Casamento forçado e abusivo

A noite do dia 09 de novembro de 2001

Ao final daquelas ações públicas, o líder religioso pediu para falar com Osnin e logo o questionou:

- Osnin, procede essa informação de que Aisha foi a responsável pelo infarto da sua mãe? É o que todos falam.

Osnin pensa bastante no que responder e nesse momento prefere ocultar a verdade.

- Senhor, pelas informações que tenho, isso não é verdade.

- Osnin, eu sou o seu líder religioso, tem certeza que está me dizendo tudo que sabe?

- Sim senhor. Pelas informações que tenho, até o momento, essa informação não procede. Acho que tudo que acontecer nessa sociedade tentarão colocar o nome de Aisha envolvido depois que ela fez aquela denuncia que apareceu no jornal.

- Você já começou aqueles castigos contra ela?

- Sim senhor. Ela até havia me pedido para que eu adiasse um pouco, pois no fim de semana havia sido muito severo em um castigo que havia lhe dado, mas conforme orientações do Conselho Religioso, comecei os castigos dela no dia seguinte. Aisha foi seriamente castigada em todos os dias dessa semana. Por ser muito nova ela chora muito e fica um pouco debilitada. Mas estou cumprindo o meu papel de marido e atendendo as ordens do Conselho.

- É assim que deve ser. Você deve ser enérgico com ela para que ela aprenda que deve te respeitar. Aisha precisa disso. Aproveite e avalie direito essas informações com a sua mãe que estão comentando na cidade. A sua reputação já está arranhada de novo e querendo ou não, por culpa de Aisha. Na visão de todo esse povo ela é a culpada por Marian ter sofrido aquela ataque do coração. Se a sua mãe dizer algo nesse sentido, recomendo que você seja ainda mais severo nos castigos dela, pois não se pode tolerar que alguém faça isso com uma sogra. Diz aquele senhor em tom direto e demonstrando nervosismo.

- Sim senhor. Questionarei a minha mãe e se isso for verdade eu aumentarei os castigos de Aisha.

- Era isso que queria dizer ao senhor. Tenha uma boa noite! Responde aquele senhor, o mais idoso daquele conselho religioso.

- Uma boa noite para o senhor também! Responde Osnin, já extremamente nervoso naquele momento, por mais aquela consequência que a ação de Aisha estava a causar ao seu nome e de toda a sua família.

Ele vai então para casa naquele dia. Já era um pouco mais tarde, por volta das 21 horas. Naquela hora as suas mulheres já haviam jantado e algumas delas já estavam em seus aposentos a se prepararem para dormir, haja vista que, elas, naquele local, acordavam muito cedo.

Osnin chega em casa e é servido por Parisa, que era a responsável por arrumar a cozinha naquele dia. Ela logo percebeu que Osnin estava extremamente estressado por tudo o que aconteceu naquele dia. Ele estava em meio a uma mistura de sentimentos: preocupação, medo e revolta.

Aquele homem estava decidido a castigar Aisha naquele dia severamente, ainda mais intensamente do que nos dias anteriores em que estava aplicando os castigos recomendados pelo Conselho, porque, na concepção dele, ela era a responsável por mais aquele escândalo espalhado naquela sociedade. Ele então termina de jantar e vai tomar um banho. Depois disso, ele pega então aquela vara e vai até o quarto de Aisha para ministrar aquele castigo do dia.

Aisha já havia sido punida nos dias anteriores. Osnin não atendeu ao pedido que aquela jovem fez quando ele foi conversar com ela na terça-feira. Naquele dia Osnin foi extremamente severo com ela na aplicação daquelas 10 varadas. Nos dias seguintes menos nervoso, ele foi um pouco mais brando nos seus castigos, mas, Aisha muito debilitada, chorava bastante após aquelas punições e sentia dores terríveis daqueles castigos, pois o seu corpo sempre estava se mantendo debilitado pelos castigos sofridos nos dias anteriores, acumulando ainda mais dores, sofrimento e sensibilidade nos pontos atingidos.