mas está com muita saudade meu amor. Quando você retorna? Ela pergunta por você todos os dias e sempre digo que você já está para chegar.
- Eu acho que a missão aqui não vai demorar muito. Eu já disse aos meus superiores que eu preciso ir em casa. Já faz quase um ano que estou aqui no Oriente Médio e não posso ficar mais sem ver você e minha filha. Eles me prometeram que em breve me deixarão partir. Como a guerra está a avançar mais rápido do que imaginávamos inicialmente, acho que em pouco tempo eu consigo retornar para a Inglaterra.
- Por favor. Eu não aguento mais esse lugar sem você! Diz Evelyn em tom apaixonado, quando é escutado um som mais baixo, fora do telefone dizendo:
- É o papai mamãe. É o papai que está no telefone. Eu quero falar com ele. Eu quero falar com ele. Ao ouvir essa fala Johnson abre um sorriso enorme e questiona:
- Acho que a Loren quer falar comigo?
- Sim. Ela quer, eu vou passar pra ela! Diz a sua esposa.
- Papai. Papai. Eu tenho muitas novidades. O senhor precisa voltar logo. Diz aquela jovem em tom animado.
- Eu acho que em breve eu estarei retornando para casa minha filha. Eu não vejo a hora de poder te dar um abraço apertado.
- O senhor vem para o natal?
- Eu vou fazer o possível para estar aí no natal com vocês minha filha. Mas, não posso prometer.
- Eu quero um presente bem especial esse ano?
- Que tipo de presente minha filha.
- Eu quero uma companhia papai. Tipo, eu fico muito só nessa casa. A maioria das pessoas que conheço tem famílias maiores do que a nossa. Tem irmãos para poderem conversar e até arrumar umas briguinhas de vez enquanto, só eu que não tenho.
- Acho que já conversamos sobre isso filha. A sua mãe teve problemas depois que se engravidou e não pode mais ter filhos.
- Eu sei, mas eu queria tanto um irmão ou uma irmãzinha para poder treinar para ser mamãe um dia. A minha melhor amiga está com uma irmanzinha nova e é super divertido. Apesar que ela enche a paciência um pouco chorando o tempo todo, mas mesmo assim é legal.
- Nós vamos ver o que podemos fazer quanto a isso. Você está se comportando direitinho com a sua mãe e na escola não é?
- Claro que sim papai. Eu sou a melhor aluna daquela sala. Ninguém é pário para mim. Diz aquela jovem super espontânea a sorrir.
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Casamento forçado e abusivo
Ficción GeneralAisha era uma menina que morava em um pequeno vilarejo no norte do Afeganistão. A população de sua região era muito conservadora e extremamente religiosa. Ao chegar na pré-adolescência, ela conheceu um jovem garoto de sua escola, o qual começou a g...